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Olá,

Alguém sabe se está previsto pela FCT bolsas para doutoramento para pessoas que queriam fazer o doutoramento em paralelo com uma actividade profissional? Trabalho numa empresa privada, quero fazer doutoramento em paralelo, no entanto acho 3000 euros por ano um preço excessivo para quem não pode, nos termos do regulamento, ter qualquer apoio.

Obrigado.

Muitas universidades permitem uma redução na propina para pessoas não apoiadas por bolsas. Podes tentar informar-te naquela onde pretendes fazer o doutoramento se existe essa opção.

Muito obrigado.

Este caso concreto é no IST. Segundo o Regulamento de Bolsas de Doutoramento do IST a isenção de 50% ou de 100% não inclui casos de trabalhadores em empresas. Apenas docentes ou investigadores conseguem alguma isenção.. Mas pode ser que haja alguma redução prevista que eu não tenha tido conhecimento até agora.

Já consideraste a possibilidade de doutoramento em empresa?
Ou o doutoramento que pretendes não tem nada a ver com a actividade que desempenhas? Por outro lado, se tiver, nota que esta modalidade resulta, na prática, numa perda de direitos sociais, pois deixas de ter contrato de trabalho e a protecção social é reduzida. A vantagem é a questão das propinas.

Estas bolsas serão mais indicadas para quem não tem trabalho numa empresa, mas cujo doutoramento se torna muito relevante para uma, sendo uma forma de procurar colocar pessoal doutorado nas empresas (após a bolsa). Ainda assim, deixo aqui a nota...

Bom trabalho.
Tiago

Antes de mais obrigado pela resposta.

Já pensei nisso, mas são precisamente essas questões que evidenciaste que tenho actualmente e que não quero abdicar. Deixaria de descontar da mesma forma durante anos, o que me iria penalizar no futuro. Além disso julgo (sem certeza) que neste regime, além de ganhar menos, iria perder subsidio de férias/natal previsto no meu actual contrato. Em tempos era investigador bolseiro, com mestrado, a tempo inteiro mas as condições eram (e continuam a ser a meu ver) más, então decidi procurar emprego no sector privado. No entanto, 3000 euros de propina anual é de mais, dai estar a tentar achar uma solução.

A título de desabafo, acho vergonhoso o investimento que se fez na suposta educação com parque-esolares e afins, e se pôs de parte o investimento em formação profissional, pós graduações, melhorar as condições dos investigadores... bolsas renováveis de 6 meses a ganhar 980 eur sem descontar quase nada, sem subsidio de férias/natal como um trabalhador regular tem direito. Enfim, pode ser que isto agora melhore.