Conversa sobre saída dos resultados BPD/BD/BDE 2013

[mc86]

eh pah eu cá não sei de nada...se calhar "ja fui"..
Não fazia ideia que algumas pessoas já sabiam...brutal..

[Bitter Sweet Girl]

também é a conta destas coisas que se sabe (correm rumores) que por exemplo bolsas de pos-doutoramento na área da química foram concedidas 10, o que vai de encontro às tais 100 no total...

[paulafc]

...10 para quantos candidatos?
É imoral. Que culpa temos nós de termos concorrido este ano e não no ano passado ou no anterior? É um corte absurdo.

[cmmg04]

Que candidatos é que já sabem o resultado?

os que conhecem "as pessoas certas", ou seja, alguém que faça parte do painel de avaliação da sua área ou cujo orientador conheça e possa perguntar.

Típico num País de 3º mundo e que se quer desenvolvido!!!

[mc86]

o chato aqui é que nem vale a pena reclamar, porque já se sabe que é em vão...bom, reclamar de algo errado deveria ser sempre útil, contudo será sempre em vão.

cada vez está tudo pior

[rjtgeo]

Se me é permitido o desabafo, hj fui ver por curiosidade os resultados do ano anterior, designadamente a listagem de pessoas q entraram.
Além de cerca de 85% serem do mesmo centro de investigação (e note-se que nesta área há, pelo menos, 4 centros!)... são todos "miúdos" (tb o sou, atenção) que acabaram os mestrados há pouco tempo e cujos projetos onde estavam inseridos tb acabaram... sabendo antemão que essas pessoas ainda estão hoje apenas a desempenhar tarefas no âmbito desses projetos!
Vendo os que não conseguiram bolsa, existem qual cães de fila um conjunto alargado de pessoas desse mesmo centro "à espera"...
Não digo que as pessoas não tenham mérito, mas há coisas estranhas... uma pessoa com licenciatura de bolonha, média de 17, sem mestrado e zero comunicações/artigos publicados ter uma excelente nota e entrar... mas se calhar sou eu q sou apenas má lingua!

Em relação ao concurso de 2011, há pessoas q tb ganharam sem ter mestrado... e que 2 anos volvidos de bolsa ainda não sabem o que estudar, pq o projeto sem pés nem cabeça q apersentou e ganhou não faz sentido (e a maior parte das ideias que essa pessoa apresenta em congressos acaba por levar na cabeça por uma série de coisas menos conseguidas asssociadas apenas às suas ideias para uma futura investigação)!

É isto que me chateia um bocado nestes concursos, nas aprovações e posteriores execuções... É difícil ser "merocrata" em Portugal.

[Isantos]

Fogo aqui ainda não se ouviu falar de nada.

Mas claro que contamos com as maiores injustiças. No ano passado quando olhei para a listagem de pessoas até me benzi. Anda aqui uma pessoa a esforçar-se, para fazer face aos que têm padrinhos? Não teremos hipótese nenhuma...este país funciona e sempre vai funcionar a nível de tachos. Como muitos me dizem, quem menos trabalha é que leva os louros.

[Isantos]

Fogo aqui ainda não se ouviu falar de nada.

Mas claro que contamos com as maiores injustiças. No ano passado quando olhei para a listagem de pessoas até me benzi. Anda aqui uma pessoa a esforçar-se, para fazer face aos que têm padrinhos? Não teremos hipótese nenhuma...este país funciona e sempre vai funcionar a nível de tachos. Como muitos me dizem, quem menos trabalha é que leva os louros.

[spca]

Se me é permitido o desabafo, hj fui ver por curiosidade os resultados do ano anterior, designadamente a listagem de pessoas q entraram.
Além de cerca de 85% serem do mesmo centro de investigação (e note-se que nesta área há, pelo menos, 4 centros!)... são todos "miúdos" (tb o sou, atenção) que acabaram os mestrados há pouco tempo e cujos projetos onde estavam inseridos tb acabaram... sabendo antemão que essas pessoas ainda estão hoje apenas a desempenhar tarefas no âmbito desses projetos!
Vendo os que não conseguiram bolsa, existem qual cães de fila um conjunto alargado de pessoas desse mesmo centro "à espera"...
Não digo que as pessoas não tenham mérito, mas há coisas estranhas... uma pessoa com licenciatura de bolonha, média de 17, sem mestrado e zero comunicações/artigos publicados ter uma excelente nota e entrar... mas se calhar sou eu q sou apenas má lingua!

Em relação ao concurso de 2011, há pessoas q tb ganharam sem ter mestrado... e que 2 anos volvidos de bolsa ainda não sabem o que estudar, pq o projeto sem pés nem cabeça q apersentou e ganhou não faz sentido (e a maior parte das ideias que essa pessoa apresenta em congressos acaba por levar na cabeça por uma série de coisas menos conseguidas asssociadas apenas às suas ideias para uma futura investigação)!

É isto que me chateia um bocado nestes concursos, nas aprovações e posteriores execuções... É difícil ser "merocrata" em Portugal.

Olá.
Estas coisas são sempre bastante discutíveis, e concordo que há coisas estranhas no que dizes, em particular essa de 85% das pessoas que receberam bolsa da tua área pertencerem a um centro de investigação e apenas 15% no resto do país. Mas nota que uma média de 17 é uma excelente média, e pelos critérios que estão no Guião de Avaliação, seria como um aluno com média de 16 e um mestrado com menos de 300 ECTS, ou com média de 15 e 300 ECTS, por exemplo. Não dá nota máxima mas dá nota boa. E para essa pessoa ter tido bolsa, também teve de apresentar um bom plano de trabalhos e possivelmente também boas condições de acolhimento.
Estes concursos são sempre discutíveis, por ex. se a média devia contar tanto - o Einstein era um aluno medíocre, segundo o que vi um dia (sem certeza de ser verdade) teve média de 5 em 10, ou seja, equivalente ao nosso 10. Ou alguém que foi um bom aluno e teve uma excelente média pode não se conseguir adaptar ao trabalho científico ou a qualquer outro, por ex. por falta de competências de trabalho em equipa ou por falta de uma boa orientação. E a exigência de todas as universidades para ter boas notas também não é a mesma. Mas nota que nenhum critério é absoluto, por ex. um orientador que queira beneficiar um dado candidato pode pô-lo a fazer umas medidas e colocar o nome dele em alguns artigos por causa disso, e aquilo que publicas no início da carreira depende a meu ver sobretudo da orientação que recebes, pelo que também creio que não seria assim tão claro se um concurso para BD baseado apenas ou sobretudo nas publicações seria assim tão melhor. Talvez se pudesse introduzir a obrigatoriedade de se ter um mestrado ou licenciatura pré-bolonha para concorrer a BD, não sei, acho discutível - francamente eu vou mais por essa obrigatoriedade no sentido de a pessoa ir para BD já com alguma maturidade.
Quanto à situação que dizes, da pessoa que entrou sem mestrado e não fez "nada de jeito", será que o maior problema não está na falta de orientação? "Ninguém nasce ensinado", e se uma pessoa, mesmo que com mérito, não for devidamente orientada no início, dificilmente irá muito longe. Claro que isto é mais grave se a pessoa não tiver mestrado, mas mesmo alguém com mestrado, sem uma boa orientação, dificilmente conseguirá chegar muito longe.

Boa sorte para o concurso.

[paulafc]

Para mim o mais injusto é mesmo que o nº de orientandos do orientador seja tão importante para a nota da instituição de acolhimento. Por melhor que seja a instituição, se o orientador tiver mais de 4 ou 5 orientandos (e note-se que as orientações pos-doc também entram nesta conta), a pontuação desce para algo como 1,5.
Com apenas 300 bolsas de doutoramento a atribuir, parece-me a mim que ter 1 num dos critérios é exclusão automática, mesmo com 5 em todos os outros. É injusto porque estão a pôr os parâmetros decisivos em coisas que não dependem do nosso mérito pessoal.

[Bitter Sweet Girl]

Para mim o mais injusto é mesmo que o nº de orientandos do orientador seja tão importante para a nota da instituição de acolhimento. Por melhor que seja a instituição, se o orientador tiver mais de 4 ou 5 orientandos (e note-se que as orientações pos-doc também entram nesta conta), a pontuação desce para algo como 1,5.
Com apenas 300 bolsas de doutoramento a atribuir, parece-me a mim que ter 1 num dos critérios é exclusão automática, mesmo com 5 em todos os outros. É injusto porque estão a pôr os parâmetros decisivos em coisas que não dependem do nosso mérito pessoal.

isso do número de orientandos que a FCT impõe como limites não acho mal, pessoalmente, uma vez que estao a tentar garantir maiores probabilidades de a pessoa ser realmente orientada pela pessoa que diz que será seu orientador. se levar a bom porto um doutoramento com uma boa orientaçao ja nao é fácil, tentar concluir um doutoramento sem uma real orientaçao - apenas orientaçao no papel quase - é bastante dificil e os estudantes passam as passas do algarve, porque ou acabam por se orientarem a si mesmos ou o orientador acaba por ser outro, para nao deixar o estudante desamparado.

[schutz]

Mas uma BD não pode depender exclusivamente do mérito pessoal, senão para que serviam os campos do programa de trabalho e condições de acolhimento?

Uma boa orientação é fundamental, por mais mérito pessoal que um candidato tenha sozinho não faz um doutoramento... e um orientador com muitos orientandos é um indicador de que não irá conseguir acompanhar devidamente os orientandos (claro que é relativo mas regra geral isto é verdade) logo um candidato a BD nestas condições está à partida em piores condições de acolhimento (logo é mais arriscado "apostar" na formação deste candidato). A lógica, no meu entender, até faz sentido.
Acho que é que orientar doutorandos e post-docs não é igual e só deviam contar os doutorandos para esse critério.

[paulafc]

Concordo que não se deva ter muitos orientandos, mas o número que a FCT impõe é muito pequeno...

[CristinaC]

bitter sweet girl,

e no ano passado quantas foram concedidas em química? Na minha área foram umas 5, se não estou em erro.

[Maria F]

Mas uma BD não pode depender exclusivamente do mérito pessoal, senão para que serviam os campos do programa de trabalho e condições de acolhimento?

Uma boa orientação é fundamental, por mais mérito pessoal que um candidato tenha sozinho não faz um doutoramento... e um orientador com muitos orientandos é um indicador de que não irá conseguir acompanhar devidamente os orientandos (claro que é relativo mas regra geral isto é verdade) logo um candidato a BD nestas condições está à partida em piores condições de acolhimento (logo é mais arriscado "apostar" na formação deste candidato). A lógica, no meu entender, até faz sentido.
Acho que é que orientar doutorandos e post-docs não é igual e só deviam contar os doutorandos para esse critério.

Concordo plenamente. No meu ponto de vista, um aluno de pos-doc já tem uma experiência e formação que um aluno que está a começar um doc não tem, logo não precisa de uma orientação tão profunda.

Segundo as regras da FCT, para este concurso, "no caso de orientadores que tenham atualmente mais do que 5 bolseiros de doutoramento diretamente financiados pela FCT e/ou mais do que 3 bolseiros de pós doutoramento diretamente financiados pela FCT, o mérito global das condições de acolhimento é automaticamente 2,5".

Não se percebe como é que o peso da orientação para um aluno de pós-doc é superior à de um aluno de doc...

[Bitter Sweet Girl]

bitter sweet girl,

e no ano passado quantas foram concedidas em química? Na minha área foram umas 5, se não estou em erro.

por acaso não sou de quimica, sou de física onde, em 2012, foram atribuidas 35 bolsas BPD, num total de 118 candidatos.
na area da quimica o topico relativo ao ano passado (http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=1&t=5005) diz o seguinte:

BPD
Área Científica: Quimica
Linha de corte: 4.63
Nº de bolsas: 46
Nº total de candidatos: 143

[amavel]

Na minha opinião, o número de doutorandos e postdocs que um professor orienta não é de todo reflexo da orientação que um doutorando vá receber. O meu exemplo acho que ajuda a compreender esta opinião:

O meu trabalho tem estado bastante dividido entre duas instituições:

- Numa delas, o meu orientador (o principal) tem apenas dois alunos de doutoramento e nenhum postdoc. No entanto, ele é director do departamento, e portanto tem bastantes mais deveres. Ele tem bastante tempo para nós, mas no entanto é apenas uma pessoa com quem trabalhamos.

- Na outra, o meu orientador de lá tem à volta de 6 postdocs e 9 doutorandos. No entanto, a organização é muito diferente e existe imensa cooperação entre postdocs (que têm muita experiência) e doutorandos, o que faz com que a interacção com o professor não seja tão necessária, ainda que ele esteja quase sempre disponível para alguma decisão importante que seja necessária.

A verdade é que sinto-me mais apoiado na instituição com mais pessoas, já que posso falar com algum outro doutorando ou postdoc mais rapidamente.

É apenas um exemplo, mas serve para evidenciar que nem sempre mais pessoas para orientar significa menos ajuda para o doutorando. É claro que se for em demasia tem de ser tido em consideração, mas a meu ver com pouco peso.

[mc86]

bem, para hoje já não devem sair, nao há ca nenhuma "actualização do sistema" no site da fct nem nada semelhante....

[Bitter Sweet Girl]

bem, para hoje já não devem sair, nao há ca nenhuma "actualização do sistema" no site da fct nem nada semelhante....

essa mensagem, quando aparece, aparece na tua area no fctsig (https://www.fct.mctes.pt/fctsig/default.asp)

[mc86]

ah obrigada...fui ver, também nada de actualizações...
Afinal não devemos ter uma sexta-feira 13 adequada (cheia de azares)