BPD 2015
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- recém-chegado
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BPD 2015
Olá,
Vi a minha candidatura a bolsa recusada e fiquei com dúvidas no modo de pontuação no mérito do candidato, que é um critério quantitativo, pode ser discutível, mas não é subjectivo. Neste concurso e na área de Ciências Biológicas, houve uma ponderação de 0,25 para conseguirem seriar os candidatos, uma vez que muitos ultrapassariam a máxima pontuação no mérito (5). No entanto, não compreendi bem como é possível alguns candidatos conseguirem ter 5 no mérito, uma vez que se somarmos todos os valores máximos de cada indicador que constam da página 26 do guião de avaliação da FCT para este concurso não soma 20. Deverá haver um outro modo de fazer os cálculos. Alguém pode ajudar nesta dúvida? Obrigada.
Vi a minha candidatura a bolsa recusada e fiquei com dúvidas no modo de pontuação no mérito do candidato, que é um critério quantitativo, pode ser discutível, mas não é subjectivo. Neste concurso e na área de Ciências Biológicas, houve uma ponderação de 0,25 para conseguirem seriar os candidatos, uma vez que muitos ultrapassariam a máxima pontuação no mérito (5). No entanto, não compreendi bem como é possível alguns candidatos conseguirem ter 5 no mérito, uma vez que se somarmos todos os valores máximos de cada indicador que constam da página 26 do guião de avaliação da FCT para este concurso não soma 20. Deverá haver um outro modo de fazer os cálculos. Alguém pode ajudar nesta dúvida? Obrigada.
Re: BPD 2015
Eu estou com a mesma dúvida e acho que este factor de ponderação está muito mal explicado. Pelas minhas contas alguém que obtenha a cotação máxima em todos os indicadores ficaria com 16,19 (pag. 27 do guião de avaliação). Pelo que eu entendi, para fazer corresponder este 16,19 ao valor máximo a atribuir no mérito do candidato que é 5, então o factor de ponderação mais baixo que poderia ser aplicado seria 0.30883, partindo do principio que há candidatos a obter a nota máxima em todos os indicadores. Ora, no meu painel o factor de ponderação foi 0.191, um valor que não faço a mínima ideia de onde surgiu. Alguém consegue solucionar este enigma?? Ou sou eu que estou a ver mal o filme??
Na minha opinião, não é por haver um ponto no guião que diz que poderá ser aplicado um factor de ponderação, que ele passa a ser legitimo ainda que não façamos a mínima ideia de como ele foi calculado.
Pela minha parte já pedi esclarecimentos à FCT sobre este e outros procedimentos adotados neste concurso que estão pouco claros ou com os quais não concordo.
Na minha opinião, não é por haver um ponto no guião que diz que poderá ser aplicado um factor de ponderação, que ele passa a ser legitimo ainda que não façamos a mínima ideia de como ele foi calculado.
Pela minha parte já pedi esclarecimentos à FCT sobre este e outros procedimentos adotados neste concurso que estão pouco claros ou com os quais não concordo.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Olá,
Pois, é exactamente o total que obtive - 16,19, mas os primeiros candidatos tiveram 5. Como é que o conseguiram? Só com critérios que não estão na tal página 26-27. Isto é mesmo grave, a não ser que haja alguma coisa no guião que indique que o painel pode aumentar a classificação com outros critérios, mas eu só encontro essa justificação (bonificação) para BDs. Nos primeiros candidatos, há certos critérios que destacam, como orientações de post-doc, que também tenho mas no meu caso não disseram nada, e que não entram nas pontuações. Será que afinal o mérito tem está sujeito a alguma subjectividade?
Pois, é exactamente o total que obtive - 16,19, mas os primeiros candidatos tiveram 5. Como é que o conseguiram? Só com critérios que não estão na tal página 26-27. Isto é mesmo grave, a não ser que haja alguma coisa no guião que indique que o painel pode aumentar a classificação com outros critérios, mas eu só encontro essa justificação (bonificação) para BDs. Nos primeiros candidatos, há certos critérios que destacam, como orientações de post-doc, que também tenho mas no meu caso não disseram nada, e que não entram nas pontuações. Será que afinal o mérito tem está sujeito a alguma subjectividade?
Re: BPD 2015
Pois, eu também pensei nas bonificações, mas no caso do meu painel (e de certeza noutros) em que o factor de ponderação foi de 0.191, houve pessoas a obter uma classificação de mais que 26 pontos (mais 10 que o máximo, parece excessivo para bonificações). Por isso parece que os máximos para cada indicador não foram respeitados ou então existe alguma formula para o calculo dos factores de ponderação a que não tivemos/temos acesso.
Eu enviei um email para a FCT para perguntar como foi calculado este factor para o meu painel 'Bioengenharia e Biotecnologia - BPD', se obtiver resposta dou noticias.
Eu enviei um email para a FCT para perguntar como foi calculado este factor para o meu painel 'Bioengenharia e Biotecnologia - BPD', se obtiver resposta dou noticias.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Olá de novo,
A ponderação no meu caso (Ciências Biológicas) é de 0,25. Também vou inquirir a FCT sobre isto, quando tiver notícias também irei partilhar. Obrigada
A ponderação no meu caso (Ciências Biológicas) é de 0,25. Também vou inquirir a FCT sobre isto, quando tiver notícias também irei partilhar. Obrigada
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- cientista regular
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Re: BPD 2015
Eu acho que a fórmula foi aplicada a todos os subcritérios de avaliação mas antes de ser aplicada o limite do valor máximo. E o factor de ponderação é calculado iterativamente até haver menos de 5% de candidatos com nota 5. Só assim é que faz sentido valores de ponderação estão baixo no caso das BPD.
Também é impossível darem um valor mais baixo que 1.0 no CV.
Outra coisa é a palavra de conferências em território nacional vs internacional. O que destinge uma conferência nacional duma internacional não é onde ela é organizada mas o público alvo.
Também fui prejudicado no jornais topo 5% porque não foi considerado um jornal que tem ranking acima de 5% segundo a SCIMAGO nas várias áreas, mas não está na lista do júri.
Também é impossível darem um valor mais baixo que 1.0 no CV.
Outra coisa é a palavra de conferências em território nacional vs internacional. O que destinge uma conferência nacional duma internacional não é onde ela é organizada mas o público alvo.
Também fui prejudicado no jornais topo 5% porque não foi considerado um jornal que tem ranking acima de 5% segundo a SCIMAGO nas várias áreas, mas não está na lista do júri.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Olá ,
Obrigada pelo esclarecimento, Duarte. Deve ser um processo desse tipo, mas deixa muitas questões em aberto e alguma dificuldade em fazer um recurso fundamentado. Entretanto, desloquei-me à Loja do Cientista e a FCT não fornece mais nada para além do que está on-line, ou seja não conseguimos ter acesso às nossas pontuações individuais por indicador de modo a confirmar o que contabilizaram, nem como foi calculado o factor de ponderação, para além de dizerem que poderá haver alguns ajustes nas pontuações por outros indicadores que não estejam no guião. Aconselham a colocar na Audiência Prévia tudo o que se discorda na avaliação... Enfim...
Obrigada pelo esclarecimento, Duarte. Deve ser um processo desse tipo, mas deixa muitas questões em aberto e alguma dificuldade em fazer um recurso fundamentado. Entretanto, desloquei-me à Loja do Cientista e a FCT não fornece mais nada para além do que está on-line, ou seja não conseguimos ter acesso às nossas pontuações individuais por indicador de modo a confirmar o que contabilizaram, nem como foi calculado o factor de ponderação, para além de dizerem que poderá haver alguns ajustes nas pontuações por outros indicadores que não estejam no guião. Aconselham a colocar na Audiência Prévia tudo o que se discorda na avaliação... Enfim...
Re: BPD 2015
Boa tarde a todos,
Acho que os bolseiros se deviam reunir e manifestar um profundo descontentamento com a forma como as candidaturas a BPD foram avaliadas. Não sei se se aperceberam, mas a maior parte dos investigadores aos quais foram atribuídas bolsas (lista disponível no site da FCT na tabela de resultados) tinham terminado o Doutoramento há mais de 6 anos (9, 10, 12 anos de experiência Pós-Doutoral). A forma como fomos avaliados e a forma como o factor de ponderação foi utilizado levou a que a experiência em docência, coordenação de projectos, existência de patentes valesse mais do que o número de publicações. Acho absurdo misturarem no mesmo "bolo" alunos recém-doutorados com investigadores com mais de 10 anos de experiência (que podem e devem concorrer a outro tipo de calls - "Investigador FCT"! Para além do mais no regulamento desta call está explícito:
"ARTIGO 4.º
BOLSAS DE PÓS-DOUTORAMENTO
1. As bolsas de pós-doutoramento (BPD) destinam-se a doutorados, preferencialmente àqueles que tenham obtido o grau há menos de seis anos, para realizarem trabalhos avançados de investigação no âmbito de instituições científicas portuguesas de reconhecida idoneidade. "
Não houve qualquer benefício para quem tem menos de 6 anos de experiência! antes pelo contrário, o nosso mérito foi completamente reduzido quando comparado com investigadores independentes, alguns líderes de grupos de investigação! isto não está correcto! isto é gravíssimo! Houve um claro interesse em manter financiados investigadores independentes (sem posições) em detrimento dos novos Doutorados (que só podem concorrer a esta call e não a "investigador FCT" etc). Mais, se os investigadores que foram financiados, concorrerem agora a investigador FCT e recusarem a bolsa de PÓS-DOC, estas não serão atribuídas a quem ficou abaixo do cut-off!
Por favor unam-se e queixem-se!! A FCT poderá ter que impugnar esta avaliação!
Acho que os bolseiros se deviam reunir e manifestar um profundo descontentamento com a forma como as candidaturas a BPD foram avaliadas. Não sei se se aperceberam, mas a maior parte dos investigadores aos quais foram atribuídas bolsas (lista disponível no site da FCT na tabela de resultados) tinham terminado o Doutoramento há mais de 6 anos (9, 10, 12 anos de experiência Pós-Doutoral). A forma como fomos avaliados e a forma como o factor de ponderação foi utilizado levou a que a experiência em docência, coordenação de projectos, existência de patentes valesse mais do que o número de publicações. Acho absurdo misturarem no mesmo "bolo" alunos recém-doutorados com investigadores com mais de 10 anos de experiência (que podem e devem concorrer a outro tipo de calls - "Investigador FCT"! Para além do mais no regulamento desta call está explícito:
"ARTIGO 4.º
BOLSAS DE PÓS-DOUTORAMENTO
1. As bolsas de pós-doutoramento (BPD) destinam-se a doutorados, preferencialmente àqueles que tenham obtido o grau há menos de seis anos, para realizarem trabalhos avançados de investigação no âmbito de instituições científicas portuguesas de reconhecida idoneidade. "
Não houve qualquer benefício para quem tem menos de 6 anos de experiência! antes pelo contrário, o nosso mérito foi completamente reduzido quando comparado com investigadores independentes, alguns líderes de grupos de investigação! isto não está correcto! isto é gravíssimo! Houve um claro interesse em manter financiados investigadores independentes (sem posições) em detrimento dos novos Doutorados (que só podem concorrer a esta call e não a "investigador FCT" etc). Mais, se os investigadores que foram financiados, concorrerem agora a investigador FCT e recusarem a bolsa de PÓS-DOC, estas não serão atribuídas a quem ficou abaixo do cut-off!
Por favor unam-se e queixem-se!! A FCT poderá ter que impugnar esta avaliação!
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- cientista regular
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Re: BPD 2015
Eu posso dizer que na área de Engenharia Mecânica BPD, houve 8 bolsas concedidas e os primeiros quatro candidatos que tiveram bolsa tem mais de 20 publicações e são pessoas claramente seniores duas delas tem PhD antes do ano 2000 e outras duas com PhD em 2010.
Foram considerados em alguns candidatos, o número orientações de mestrado segundo o texto que o júri escreveu. Apesar que na tabela só falar em teses de doutoramento. Como não existe acesso a tabela de excel usada pelo júri não é possível saber o valor que foi pontuado neste campo.
No campo participação em projectos, existem candidatos em que foi contado o número de projectos mas o ano indicado é abaixo do ano em que o mestrado (ou licenciatura) foi concluída. Quer dizer que não podiam ser membros formal de equipa mas sim seriam bolseiros, que é outro campo que vale metade dos pontos.
No meu caso não foram contabilizados as duas vezes que fui bolseiro de iniciação a investigação em dois projectos diferentes, que era o cargo que tu tinhas antes de teres o curso concluído se tivesses num projecto de investigação.
No caso das conferências, o júri escreve em alguns candidatos "X artigos em conferências sendo Y em Portugal". Bem o que define uma conferência ser nacional ou internacional não é o local onde ela é organizada mas sim o seu público alvo. Pode parecer que este a parâmetro não é importante mas como o factor de ponderação é tão alto calcular mal o número de conferências nacionais e internacionais prejudica o candidato, no meu caso isto aconteceu.
Como não há penalização no número de anos após doutoramento é difícil fazer esta comparação com os candidatos recém doutorados não havendo uma avaliação justa entre candidatos claramente com anos de pós-doutoramento diferentes.
A FCT também perdeu a oportunidade de mostrar o excel usado na avaliação do candidato que iria permitir uma melhor reclamação se faltar algum parâmetro que não foi considerado pelo júri. Eu tive de fazer engenharia inversa para descobrir o que foi considerado e até encontrei um erro na fórmula usada.
Outro pormenor é a lista de jornais de topo 5%. A lista que puseram tem muitos jornais que tem nomes esquisitos (desconfio que alguns nem sejam Q1 mas ainda não verifiquei). E depois eu tenho um artigo num jornal que é 2.45% e 4.1% nas duas áreas do ranking da scimago e não foi considerado na lista do júri. Se a SCIMAGO foi usada para definir se um artigo é Q1 (<25%) ou Q2 (<50%) porque é que o jornais de topo 5% não foram considerado com o mesmo critério? Assim pode haver jornais que são realmente de topo 5% mas que não foram considerados pelo júri porque ele não se lembrou de adicionar a lista que publicou.
Contudo com o valor de ponderação 0.27, é muito difícil eu conseguir passar a linha de corte pelas simulações que estive a fazer, apesar de ficar perto. Este sistema favorece em demasia as pessoas que acumulam anos pós-doutoramento. A taxa de aprovação na minha área foi 8/32 -> 25% ou 8/27 -> 29.6% se retirar as 5 candidaturas que não foram avaliadas, não sei qual foi a razão.
Foram considerados em alguns candidatos, o número orientações de mestrado segundo o texto que o júri escreveu. Apesar que na tabela só falar em teses de doutoramento. Como não existe acesso a tabela de excel usada pelo júri não é possível saber o valor que foi pontuado neste campo.
No campo participação em projectos, existem candidatos em que foi contado o número de projectos mas o ano indicado é abaixo do ano em que o mestrado (ou licenciatura) foi concluída. Quer dizer que não podiam ser membros formal de equipa mas sim seriam bolseiros, que é outro campo que vale metade dos pontos.
No meu caso não foram contabilizados as duas vezes que fui bolseiro de iniciação a investigação em dois projectos diferentes, que era o cargo que tu tinhas antes de teres o curso concluído se tivesses num projecto de investigação.
No caso das conferências, o júri escreve em alguns candidatos "X artigos em conferências sendo Y em Portugal". Bem o que define uma conferência ser nacional ou internacional não é o local onde ela é organizada mas sim o seu público alvo. Pode parecer que este a parâmetro não é importante mas como o factor de ponderação é tão alto calcular mal o número de conferências nacionais e internacionais prejudica o candidato, no meu caso isto aconteceu.
Como não há penalização no número de anos após doutoramento é difícil fazer esta comparação com os candidatos recém doutorados não havendo uma avaliação justa entre candidatos claramente com anos de pós-doutoramento diferentes.
A FCT também perdeu a oportunidade de mostrar o excel usado na avaliação do candidato que iria permitir uma melhor reclamação se faltar algum parâmetro que não foi considerado pelo júri. Eu tive de fazer engenharia inversa para descobrir o que foi considerado e até encontrei um erro na fórmula usada.
Outro pormenor é a lista de jornais de topo 5%. A lista que puseram tem muitos jornais que tem nomes esquisitos (desconfio que alguns nem sejam Q1 mas ainda não verifiquei). E depois eu tenho um artigo num jornal que é 2.45% e 4.1% nas duas áreas do ranking da scimago e não foi considerado na lista do júri. Se a SCIMAGO foi usada para definir se um artigo é Q1 (<25%) ou Q2 (<50%) porque é que o jornais de topo 5% não foram considerado com o mesmo critério? Assim pode haver jornais que são realmente de topo 5% mas que não foram considerados pelo júri porque ele não se lembrou de adicionar a lista que publicou.
Contudo com o valor de ponderação 0.27, é muito difícil eu conseguir passar a linha de corte pelas simulações que estive a fazer, apesar de ficar perto. Este sistema favorece em demasia as pessoas que acumulam anos pós-doutoramento. A taxa de aprovação na minha área foi 8/32 -> 25% ou 8/27 -> 29.6% se retirar as 5 candidaturas que não foram avaliadas, não sei qual foi a razão.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Além de candidatos com vários anos após o doutoramento, o meu painel tem vários bolseiros de pós-doutoramento, que voltaram a ganhar uma bolsa. Alguém que tem um PhD há 11 anos e um pos-doc entre 2009 e 2015, tem muito mais hipóteses de ficar à frente de alguém que tem um PhD há um ou dois anos!!!
Re: BPD 2015
Nas BPD de Ciências da Computação e da Informação, não há grande diferença de anos, apenas o primeiro selecionado tem o doutoramento há mais de 6 anos (2009). Os outros estão entre 2013 e 2015.
Nesta área o maior problema é avaliação das publicações. É conhecida a tradição nesta área de equiparar publicações em algumas atas de conferência a artigos de revista, já que estas tem tanto ou mais impacto que a maioria das revistas da área. O problema começa quando o painel decidiu juntar as publicações em atas de conferência às comunições e assim ficaram com um máx. de 0.6 em vez dos 5 pontos das publicações. Assim sendo, revistas de baixo/médio factor de impacto acabaram por ter mais peso que atas conferências de elevado factor de impacto. (viva a ciência mediocre!)
O mais estranho disto tudo é que na lista das "revistas" top 5% Scimago apresentada na ata do painel, aparecem atas de conferência à mistura e nunca ser mencionado nas fichas de avaliação as diferenças nas publicações 5%, Q1, Q2, Q3 e Q4.
Nesta área o maior problema é avaliação das publicações. É conhecida a tradição nesta área de equiparar publicações em algumas atas de conferência a artigos de revista, já que estas tem tanto ou mais impacto que a maioria das revistas da área. O problema começa quando o painel decidiu juntar as publicações em atas de conferência às comunições e assim ficaram com um máx. de 0.6 em vez dos 5 pontos das publicações. Assim sendo, revistas de baixo/médio factor de impacto acabaram por ter mais peso que atas conferências de elevado factor de impacto. (viva a ciência mediocre!)
O mais estranho disto tudo é que na lista das "revistas" top 5% Scimago apresentada na ata do painel, aparecem atas de conferência à mistura e nunca ser mencionado nas fichas de avaliação as diferenças nas publicações 5%, Q1, Q2, Q3 e Q4.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Acho que o que a ABIC deveria exigir é restrição das candidaturas ás BPD para candidatos com doutoramento há menos de 6 anos. A actual restrição para candidatos que ainda não tiveram o mesmo tipo de bolsa é falsa e de facto é só uma medida "cosmética" sem muito efeito- não impede que os investigadores que já foram Investigadores FCT ou assistentes nas universidades concorram. Já disse neste forum antes, mas vou repetir - não faz sentido nenhum um candidato ao post doc ser avaliado por liderança de projectos e orientação de metrados e até doutoramentos concluidos...!!
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- cientista assíduo
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Re: BPD 2015
Acho que estamos é a esquecer-nos do que está por detrás deste problema: a falta de projectos, lugares nas faculdades e postos de trabalho para doutorados.
Depois é óbvio, quando senior researchers com docs há mais de 5, 10 anos, grandes currículos, experiência de orientação, PI de projectos,etc, não tem rendimentos, tem de se virar para o que há: bolsas de pos-doc.
Não acho que tenham culpa... O mundo da investigação em portugal é uma selva ultracompetitiva (e a situação na europa não é assim tão melhor).
A FCT devia sim esclarecer para quem é que se adequam os post-docs - se para recém doutorados ou para investigadores seniores - e adaptar os critérios nesse sentido. Mas acaba por ser sempre uma situação complicada e sensível.
Depois é óbvio, quando senior researchers com docs há mais de 5, 10 anos, grandes currículos, experiência de orientação, PI de projectos,etc, não tem rendimentos, tem de se virar para o que há: bolsas de pos-doc.
Não acho que tenham culpa... O mundo da investigação em portugal é uma selva ultracompetitiva (e a situação na europa não é assim tão melhor).
A FCT devia sim esclarecer para quem é que se adequam os post-docs - se para recém doutorados ou para investigadores seniores - e adaptar os critérios nesse sentido. Mas acaba por ser sempre uma situação complicada e sensível.
Re: BPD 2015
el_Bosco, em certo ponto tens razão. Mas lembra-te que as candidaturas ao Investigador FCT têm restrições: ou ter doutoramento há pelo menos 3 anos ou já ter conseguido financiamento próprio como investigador.
Ou seja, os recém-doutorados não se podem candidatar a Investidor FCT (ganhem ou percam) mas os investigadores séniores podem-se candidatar a bolsas post-doc. E é esta situação torna tudo um pouco mais injusto.
Na minha opnião, o Investigador FCT devia acabar com a limitacão mínima dos 3 anos e permitir contratos de 2 anos a recém-doutorados (em vez das atuais BPD)...
Ou seja, os recém-doutorados não se podem candidatar a Investidor FCT (ganhem ou percam) mas os investigadores séniores podem-se candidatar a bolsas post-doc. E é esta situação torna tudo um pouco mais injusto.
Na minha opnião, o Investigador FCT devia acabar com a limitacão mínima dos 3 anos e permitir contratos de 2 anos a recém-doutorados (em vez das atuais BPD)...
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- cientista assíduo
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Re: BPD 2015
DC isso vem precisamente ao encontro do que referi.
Até agora sempre se pressupos que o contratos IF seriam destinados a investigadores séniores - tendo em conta os critérios de selecção que impoem ao concurso - e que os pos-doc seriam destinados para recém-doutorados.
Manter-se assim até que não era mau. Mau é sim, haver esta confusão entre o destinatário dos dois concursos porque em qualquer dos casos, quem perde são os recem doutorados.
Até agora sempre se pressupos que o contratos IF seriam destinados a investigadores séniores - tendo em conta os critérios de selecção que impoem ao concurso - e que os pos-doc seriam destinados para recém-doutorados.
Manter-se assim até que não era mau. Mau é sim, haver esta confusão entre o destinatário dos dois concursos porque em qualquer dos casos, quem perde são os recem doutorados.
Re: BPD 2015
Mas a ABIC já se pronunciou? Há alguma informação? tem que ser elaborada uma queixa! Eu não tenho nada contra quem teve bolsa, a culpa não é deles...se eu tivesse 12 anos de experiência e não tivesse emprego e pudesse concorrer a uma bolsa pos-doc também o faria certamente.
O que acho gravíssimo é estar no regulamento de abertura:
ARTIGO 4.º
BOLSAS DE PÓS-DOUTORAMENTO
1. As bolsas de pós-doutoramento (BPD) destinam-se a doutorados, preferencialmente àqueles que tenham obtido o grau há menos de seis anos, para realizarem trabalhos avançados de investigação no âmbito de instituições científicas portuguesas de reconhecida idoneidade.
E nao houve de forma alguma preferência por quem terminou há menos de 6 anos. Isto É ILEGAL. Aliás houve exactamente o oposto privilegiando orientações de doutoramentos, coordenação de projectos aulas....
É do interesse de todos q esta situação seja divulgada. Muitas destas bolsas serão rescindidas muito provavelmente porque estes investigadores financiados estão agora a concorrer a Investigador FCT. Dinheiro q nao será assim usado pela FCT em recursos humanos (mas que para estatísticas contará como se tivesse sido! aliás já estou a ver os títulos dos jornais "FCT atribuí mais bolsas de pos-doc este ano comparativamente a anos anteriores (http://www.fct.pt/apoios/bolsas/concurs ... 2-2015.pdf)).
Por favor unam-se e queixem-se! enviem emails á ABIC, enviem emails ao Sindicato Nacional do Ensino Superior, aos jornais...
O que acho gravíssimo é estar no regulamento de abertura:
ARTIGO 4.º
BOLSAS DE PÓS-DOUTORAMENTO
1. As bolsas de pós-doutoramento (BPD) destinam-se a doutorados, preferencialmente àqueles que tenham obtido o grau há menos de seis anos, para realizarem trabalhos avançados de investigação no âmbito de instituições científicas portuguesas de reconhecida idoneidade.
E nao houve de forma alguma preferência por quem terminou há menos de 6 anos. Isto É ILEGAL. Aliás houve exactamente o oposto privilegiando orientações de doutoramentos, coordenação de projectos aulas....
É do interesse de todos q esta situação seja divulgada. Muitas destas bolsas serão rescindidas muito provavelmente porque estes investigadores financiados estão agora a concorrer a Investigador FCT. Dinheiro q nao será assim usado pela FCT em recursos humanos (mas que para estatísticas contará como se tivesse sido! aliás já estou a ver os títulos dos jornais "FCT atribuí mais bolsas de pos-doc este ano comparativamente a anos anteriores (http://www.fct.pt/apoios/bolsas/concurs ... 2-2015.pdf)).
Por favor unam-se e queixem-se! enviem emails á ABIC, enviem emails ao Sindicato Nacional do Ensino Superior, aos jornais...
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Olá, Já obtiveste esclarecimentos pela FCT?
mms23 Escreveu:Eu estou com a mesma dúvida e acho que este factor de ponderação está muito mal explicado. Pelas minhas contas alguém que obtenha a cotação máxima em todos os indicadores ficaria com 16,19 (pag. 27 do guião de avaliação). Pelo que eu entendi, para fazer corresponder este 16,19 ao valor máximo a atribuir no mérito do candidato que é 5, então o factor de ponderação mais baixo que poderia ser aplicado seria 0.30883, partindo do principio que há candidatos a obter a nota máxima em todos os indicadores. Ora, no meu painel o factor de ponderação foi 0.191, um valor que não faço a mínima ideia de onde surgiu. Alguém consegue solucionar este enigma?? Ou sou eu que estou a ver mal o filme??
Na minha opinião, não é por haver um ponto no guião que diz que poderá ser aplicado um factor de ponderação, que ele passa a ser legitimo ainda que não façamos a mínima ideia de como ele foi calculado.
Pela minha parte já pedi esclarecimentos à FCT sobre este e outros procedimentos adotados neste concurso que estão pouco claros ou com os quais não concordo.
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- recém-chegado
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Re: BPD 2015
Olá,
Tentei tudo, telefone, Loja do Cientista e e-mail. Falta enviar carta...
De facto, obtive uma resposta automática e que não responde às minhas questões. Não é personalizada porque nem viram se era candidata ou candidato.
Isto não ajuda em nada. Que perda de tempo....
Passo a transcrever:
Caro/a Candidato/a,
Atualmente encontra-se em curso o período concedido para audiência prévia de interessados face à proposta de decisão notificada no âmbito do Concurso de Bolsas Individuais de 2015, tendo sido concedido, para o efeito, o prazo de dez dias úteis contados a partir da data de divulgação dos resultados do concurso.
Assim, até ao dia 4 de setembro de 2015, pode, se assim o entender, apresentar os comentários tidos por convenientes face à proposta de decisão notificada.
Fazemos notar, que por imposição regulamentar (artigo 18º do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT), apenas serão aceites, analisados e respondidos, os comentários apresentados a título de audiência prévia na plataforma do Concurso na área pessoal de cada candidato, tal como transmitido no email de notificação dos resultados remetido no passado dia 21 de agosto.
Com os melhores cumprimentos.
Tentei tudo, telefone, Loja do Cientista e e-mail. Falta enviar carta...
De facto, obtive uma resposta automática e que não responde às minhas questões. Não é personalizada porque nem viram se era candidata ou candidato.
Isto não ajuda em nada. Que perda de tempo....
Passo a transcrever:
Caro/a Candidato/a,
Atualmente encontra-se em curso o período concedido para audiência prévia de interessados face à proposta de decisão notificada no âmbito do Concurso de Bolsas Individuais de 2015, tendo sido concedido, para o efeito, o prazo de dez dias úteis contados a partir da data de divulgação dos resultados do concurso.
Assim, até ao dia 4 de setembro de 2015, pode, se assim o entender, apresentar os comentários tidos por convenientes face à proposta de decisão notificada.
Fazemos notar, que por imposição regulamentar (artigo 18º do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT), apenas serão aceites, analisados e respondidos, os comentários apresentados a título de audiência prévia na plataforma do Concurso na área pessoal de cada candidato, tal como transmitido no email de notificação dos resultados remetido no passado dia 21 de agosto.
Com os melhores cumprimentos.
Re: BPD 2015
Eu recebi exactamente a mesma resposta, com mais uma frase inicial a dizer que informam que no Anexo II do Guião de Avaliação, disponível no site da FCT, consta uma explicação relativa ao fator de ponderação e que a questão da protecção dos dados pessoais estava resolvida. Nem sequer me responderam a todas as questões que coloquei.
Portanto, deduzo que vou ficar sem saber como calcularam os ditos factores o que dificulta as contas para sabermos o que nos cotaram no currículo e podermos reclamar de forma fundamentada. De qualquer forma vou reclamar em audiência prévia e como já aqui foi dito, era importante que todos os que não concordam com os factores de ponderação aplicados fizessem o mesmo. Mas mais do que isso, acho também que seria muito importante haver um protesto conjunto e estou a preparar um mail para enviar a ABIC e solicitar ajuda nesse sentido.
Na minha opinião era também importante saber, à semelhança dos anos anteriores, as linhas de corte e (no caso deste ano) os factores de ponderação para os diferentes painéis. A aplicação do factor de ponderação fez baixar as linhas de corte e em muitos casos um candidato com um currículo sénior e um plano de trabalho médio teve bolsa, enquanto que um candidato com um currículo médio e um plano excelente fica muito abaixo da linha de corte. No caso dos painéis em que ocorreram casos destes a ponderação 50/50 para mérito do candidato/programa de trabalho está muito deturpada!
Seria também bom que divulgassem todas as situações que considerem graves ou injustas para podermos fundamentar melhor as nossas reclamações, por exemplo já alguém aqui mencionou que houve pelo menos dois painéis que não se sentiram confortáveis com a aplicação do factor de ponderação, alguém confirma?
Na minha opinião era verdadeiramente importante que estes e outros factos que considerem relevantes ganhassem dimensões que tivessem eco noutras instâncias.
Portanto, deduzo que vou ficar sem saber como calcularam os ditos factores o que dificulta as contas para sabermos o que nos cotaram no currículo e podermos reclamar de forma fundamentada. De qualquer forma vou reclamar em audiência prévia e como já aqui foi dito, era importante que todos os que não concordam com os factores de ponderação aplicados fizessem o mesmo. Mas mais do que isso, acho também que seria muito importante haver um protesto conjunto e estou a preparar um mail para enviar a ABIC e solicitar ajuda nesse sentido.
Na minha opinião era também importante saber, à semelhança dos anos anteriores, as linhas de corte e (no caso deste ano) os factores de ponderação para os diferentes painéis. A aplicação do factor de ponderação fez baixar as linhas de corte e em muitos casos um candidato com um currículo sénior e um plano de trabalho médio teve bolsa, enquanto que um candidato com um currículo médio e um plano excelente fica muito abaixo da linha de corte. No caso dos painéis em que ocorreram casos destes a ponderação 50/50 para mérito do candidato/programa de trabalho está muito deturpada!
Seria também bom que divulgassem todas as situações que considerem graves ou injustas para podermos fundamentar melhor as nossas reclamações, por exemplo já alguém aqui mencionou que houve pelo menos dois painéis que não se sentiram confortáveis com a aplicação do factor de ponderação, alguém confirma?
Na minha opinião era verdadeiramente importante que estes e outros factos que considerem relevantes ganhassem dimensões que tivessem eco noutras instâncias.
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Re: BPD 2015
mms23 Escreveu:Eu recebi exactamente a mesma resposta, com mais uma frase inicial a dizer que informam que no Anexo II do Guião de Avaliação, disponível no site da FCT, consta uma explicação relativa ao fator de ponderação e que a questão da protecção dos dados pessoais estava resolvida. Nem sequer me responderam a todas as questões que coloquei.
Portanto, deduzo que vou ficar sem saber como calcularam os ditos factores o que dificulta as contas para sabermos o que nos cotaram no currículo e podermos reclamar de forma fundamentada. De qualquer forma vou reclamar em audiência prévia e como já aqui foi dito, era importante que todos os que não concordam com os factores de ponderação aplicados fizessem o mesmo. Mas mais do que isso, acho também que seria muito importante haver um protesto conjunto e estou a preparar um mail para enviar a ABIC e solicitar ajuda nesse sentido.
Na minha opinião era também importante saber, à semelhança dos anos anteriores, as linhas de corte e (no caso deste ano) os factores de ponderação para os diferentes painéis. A aplicação do factor de ponderação fez baixar as linhas de corte e em muitos casos um candidato com um currículo sénior e um plano de trabalho médio teve bolsa, enquanto que um candidato com um currículo médio e um plano excelente fica muito abaixo da linha de corte. No caso dos painéis em que ocorreram casos destes a ponderação 50/50 para mérito do candidato/programa de trabalho está muito deturpada!
Seria também bom que divulgassem todas as situações que considerem graves ou injustas para podermos fundamentar melhor as nossas reclamações, por exemplo já alguém aqui mencionou que houve pelo menos dois painéis que não se sentiram confortáveis com a aplicação do factor de ponderação, alguém confirma?
Na minha opinião era verdadeiramente importante que estes e outros factos que considerem relevantes ganhassem dimensões que tivessem eco noutras instâncias.
Olá! Pois realmente parece que vamos ficar sem saber como foi obtido o fator de ponderação. No meu caso (Painel de eng Civil) foi aplicado um fator de 0.14 e minha nota do mérito do candidato passou para a nota mínima 1. Tenho doutoramento à dois anos e tive muito boa nota no programa de trabalhos mas o mérito do candidato de 1 condicionou-me para obter bolsa. Realmente não é justo estar a concorrer com investigadores seniores e as bolsas BPD deviam ser atribuídas a investigadores doutorados à menos de 6 anos, já que existem os concursos de investigador FCT para investigadores seniores.