CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA O PÓS-DOC

[Rotiv]

Para os candidatos a bolsas de doutoramento existe uma fórmula para calcular o mérito dos candidatos (licenciatura , mestrado, classificação obtida, onde, se foi antes ou depois de Bolonha, etc.).Esta fórmula está on-line, no regulamento sobre a avaliação das candidaturas.
Para os candidatos a pós-doutoramento não existe nenhuma fórmula para calcular o mérito do candidato, isso fica ao critério de cada painel e de cada avaliador.
Isso é profundamente injusto, e presta-se a maior subjectividade de avaliação !
É injusto que não se tenha em conta a licenciatura, o mestrado, o doutoramento, e as respectivas classificações. Um doutotrado com classificação máxima obtida, fica ao mesmo nivel de um doutorado com classificação inferior ! um candidato que fez a licenciatura e o mestardo antes do processo de Bolonha (em que se estudava mais anos), fica ao mesmo nivel de outros que fizeram depois de Bolonha ! um doutorado que fez o doutoramento numa prestigiada universidade nacional ou internacional, fica ao mesmo nivel de doutorados noutras universidades ! além disso, não é contado para avaliar o mérito do candidato outras coisas como a sua experiência profissional, por exemplo quem já deu aulas, e alguns deram aulas durante vários anos.
Sugiro que se tome medidas no sentido de passar a haver critérios definidos para calcular o mérito do candidato a pós-doc, tal como já existem para os candidatos a doutoramento.
Vou escrever uma carta ao presidente da FCT, outra ao director do Departamento de Recursos Humanos da FCT, outra à ABIC, e outra ao presidente do meu painel de avaliação (basta saber o nome e a Faculdade onde trabalha). Sugiro que outros candidatos a bolsas de pós-doutoramento, que sentem esta injustia, façam o mesmo, para ver se as coisas mudam.

[phdwannabe]

Apesar de ser apologista de critérios o mais objectivos possíveis num concurso público, isto soa a ressabiamento puro da tua parte, que cai mal em vários aspectos. O multiposting, aliás, raia o ridículo.

Desde quando é que a nota de licenciatura ou de mestrado tem relevância comparável às publicações que se fizeram durante um doutoramento? Quanto à alegação, no argumento em que se comparam qualificações pré- e pós-bolonha, de que o número de anos numa universidade durante uma licenciatura é factor de decisão altamente relevante quando se parte para uma actividade pós-doutoral, a resposta é exactamente a mesma: não é.

Quanto a dar aulas, meu amigo, aulas são aulas, investigação é investigação. São coisas diferentes e não se pode meter tudo no mesmo saco. Caso contrário, a minha avó, que tem muitos anos de trabalho no currículo, talvez deva candidatar-se a um postdoc qualquer...

O doutoramento, a relevância das publicações realizadas e a reputação da unidade de investigação em que se esteve integrado são, ou devem ser, os factores de ponderação mais importantes na atribuição de uma posição de postdoc. É assim em todo o Mundo, e assim deve acontecer também em Portugal.

[Frostie]

É injusto que (...) um candidato que fez a licenciatura e o mestardo antes do processo de Bolonha (em que se estudava mais anos), fica ao mesmo nivel de outros que fizeram depois de Bolonha !

Gostava que me explicasses porque é que achas que quem fez licenciatura pré-bolonha merece discriminação positiva e, consequentemente, em que é que o número de anos de formação superior básica contribui para seres um melhor investigador.

[Rotiv]

Apesar de ser apologista de critérios o mais objectivos possíveis num concurso público, isto soa a ressabiamento puro da tua parte, que cai mal em vários aspectos. O multiposting, aliás, raia o ridículo.

Desde quando é que a nota de licenciatura ou de mestrado tem relevância comparável às publicações que se fizeram durante um doutoramento? Quanto à alegação, no argumento em que se comparam qualificações pré- e pós-bolonha, de que o número de anos numa universidade durante uma licenciatura é factor de decisão altamente relevante quando se parte para uma actividade pós-doutoral, a resposta é exactamente a mesma: não é.

Quanto a dar aulas, meu amigo, aulas são aulas, investigação é investigação. São coisas diferentes e não se pode meter tudo no mesmo saco. Caso contrário, a minha avó, que tem muitos anos de trabalho no currículo, talvez deva candidatar-se a um postdoc qualquer...

O doutoramento, a relevância das publicações realizadas e a reputação da unidade de investigação em que se esteve integrado são, ou devem ser, os factores de ponderação mais importantes na atribuição de uma posição de postdoc. É assim em todo o Mundo, e assim deve acontecer também em Portugal.

PROVAVELMENTE TIVESTE BOLSA, E POR ISSO ACHAS QUE ESTÁ TUDO BEM ASSIM !..
COMEÇO PELA DUPLICAÇÃO DO POST : POR LAPSO ESQUECI-ME DE COLOCAR O TÍTULO, POR ISSO VOLTEI A ESCREVER O POST.
EM RELAÇÃO AO RESTO, CONTINUO A TER A MESMA OPINIÃO : QUE UMA LICENCIATURA OU MESTRADO ANTES DE BOLONHA DEVE SER MAIS VALORIZADA E CONTAR PARA O CURRICULO. ANTIGAMENTE AS LICENCIATURAS DURAVAM 4/5 ANOS. HOJE DURAM 3. ANTIGAMENTE OS MESTRADOS DURAVAM 3 ANOS (EU FIZ DOIS ANOS DE PARTE CURRICULAR, E DOIS ANOS DE TESE, PORTANTO 4), E HOJE DURAM DOIS ANOS (JÁ ENCONTREI ALGUNS QUE DURAM 1 ANO). E JÁ AGORA, NÃO SEI SE SABES, HÁ UNS ANOS ATRÁS (AINDA RECENTES), OS DOUTORAMENTOS DURAVAM UMA VIDA, LEVAVA-SE ANOS PARA OS FAZER, HOJE É 3 ANOS. ACHO QUE OS ANOS DE ESTUDO E DE INVESTIGAÇÃO A QUE TE REFERES TAMBÉM DEVIAM SER TIDOS EM CONTA. POR OUTRA LADO, TAMBÉM A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, NOMEDAMENTE DAR AULAS NA MESMA ÁREA A QUE A PESSOA SE CANDIDATA PARA O PÓS-DOUTORAMENTO, EM QUE HOUVE ANOS DE APLICAÇÃO.
NADA DISTO CONTA, SÓ CONTA ARTIGOS...
ENFIM !...

[Frostie]

Se achas assim tão injusto, e uma vez que tens Paris ali na Universidade/Instituto, não deves ter problemas em encontrar bolsas no estrangeiro que valorizem esses critérios todos que enuncias.

[phdwannabe]

E JÁ AGORA, NÃO SEI SE SABES, HÁ UNS ANOS ATRÁS (AINDA RECENTES), OS DOUTORAMENTOS DURAVAM UMA VIDA, LEVAVA-SE ANOS PARA OS FAZER, HOJE É 3 ANOS

Em Portugal ou no resto do Mundo? Vai informar-te melhor antes de dizeres disparates. É óbvio que o que conta é o que se produz, e o que se produz não é o canudo, mas os artigos relevantes que se publicam, o contributo que se dá à comunidade científica enquanto membro activo da mesma.

Se estás numa de carreirismo, em que os anos de trabalho é que contam, torna-te maquinista da CP e associa-te ao respectivo sindicato.

[DC]

Quem disse que as avaliações de postdoc não seguem as mesmas que as de doutoramento?

Sendo esses critérios os únicos definidos parece-me normal que também sejam esses as ser seguidos nas avaliações postdocs.

Aliás, segundo o guia de avaliação disponível no site da FCT:

" Todas as candidaturas devem ser pontuadas de 1 (mínimo) a 5 (máximo) nos três critérios de avaliação considerados: mérito do candidato, mérito do programa de trabalhos, mérito das condições de acolhimento. Para efeitos de decisão ulterior sobre a concessão de bolsas, os candidatos serão ordenados de acordo com a média ponderada de classificação nos três critérios. Os fatores de ponderação são, respetivamente, 4, 4 e 2.

Os plano de trabalhos que objetivamente se enquadrem no âmbito de projetos aprovados para financiamento em concursos competitivos devem ser valorizados.

Os doutorados há 6 ou menos anos deverão ter uma bonificação de 0,5 pontos na avaliação do mérito do candidato. "

Ou seja, tirando a última linha parece-me bastante semelhante às bolsas de doutoramento.

Quanto a diferenças entre candidatos, parece-me complicado que existam dois CV's exatamente iguais. Para além disso, o plano de trabalhos teve este ano o mesmo peso que o mérito. Podemos discutir se quem avalia os planos está suficientemente dentro dos tópicos para dizer se é relevante ou não... De resto, talvez fosse interessante dar mais peso às publicações que às médias dos graus, ou seja, que houvesse uma cláusula nas postdoc nesse sentido (tipo em vez 1,5 poder ser dado 2,5)...

[HBCardoso]

Se querem que a licenciatura conte para Pós-Doc, porque não contar a nota do secundario para Doutoramento? Tendo em conta que tanto as licenciaturas como o secundario são à base de decorar informação e a investigação e resolução de problemas é quase só no Mestrado e Doutoramento...