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não sei até que ponto isto irá mudar as regras dos concursos, no entanto, espero que a parte da valorização do indivíduo/investigador se verifique melhor no concurso para bolsas de doutoramento.Investigadores doutorados recrutados poderão escolher onde trabalhar
05.01.2012 - 16:57 Por Lusa
Um dos objectivos da nova direcção da FCT é "criar as condições para que os melhores não saiam" Um dos objectivos da nova direcção da FCT é "criar as condições para que os melhores não saiam" (Pedro Cunha)
O recrutamento de investigadores doutorados vai ser feito por competição nacional, aberta a cientistas nacionais e estrangeiros, e permitirá aos seleccionados escolher a instituição onde querem trabalhar, disse hoje a secretária de Estado da Ciência.
Leonor Parreira, que falava aos jornalistas à margem de um colóquio em Lisboa sobre ciência nos trópicos, afirmou que um dos objectivos do Ministério, e da nova direcção da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que tomou posse na quarta-feira, é "criar as condições para que os melhores não saiam, porque é neles que reside a solução da própria situação económica do país, e também atrair gente de grande qualidade".
Para isso, defendeu, é necessário "um caminho estrita e exclusivamente dirigido para a excelência". E acrescentou: "Em tempos de constrangimento e de penúria, a escolha é simples, tem de se investir nos melhores".
Garantindo que o acesso aos fundos existentes vai ser mais exigente, referiu-se ao concurso nacional aberto recentemente pela FCT.
"O recrutamento de investigadores de alto nível vai ser feito por competição nacional. O que é normal em ciência é que a competição seja aberta e que os fundos sejam alocados ao que de melhor há", afirmou a secretária de Estado.
A novidade deste concurso, seguindo as recomendações da União Europeia e do European Research Council, é que o foco é o indivíduo, sublinhou.
"A selecção é exigente, mas o investigador terá a liberdade de escolher para onde quer ir", disse, acrescentando que "as melhores instituições saberão encontrar maneira de capturar os seleccionados e os seleccionados poderão trabalhar nas instituições que lhes ofereçam melhores condições".
Admitindo que o concurso "terá dureza", a secretária de Estado, que é também investigadora, afirmou que "os bons cientistas estão habituados a competição", já que a ciência é "dos poucos sectores de actividade humana em que a competição tem regras muito claras e é escrutinada pelos próprios pares".
Trata-se de um modelo que "é fortemente recomendado pela Comissão Europeia e muito preparado para o que vai ser o próximo programa comunitário 'Horizon 2020'", afirmou ainda.
Sobre a FCT, que desde quarta-feira tem um novo conselho diretivo, disse tratar-se de "um instituto saudável" - em que 97% dos fundos transferidos pelo Orçamento de Estado são aplicados em investimento e apenas três por cento em funcionamento - e afirmou que um dos objectivos é "tornar mais próxima a agência financiadora da comunidade que serve".
Segundo o site da FCT, o concurso nacional permitirá a investigadores doutorados concorrerem a um contrato de trabalho por cinco anos, financiado pela Fundação.
até breve!