Professor ensino secundario
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Professor ensino secundario
Ola a todos! Gostaria de saber informaçoes sobre como ser professor do secundario em Portugal, nomeadamente se com um mestrado e/ou doutoramento somos obrigados a fazer o "Ramo educacional" (nao sei se é assim que se diz), e o facto de ter um mestrado e/ou doutoramento nos faz subir nas listas de colocaçao?
Como devem imaginar tem de se pensar em portas de saida caso isto da "investigaçao" em Paris nao dê em nada!
Obrigada.
Luisa Semedo
Como devem imaginar tem de se pensar em portas de saida caso isto da "investigaçao" em Paris nao dê em nada!
Obrigada.
Luisa Semedo
"J'ai toujours haï les ténèbres [...]." Jean-Jacques Rousseau
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Re: Professor ensino secundario
OlaLuisa Semedo Escreveu:Ola a todos! Gostaria de saber informaçoes sobre como ser professor do secundario em Portugal, nomeadamente se com um mestrado e/ou doutoramento somos obrigados a fazer o "Ramo educacional" (nao sei se é assim que se diz), e o facto de ter um mestrado e/ou doutoramento nos faz subir nas listas de colocaçao?
Como devem imaginar tem de se pensar em portas de saida caso isto da "investigaçao" em Paris nao dê em nada!
Obrigada.
Luisa Semedo
Tens de ir para um Politecnico para fazer o ramo educacional.
Depois se fores colocada, dai a 2 tres anos, entao o mestrado e/ou doutoramento contam para efeitos de remuneracao, isto e se estiveres na carreira, e nao fores professora provisoria. Eu sei isto pois pensei-o 9 anos atras, claro que desisti da ideia. Mas isso fui eu.
Paulo
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Re: Professor ensino secundario
Olá!
Tanto pode ser num Politécnico como numa Universidade!
Penso ser necessário pedir re-ingresso para fazer as cadeiras e o estágio do ramo educacional do teu curso, caso este tenha essa vertente!
Boa sorte!
Tanto pode ser num Politécnico como numa Universidade!
Penso ser necessário pedir re-ingresso para fazer as cadeiras e o estágio do ramo educacional do teu curso, caso este tenha essa vertente!
Boa sorte!
Carla Gouveia-Caridade
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Re: Professor ensino secundario
OlaCarla Gouveia-Caridade Escreveu:Olá!
Tanto pode ser num Politécnico como numa Universidade!
Penso ser necessário pedir re-ingresso para fazer as cadeiras e o estágio do ramo educacional do teu curso, caso este tenha essa vertente!
Boa sorte!
Quando vendi aulas como professor no ensino secundario, em termos de concurso tanto fazia a habilitacao do politecnico (3 anos), como da universidade (5 anos) em termos de concurso nao havia rigorosamente diferenca nenhuma. Dai.........
Carpe diem
Paulo
Re: Professor ensino secundario
Em certas disciplinas com a habilitacao do politecnico so' se pode leccionar ao ensino basico, enquanto com a habilitacao da universidade pode-se leccionar desde o ensino basico ao secundario.Paulo J. N. Silva Escreveu:OlaCarla Gouveia-Caridade Escreveu:Olá!
Tanto pode ser num Politécnico como numa Universidade!
Penso ser necessário pedir re-ingresso para fazer as cadeiras e o estágio do ramo educacional do teu curso, caso este tenha essa vertente!
Boa sorte!
Quando vendi aulas como professor no ensino secundario, em termos de concurso tanto fazia a habilitacao do politecnico (3 anos), como da universidade (5 anos) em termos de concurso nao havia rigorosamente diferenca nenhuma. Dai.........
Carpe diem
Paulo
Com os melhores cumprimentos,
NCortes
PhD Candidate
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Obrigada por todas as respostas.
Se bem percebi e para resumir, no meu caso que estou em doutoramento de filosofia, seria de qualquer maneira obrigada a fazer o ramo educacional que equivale a mais dois anos de formação, e não tenho qualquer privilégio em relação aos professores que so têem a licenciatura ou mestrado no que diz respeito à colocação dos professores, mas somente em relação à remuneração.
Percebi bem?
Obrigada a todos pela ajuda.
Luisa Semedo
Se bem percebi e para resumir, no meu caso que estou em doutoramento de filosofia, seria de qualquer maneira obrigada a fazer o ramo educacional que equivale a mais dois anos de formação, e não tenho qualquer privilégio em relação aos professores que so têem a licenciatura ou mestrado no que diz respeito à colocação dos professores, mas somente em relação à remuneração.
Percebi bem?
Obrigada a todos pela ajuda.
Luisa Semedo
"J'ai toujours haï les ténèbres [...]." Jean-Jacques Rousseau
Luisa-Luisa Semedo Escreveu:Obrigada por todas as respostas.
Se bem percebi e para resumir, no meu caso que estou em doutoramento de filosofia, seria de qualquer maneira obrigada a fazer o ramo educacional que equivale a mais dois anos de formação, e não tenho qualquer privilégio em relação aos professores que so têem a licenciatura ou mestrado no que diz respeito à colocação dos professores, mas somente em relação à remuneração.
Percebi bem?
Obrigada a todos pela ajuda.
Luisa Semedo
terias que fazer o ramo educacional (nao sei qual a duracao). Nao terias qualquer previlegio enquanto nao fores do quadro de escola - nem mesmo na remuneracao. Enquanto nao fores do quadro de escola, estara's sempre no mesmo indice de vencimento, quando passares a ser quadro de escola o indice aumenta conforme os anos de leccionacao (basicamente compensa ser-se Neandertal no nosso sistema de ensino), mas com Mestrado e Doutoramento equivale logo a 2 e 4 anos de carreira respectivamente (acho!).
No caso de filosofia, so' podes dar aulas ao ensino secundario, visto so' terem filosofia nessa altura. Um amigo informou-me que esta' a demorar +/- 8 anos a efectivar na area da filosofia.
Com os melhores cumprimentos,
NCortes
PhD Candidate
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Cara Luísa,
Actualmente o mestrado e o doutoramento no âmbito da carreira docente dos ensinos básico e secundário "valem" só em termos muito específicos e, francamente, serão realizados por "carolice". De facto, há uns anos era possível aos docentes pertencentes aos quadros (o que, no teu caso, não querendo desanimar ninguém, demorará algum tempo, sendo do grupo disciplinar de Filosofia e não tendo tempo de serviço) progredir na carreira entre 4 a 6 anos no caso de mestrado e de doutoramento, respectivamente. Agora, a situação é a descrita no novíssimo Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário:
"Secção III
Aquisição de outras habilitações e capacitações
Artigo 54º
Aquisição de outras habilitações
1. A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico
de mestre em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em
Ciências da Educação confere:
a) Para os docentes com a categoria de professor, direito à redução de dois anos no
tempo de serviço legalmente exigido para acesso à categoria de professor titular,
desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou
superior a Bom;
b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito à redução de um ano
no tempo de serviço legalmente exigido para progressão ao escalão seguinte, desde
que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou superior
a Bom.
2. A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico
de doutor em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em
Ciências da Educação confere:
a) Para os docentes com a categoria de professor, direito à redução de quatro anos no
tempo de serviço legalmente exigido para acesso à categoria de professor titular,
desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou
superior a Bom;
b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito à redução de dois anos
126
no tempo de serviço legalmente exigido para progressão ao escalão seguinte, desde
que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou superior
a Bom.
3. O disposto nos números anteriores é aplicável aos docentes que, nos termos legais, foram
dispensados da profissionalização."
Resumindo e concluindo, a situação está muito diferente daquela que foi descrita pelos colegas acima (tenho obrigação de a conhecer melhor porque sou equiparada a bolseira sem vencimento do Ministério da Educação): a aquisição destes graus dá a possibilidade àqueles já na carreira (i.e. efectivos) de acederem ao posto de professor titular (leia-se chefe dos outros e lacaio do conselho executivo e da inspecção da educação) mais cedo se, entretanto, cumprirmos n condições, por exemplo, agradarmos a pais e alunos, não dermos negativas, os chefes gostarem de nós, etc, condições essenciais para termos o Bom.
Em relação à possibilidade de vires a trabalhar como docente do secundário na conjuntura actual, aconselho-te a consultar as extensíssimas listas de graduação em http://www.dgrhe.min-edu.pt/CONCURSO200 ... 3CEB_S.asp. É mais fácil arranjar cunha para trabalhar no privado.
Contudo, se tiveres tempo de serviço no ensino superior e conseguires no próximo concurso (2009!!!) um lugar nos quadros é-te dada uma equivalência e podes propor-te à profissionalização em serviço (2 anos). Conheço pessoas do grupo de Informática que o fizeram depois de sairem de Politécnicos.
~Boa sorte~
Actualmente o mestrado e o doutoramento no âmbito da carreira docente dos ensinos básico e secundário "valem" só em termos muito específicos e, francamente, serão realizados por "carolice". De facto, há uns anos era possível aos docentes pertencentes aos quadros (o que, no teu caso, não querendo desanimar ninguém, demorará algum tempo, sendo do grupo disciplinar de Filosofia e não tendo tempo de serviço) progredir na carreira entre 4 a 6 anos no caso de mestrado e de doutoramento, respectivamente. Agora, a situação é a descrita no novíssimo Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário:
"Secção III
Aquisição de outras habilitações e capacitações
Artigo 54º
Aquisição de outras habilitações
1. A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico
de mestre em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em
Ciências da Educação confere:
a) Para os docentes com a categoria de professor, direito à redução de dois anos no
tempo de serviço legalmente exigido para acesso à categoria de professor titular,
desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou
superior a Bom;
b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito à redução de um ano
no tempo de serviço legalmente exigido para progressão ao escalão seguinte, desde
que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou superior
a Bom.
2. A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico
de doutor em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em
Ciências da Educação confere:
a) Para os docentes com a categoria de professor, direito à redução de quatro anos no
tempo de serviço legalmente exigido para acesso à categoria de professor titular,
desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou
superior a Bom;
b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito à redução de dois anos
126
no tempo de serviço legalmente exigido para progressão ao escalão seguinte, desde
que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com menção igual ou superior
a Bom.
3. O disposto nos números anteriores é aplicável aos docentes que, nos termos legais, foram
dispensados da profissionalização."
Resumindo e concluindo, a situação está muito diferente daquela que foi descrita pelos colegas acima (tenho obrigação de a conhecer melhor porque sou equiparada a bolseira sem vencimento do Ministério da Educação): a aquisição destes graus dá a possibilidade àqueles já na carreira (i.e. efectivos) de acederem ao posto de professor titular (leia-se chefe dos outros e lacaio do conselho executivo e da inspecção da educação) mais cedo se, entretanto, cumprirmos n condições, por exemplo, agradarmos a pais e alunos, não dermos negativas, os chefes gostarem de nós, etc, condições essenciais para termos o Bom.
Em relação à possibilidade de vires a trabalhar como docente do secundário na conjuntura actual, aconselho-te a consultar as extensíssimas listas de graduação em http://www.dgrhe.min-edu.pt/CONCURSO200 ... 3CEB_S.asp. É mais fácil arranjar cunha para trabalhar no privado.
Contudo, se tiveres tempo de serviço no ensino superior e conseguires no próximo concurso (2009!!!) um lugar nos quadros é-te dada uma equivalência e podes propor-te à profissionalização em serviço (2 anos). Conheço pessoas do grupo de Informática que o fizeram depois de sairem de Politécnicos.
~Boa sorte~
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Esqueci-me de referir que são necessários 18 anos de serviço para aceder à categoria de professor titular, pelo que a aquisição dos graus poderá ser interessante para aqueles que querem chegar ao topo ligeiramente mais cede. No entanto, penso que é preciso ter um mínimo de 12 anos completos de serviço para sequer contar a aquisição dos graus. Há uns tempos li neste fórum uma opinião elogiosa relativamente ao trabalho desenvolvido pela Ministra da Educação... provavelmente por desconhecimento .... espero que essa pessoa não se venha a sofrer mais tarde com estas medidas que tanto elogiou. É preciso ler os doumentos legais e não mandar umas bocas só porque se trabalhou numa escola para ganhar uns trocos!
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Ola Ana,
Obrigado pela informcao. Em termos praticos o novo estatuto retira dois anos para a progressao na carreira. Ou seja no anterior as condicoes para progredir na carreira eram mais ou menos semelhantes. O que acho graca nisto tudo, e que fala-se tanto em excelencia, que as pessoas devem-se valorizar, e uma recente mexida no estatuto, ao contrario de promover as pessoas que se tentam valorizar, NAO, promove novamente o espartilho, so que agora mais apertado.
E por estas e por outras que duvido voltar para Portugal nos proximos tempos.
Paulo
Obrigado pela informcao. Em termos praticos o novo estatuto retira dois anos para a progressao na carreira. Ou seja no anterior as condicoes para progredir na carreira eram mais ou menos semelhantes. O que acho graca nisto tudo, e que fala-se tanto em excelencia, que as pessoas devem-se valorizar, e uma recente mexida no estatuto, ao contrario de promover as pessoas que se tentam valorizar, NAO, promove novamente o espartilho, so que agora mais apertado.
E por estas e por outras que duvido voltar para Portugal nos proximos tempos.
Paulo
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A perversidade do estatuto estende-se ao facto de ser necessário abrir concurso nacional para professor titular na escola x no grupo disciplinar y (o que poderá não acontecer porque tal abertura está dependente da tutela) e de não poder haver mais do que 1 terço de professores titulares numa escola (podes ter as condições todas para aceder ao concurso mas é como se fosses o Neandertal da mensagem anterior: ficas parado ). Em suma... quem puder fazer carreira fora dos ensino básico e secundário, FORÇA!!!! Para o bem e para o mal, é o trabalho que tenho e quando acabar o doutoramento tenho que partir para a luta num jogo cujas regras nada têm a ver com a excelência crítica.
Parabéns ao fórum!!! Merece uma visita todos os dias.
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Muito obrigada a todos pelas respostas. Nunca pensei que as coisas fossem tão complicadas. Espero poder encontrar trabalho no superior. Mas é verdade que sinto que o melhor é ainda tentar arranjar um plano B, no jornalismo ou na edição, não sei?! Quando somos jovens so pensamos no prazer e na paixão dos estudos que escolhemos sem pensar necessariamente nas saidas professionais, mas agora é que tudo se complica. Mas bom, por enquanto prefiro a inocência da juventude . Vamos ser optimistas!
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Pois é, uma década no sistema transformaram-me numa "velha do Restelo" ! Como devem saber, já não há exames nacionais de Filosofia no final do ensino secundário. Para desanimar um pouco mais com o estado do país (como se fosse necessária mais inspiração) leia-se este recorte de imprensa do Expresso (13.01.07): A escola contra a filosofia (http://cef-spf.org/imp_55.html).
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- cientista sempre presente
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Filosofia foi a cadeira que eu mais detestei no secundário... Um autêntico pesadelo para mim, ainda por cima fui obrigado a ler o raio do livro do Mundo de Sofia porque teria de fazer um teste sobre ele e acabou por não haver teste... Que dinheiro mais mal empregue...anafmendes Escreveu:Como devem saber, já não há exames nacionais de Filosofia no final do ensino secundário.
PS: espero não ferir susceptibilidades com a minha opinião
Docem velle summs est eruditio
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Que feres, feres, como podes ser tao leviano??????Sportinguista Escreveu:Filosofia foi a cadeira que eu mais detestei no secundário... Um autêntico pesadelo para mim, ainda por cima fui obrigado a ler o raio do livro do Mundo de Sofia porque teria de fazer um teste sobre ele e acabou por não haver teste... Que dinheiro mais mal empregue...anafmendes Escreveu:Como devem saber, já não há exames nacionais de Filosofia no final do ensino secundário.
PS: espero não ferir susceptibilidades com a minha opinião
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Pelo menos a minha susceptibilidade não feres, so acho pena que o teu contacto com a filosofia tenha sido tão desagradavel, infelizmente não és o unico. Quem sabe um dia com a idade o teu contacto seja mais enriquecedor, como se costuma dizer "é todo o mal que te desejo"!Sportinguista Escreveu: Filosofia foi a cadeira que eu mais detestei no secundário...
PS: espero não ferir susceptibilidades com a minha opinião
Ja agora se puderes desenvolver o porquê desse desafecto era interessante saber para os "futuros profissionais" da matéria que somos.
Ana Mendes, muito obrigada pela tua contribuição, é incrivel esta historia dos exames nacionais!!!Pois é, uma década no sistema transformaram-me numa "velha do Restelo" ! Como devem saber, já não há exames nacionais de Filosofia no final do ensino secundário. Para desanimar um pouco mais com o estado do país (como se fosse necessária mais inspiração) leia-se este recorte de imprensa do Expresso (13.01.07): A escola contra a filosofia (http://cef-spf.org/imp_55.html)
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É muito simples: eu sempre fui uma pessoa que prefere coisas mais objectivas que subjectivas, tipo "1+1=2" e não "discutir o que é o conceito de 1"... E cheguei a filosofia e pura e simplesmente era precisamente esse o assunto tratado... Tudo muito subjectivo (a meu ver), e o que tínhamos que saber era o que tal fulano dizia... Eu prefiro que digam "isto é assim por esta razão e esta", não que digam "isto é assim porque Kant disse que era assim", porque neste caso fico-me a perguntar como ele chegou lá e não percebo mesmo...Luisa Semedo Escreveu:Ja agora se puderes desenvolver o porquê desse desafecto era interessante saber para os "futuros profissionais" da matéria que somos.
A única matéria que gostei de filosofia foi a classificação de silogismos, pois aí não há nada que enganar: há as regras, e o silogismo ou é verdadeiro ou falso (ou outras classificações que havia), não há cá volta a dar... 100% objectivo.. Nesse teste tirei quase vinte, e tive direito a um elogio da professora Dos outros o que quero é esquecer a vergonha...
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