Bom dia,
Sou bolseira de doutoramento da FCT. Gostaria de saber, caso alguém me possa ajudar, quais os direitos do orientador e/ou da instituição de acolhimento sobre os resultados/ficheiros resultantes do meu trabalho de doutoramento (não me refiro ao relatório final que entrego ao final de cada ano, mas antes de todo o conteúdo computacional e/ou experimental desenvolvido por mim), caso eu desista do doutoramento. Ou seja, terei de entregar todo o meu trabalho sob risco de usarem o conteúdo para publicações em que não constem o meu nome?
Li o regulamento e o estatudo de bolseiro mas confesso que não encontrei nenhuma informação a este respeito. Será que alguém me pode ajudar?
Muito obrigada!
Susana
Direitos sobre o trabalho do bolseiro
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Re: Direitos sobre o trabalho do bolseiro
Eu creio que o "teu" trabalho também é considerado (a nível judicial) trabalho do teu orientador. Podes resolver trazer / destruir tudo, e arriscar a que te ponham em tribunal e esperar pelo respectivo veredito. Como o teu orientador se arrisca que, se publicar isso sem colocar o teu nome, a que lhe ponhas um processo judicial se estiveres para isso, e quem sabe, ter de te compensar de alguma forma (indemnização?) se conseguires provar que ele se aproveitou do vosso trabalho sem o teu consentimento..
Há uns 10 anos houve um caso (que acompanhei "por alto" pelas conversas de café) de uma aluna que trabalhava no departamento (de Química) onde eu estava a fazer o doutoramento que desistiu e trouxe todos os compostos químicos que tinha sintetizado (tenho a sensação, mas não a certeza, que tentou patentear ou fazer lucro com isso). O orientador dela colocou-a em tribunal, e no final o veredito foi que era propriedade de ambos, logo qualquer lucro teria de ser dividido ao meio.
Há uns 10 anos houve um caso (que acompanhei "por alto" pelas conversas de café) de uma aluna que trabalhava no departamento (de Química) onde eu estava a fazer o doutoramento que desistiu e trouxe todos os compostos químicos que tinha sintetizado (tenho a sensação, mas não a certeza, que tentou patentear ou fazer lucro com isso). O orientador dela colocou-a em tribunal, e no final o veredito foi que era propriedade de ambos, logo qualquer lucro teria de ser dividido ao meio.