Bitter Sweet Girl Escreveu:eu não percebo.
se eles não fazem ideia de quando saem, quem é que faz?!
e porque é que não fazem ideia? o que é que está a atrasar as coisas? ainda não avaliaram, 5 meses depois de ser submetido o recurso?
não acho isto nada razoável...
É inaceitável, é ridiculo, é desesperante. Mas talvez o melhor termo seja preocupante.
HugoS. Escreveu:Até à data os recursos para a área de Psicologia ainda não sairam. Não tenho a confirmação deste dado, mas tem-me sido dito que a FCT tem priveligiado as áreas ligadas às novas tecnologias...
Não me parece. Como podes ver no meu post acima, Informática ainda não saiu e não fazem ideia quando sairá...
HugoS. Escreveu:Bem, por falar em prioridades gostaria também de manifestar o meu total desacordo com uma política que tem vindo a ser adoptada pela FCT e que tem a ver com o perfil dos bolseiros. Tenho conhecimento de várias pessoas a quem foi atribuida a bolsa e que, pelo facto de não quererem deixar a actividade laboral perderam o direito a usufruir da bolsa!
Isso depende de qual é a actividade profissional que exercem. E neste ponto concordo, em certa medida, com a posição da FCT. Há que preservar o investimento que eles fazem, daí que subsidiar alguém que tenha uma profissão a tempo inteiro possa ser visto como um mau investimento em termos de investigação cientifica. Há uma excepção: o caso de investigação em empresas, sendo que este tipo de investigação deve ser fumentado, para que haja um desenvolvimento sólido da investigação cientifica em Portugal. Isso também já é coberto pela FCT, com as bolsas para doutoramento em empresas.
HugoS. Escreveu:Penso que tal política só favorece uma conduta de subsídio-dependência e não é nada promotora do desenvolvimento científico e profissional no nosso país. Poderiam haver alternativas... como atribuir uma quantia menor de valor mensal da bolsa, ou pagar apenas as propinas do doutoramento.
Isso já acontece. Em caso de funções permitidas pelo regulamento/estatuto, já existe uma correcção do valor da bolsa. E aqui discordo da posição da FCT, em algumas situações. Em primeiro lugar, o montante que é pago a um licenciado (e que no caso de bolseiro de doutoramento é, em principio, um dos melhores na sua área), bem como os direitos que são inerentes à actividade de bolseiro, não são suficientes para exigir exclusividade. Além disso, avaliar o desempenho de um investigador pelo número de horas de trabalho é errado. Deve ser opção do próprio bolseiro ter outra actividade (dentro de alguma classe de actividades, é certo), desde que mantenha a sua produtividade. Se para isso o bolseiro tem de aumentar as suas horas de trabalho, é sua opção. Aqui levanta-se um outro problema, que se prende com a avaliação do desempenho de um investigador, mas isso é outra história.
Por exemplo, a docência deve ser vista como uma actividade benéfica para o desenvolvimento de um investigador, pois sem qualidade na docência, será mais dificil obter qualidade nos investigadores formados. Esta prática de permitir a um aluno de doutoramento leccionar algumas disciplinas é, aliás, prática comum em países onde a investigação é de topo, sendo que aqui não só é permitido como muitas vezes é exigido.
HugoS. Escreveu:Quero pensar que este facto nada tem a ver com os recursos...
Não, o atraso deve-se mesmo à qualidade dos orgãos que gerem a ciência neste belo país.