desistencia de bolsa

[slxsantos]

ola a todos

ja li aqui no forum algumas questões acerca da desistência de uma bolsa de doutoramento, no entanto continuo com algumas dúvidas.

1. se um bolseiro de doutoramento desistir da sua bolsa por motivos pessoais (ou por nao estar motivado, ou por querer mudar de área de estudo, ou simplesmente por vontade pessoal) seria considerado esse motivo uma violação grave dos deveres do bolseiro, ou um incumprimento da bolsa?

2. no caso de ser uma bolsa mista, seria o bolseiro obrigado a devolver algum montante do valor das bench fees? (supondo que a desistência seria antes do final do ano para o qual se aplicam essas bench fees)

muito obrigado pelo esclarecimento

sergio santos

[Paulo J. N. Silva]

ola a todos

ja li aqui no forum algumas questões acerca da desistência de uma bolsa de doutoramento, no entanto continuo com algumas dúvidas.

1. se um bolseiro de doutoramento desistir da sua bolsa por motivos pessoais (ou por nao estar motivado, ou por querer mudar de área de estudo, ou simplesmente por vontade pessoal) seria considerado esse motivo uma violação grave dos deveres do bolseiro, ou um incumprimento da bolsa?

Nao vejo razao para poder ser considerado um incumprimento.

2. no caso de ser uma bolsa mista, seria o bolseiro obrigado a devolver algum montante do valor das bench fees? (supondo que a desistência seria antes do final do ano para o qual se aplicam essas bench fees)

muito obrigado pelo esclarecimento

sergio santos

O correcto seria devolver a parte nao usada, mas para se ter a certeza ou melhor e por esta questao por escrito ao instituto de acolhimento e a FCT.

[Aragao]

ola a todos

ja li aqui no forum algumas questões acerca da desistência de uma bolsa de doutoramento, no entanto continuo com algumas dúvidas.

1. se um bolseiro de doutoramento desistir da sua bolsa por motivos pessoais (ou por nao estar motivado, ou por querer mudar de área de estudo, ou simplesmente por vontade pessoal) seria considerado esse motivo uma violação grave dos deveres do bolseiro, ou um incumprimento da bolsa?

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Se apresentaste à FCT ou ainda apresentares, para o ano em curso, um relatorio do trabalho desenvolvido normalmente não há problemas em pedir a desistencia.

Lembra-te tambem que em vez da desistencia é possível suspender a bolsa durante uns meses até pelo menos um ano (a negociar com a FCT) que por vezes pode ser interessante. Ha quem use isto para, por exemplo, mudar de instituicao e de orientador.

David

[slxsantos]

ok obrigado pelos esclarecimentos, a ideia da suspensão é outra alternativa a considerar. tentarei informar-me junto da FCT (às vezes parece que ainda sabem menos que nós...)

saudações cordiais!

[Ines]

Uma sensação de não poder mais, um esgotamento... Poderá este ser um motivo válido para pedir cessação da bolsa. Seria penalizada por isto? O que precisaria fazer? Obrigada.

[Aragao]

Inês,

Como te já foi dito para cancelar:
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?p=2799#3488

ou para suspender:
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?p=3488#3488

Se telefonares para a FCT eles são muito simpáticos e explicam-te como o fazer e as alternativas possíveis. Que as possíveis penalizações não sejam uma forma de pressão para adiares a resolução de algo que precisas de fazer.

Mas não será melhor procurar ajuda?
http://www.fct.unl.pt/aluno/licenciatur ... mento.html
http://www.fct.unl.pt/aluno/licenciatura/apa/

ou na própria rede de ajuda nacional com links para gabinetes locais:
http://resapes.fct.unl.pt/

Estou certo que estas pessoas estarão disponíveis para ajudar a ultrapassar dificuldades.

David

[Ines]

Obrigada.
Não imaginava que havia este tipo de apoios... Afinal não sou a única!
Estou surpreendida!
Mais uma vez obrigada.

[Helena Ferreira]

Uma sensação de não poder mais, um esgotamento... Poderá este ser um motivo válido para pedir cessação da bolsa. Seria penalizada por isto? O que precisaria fazer? Obrigada.

Não, não estás sozinha.

Há um ano atrás pedi a suspensão da bolsa exactamente por esse motivo. Vou dizer-te mais ou menos como resolvi a "coisa"...

Antes de mais deixa-me dizer-te que me parece que quando se está esgotado e desesperado não é uma boa altura para se abandonar o doutoramento definitivamente. O ideal quanto a mim é dar um tempo, afastar-nos totalmente do trabalho, fazer outra coisa qualquer. E isso é perfeitamente possível.

Há que resolver o problema em duas frentes: com a FCT e com a Universidade.

Com a FCT foi muito fácil. Apresentei-lhes uma carta solicitando a suspensão da bolsa por algum tempo por motivos de saúde. A esta carta anexei um atestado médico. Não foi necessário sequer referir a doença. Passado pouco tempo a FCT respondeu-me concordando com a suspensão e pedindo para eu comunicar com eles antes do período de suspensão terminar, para eles saberem se eu iria retomar nessa altura ou se prolongaria a suspensão. Sem espinhas nenhumas. Mais tarde acabei por pedir a continuação da suspensão, desta vez invocando apenas motivos pessoais. Para a conceder a FCT pediu-me apenas que regularizasse a minha situação em termos de relatórios e afins e que apresentasse um parecer do orientador sobre a suspensão. Em resultado a FCT suspendeu a minha bolsa por pelo período que requeri.

A parte da Universidade é que já é mais pessoal. Os meus orientadores não me colocaram qualquer entrave à suspensão dos trabalhos, visto compreenderem a minha situação. Em termos burocráticos confesso que nunca cheguei a comunicar fosse o que fosse aos orgãos da Universidade - mas talvez isso possa fazer sentido no teu caso.

Há ainda a considerar a questão da baixa se tiveres seguro social voluntário. Aconselho-te se assim for o caso a aproveitares. No meu caso não tratei de nada e fiquei mesmo sem receber porque estava demasiado mal para enfrentar burocracias, mas não te aconselho a seguir o meu mau exemplo

Para finalizar digo-te que não adies a situação nem a escondas debaixo do tapete porque ela não desaparece...

[Ines]

Muito obrigada pelas tuas palavras!
Realmente é muito bom saber que não sou a única a sentir as dificuldades que eu estou a passar. Pelo menos sinto que não sou uma "raridade". E um dos sentimentos dominantes a fazer um doutoramento é a solidão. No meu caso, como estou em regime de exclusividade e porque o trabalho está numa fase que é 95% feito em casa...Além disso comecei o doutoramento quando a minha filha tinha 6 meses (agora tem dois anos) e ambos os "trabalhos" são muito exigentes... Obrigada e até à próxima!