Concordava perfeitamente, até à parte do "fica sempre em xeque". Isso implicaria que tivéssemos o sistema de ensino superior mais exigente no que a avaliações diz respeito. Tendo em conta, por exemplo, o mar de politétnicos que por aí há, parece-me pouco plausível. Aliás, basta procurar um pouco neste fórum e encontram-se várias descrições de colegas portugueses, que, tendo feito o mestrado em Inglaterra, acabaram injustiçados relativamente aos que haviam ficado por cá.Carlos Ferreira Escreveu:É bastante comum, aparecerem alunos provenientes de universidades pouco conhecidas com notas finais de curso altas, o que lhes dá uma enorme vantagem relativamente aos alunos das nossas universidades!
Isto revela-se um problema, pois um aluno nacional fica sempre em xeque relativamente a alunos estrangeiros.
De qualquer modo, estou inteiramente de acordo de que é necessário implementar uma nova forma de conversão de classificações, mais justa e actualizada. Não só para as bolsas da FCT mas também para equivalências no âmbito dos programas Erasmus, em que as situações caricatas que se observam são mais que muitas.
Este é, a meu ver, um tema mais delicado. No que a bolsas de doutoramento diz respeito, concordo que é um assunto que se deve discutir, uma vez que a componente de formação para o aluno é muito relevante. Quanto às de pós-doutoramento, não me parece que isso se aplique, porque o que conta é o que a pessoa produz cientificamente enquanto está associada à instituição em questão.Carlos Ferreira Escreveu:Outra questão, é o facto de existirem alunos de países não aderentes à União Europeia, estarem a ter acesso a fundos comunitários para os quais os seus países de origem não contribuem! Isto é importante! Isto significa que temos alunos de países externos à região comunitária, a literalmente gastar recursos da UE para melhorar a sua formação académica onde depois, voltam para os seus países de origem para exercer a sua profissão. Está-se a formar a mão-de-obra que irá depois fazer concorrência com a UE e mais concretamente, com Portugal.
Se a memória não me falha, os fundos nacionais limitam-se a cerca de 30% do bolo total. Estou a falar de cor e não tenho comigo as referências que suportam este número, por isso fico grato a quem a possa disponibilizar.Carlos Ferreira Escreveu:Bolsas de doutoramento cujos fundos são provenientes de fundos comunitários, deverão estar acessíveis a qualquer aluno proveniente de países aderentes à UE, sob um regulamento de concurso comum e justo.
Em todo o caso, suponho que uma das condições para o acesso à verba europeia é que os fundos totais estejam disponíveis para todos os membros da UE, mas estou a especular. Uma vez mais, agradeço informações a quem saiba mais do que eu.