Bons dias,
Agora na minha candidatura para a segunda fase da bolsa de doutoramento deparei-me com uma dúvida:
-Programa Doutoral?
Eu não sei se tenho de clicar a dizer se vou fazer programa doutoral ou não porque nem percebo bem o que é isso.
Fiz Licenciatura e Mestrado de bolonha e agora ia-me candidatura a Doutoramento pela Universidade do Algarve.
No site da FCT falam nisto:
"O que é um programa doutoral?
É um programa de doutoramento em que no início existe a frequência de uma parte curricular de 1 ou 2 anos de acordo com o definido pela instituição. "
Mas depois também falam nisto:
"O que fazer quando não há orientador atribuído (programas doutorais)?
Nestes casos o responsável pelo programa doutoral (Coordenador/Director) pode assumir esse papel até à designação de um orientador. Este deverá submeter o seu curriculum vitæ online para possibilitar uma melhor avaliação. "
Eu tenho Orientadores mas preciso de fazer um programa Doutoral?
Outra dúvida:
Visto que me vou candidatar em segunda fase só sei resultados lá para Dezembro/Janeiro.
Posso começar o Doutoramento a meio de um ano lectivo sem problemas?
Agradecia imenso se alguem me souber responder.
Programa Doutoral
Re: Programa Doutoral
Ola loliveira,
Não me considero a pessoa ideal para te esclarecer todas as dúvidas, mas como me encontro a concorrer a doutoramento este ano, penso que te posso dar uma ajuda.
Com a adaptação ao Processo de Bolonha, os doutoramentos perderam a flexibilidade que anteriormente tinham: antes bastava teres uma bolsa da FCT que automaticamente serias aceite pela universidade. Actualmente tens de te candidatar a um 3ºciclo da universidade (o que eles chamam de Programa Doutoral), em simultâneo com a bolsa da FCT, como se estivesses a candidatar a um curso de licenciatura ou de mestrado.
Não te sei dizer ao certo como se procedem às coisas na UA, mas posso te falar no meu caso, na Universidade de Coimbra. Lá os doutoramentos do 3ºciclo têm um concurso semelhante a qualquer concurso de entrada na universidade, com datas definidas para a candidatura, uma série de regras e vagas limitadas. Eu candidatei-me em Maio ao programa doutoral, mas no formulário da Universidade de Coimbra eu pude optar por uma clausula de que a minha inscrição só seria efectiva se eu tivesse bolsa da FCT.
Desta forma, quando eu apresentei a minha candidatura à FCT (1ªFase), eu já pude dizer que estava inscrita no programa doutoral.
Pelo que me informaram na UC, tu tens então de fazer duas candidaturas distintas: tens de te candidatar à universidade e tens de te candidatar à bolsa da FCT! Porque caso tu sejas aceite pela FCT, mas não estejas inscrito na universidade, a bolsa poderá não te ser concedida (eles são cada menos flexíveis nisto).
Ou seja, tu tens de fazer um programa doutoral, mesmo tendo orientadores.
No site da FCT, quando eles falam de que não há orientadores atribuídos, eles referem-se a programas doutorais como o BEB em Coimbra, o GABBA no Porto, o PGD e o PDBC em Lisboa (há muitos outros) que funcionam de uma maneira completamente diferente. Estes programas doutorais têm logo à partida um conjunto de bolsas (normalmente 12) financiadas pela FCT. Tu candidatas-te directamente a estes programas doutorais (e podes concorrer a vários em simultâneo) e os candidatos são eleitos de acordo com as regras do programa, sendo que não é a média o factor determinante. Aos candidatos eleitos é atribuída uma bolsa e é no decorrer da parte lectiva, em que eles contactam com diferentes áreas e investigadores, que eles irão escolher a área onde pretendem desenvolver a sua tese e o orientador. Portanto, enquanto eles não têm orientadores atribuídos é o responsável pelo programa doutoral que assume esse papel.
Em relação à tua ultima pergunta, não tenho propriamente resposta. Antigamente podias começar o doutoramento em qualquer altura e terminar 4 anos depois. Com Bolonha, as coisas também estão a mudar nesse sentido. Pretende-se que os doutoramentos sejam iniciados no inicio do ano lectivo e as teses avaliadas numa época especial no fim do ano e, caso não consigas defender nessa altura, terias de defender no ano seguinte e, nesse caso, pagar as propinas desse ano do bolso. Mas isto é só teoria, não sei o que efectivamente se passa na prática.
Desculpa este testamento, mas espero ter ajudado!
Inês C.
Não me considero a pessoa ideal para te esclarecer todas as dúvidas, mas como me encontro a concorrer a doutoramento este ano, penso que te posso dar uma ajuda.
Com a adaptação ao Processo de Bolonha, os doutoramentos perderam a flexibilidade que anteriormente tinham: antes bastava teres uma bolsa da FCT que automaticamente serias aceite pela universidade. Actualmente tens de te candidatar a um 3ºciclo da universidade (o que eles chamam de Programa Doutoral), em simultâneo com a bolsa da FCT, como se estivesses a candidatar a um curso de licenciatura ou de mestrado.
Não te sei dizer ao certo como se procedem às coisas na UA, mas posso te falar no meu caso, na Universidade de Coimbra. Lá os doutoramentos do 3ºciclo têm um concurso semelhante a qualquer concurso de entrada na universidade, com datas definidas para a candidatura, uma série de regras e vagas limitadas. Eu candidatei-me em Maio ao programa doutoral, mas no formulário da Universidade de Coimbra eu pude optar por uma clausula de que a minha inscrição só seria efectiva se eu tivesse bolsa da FCT.
Desta forma, quando eu apresentei a minha candidatura à FCT (1ªFase), eu já pude dizer que estava inscrita no programa doutoral.
Pelo que me informaram na UC, tu tens então de fazer duas candidaturas distintas: tens de te candidatar à universidade e tens de te candidatar à bolsa da FCT! Porque caso tu sejas aceite pela FCT, mas não estejas inscrito na universidade, a bolsa poderá não te ser concedida (eles são cada menos flexíveis nisto).
Ou seja, tu tens de fazer um programa doutoral, mesmo tendo orientadores.
No site da FCT, quando eles falam de que não há orientadores atribuídos, eles referem-se a programas doutorais como o BEB em Coimbra, o GABBA no Porto, o PGD e o PDBC em Lisboa (há muitos outros) que funcionam de uma maneira completamente diferente. Estes programas doutorais têm logo à partida um conjunto de bolsas (normalmente 12) financiadas pela FCT. Tu candidatas-te directamente a estes programas doutorais (e podes concorrer a vários em simultâneo) e os candidatos são eleitos de acordo com as regras do programa, sendo que não é a média o factor determinante. Aos candidatos eleitos é atribuída uma bolsa e é no decorrer da parte lectiva, em que eles contactam com diferentes áreas e investigadores, que eles irão escolher a área onde pretendem desenvolver a sua tese e o orientador. Portanto, enquanto eles não têm orientadores atribuídos é o responsável pelo programa doutoral que assume esse papel.
Em relação à tua ultima pergunta, não tenho propriamente resposta. Antigamente podias começar o doutoramento em qualquer altura e terminar 4 anos depois. Com Bolonha, as coisas também estão a mudar nesse sentido. Pretende-se que os doutoramentos sejam iniciados no inicio do ano lectivo e as teses avaliadas numa época especial no fim do ano e, caso não consigas defender nessa altura, terias de defender no ano seguinte e, nesse caso, pagar as propinas desse ano do bolso. Mas isto é só teoria, não sei o que efectivamente se passa na prática.
Desculpa este testamento, mas espero ter ajudado!
Inês C.