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Olá a todos,

Estou seriamente a ponderar candidatar-me a uma bolsa de doutoramento no concurso que abriu há dias.

Tenho em vista um orientador que se encontra a acabar o doutoramento. Porém, ele só deverá fazer a defesa da sua dissertação em Setembro, pois vai entregá-la no próximo mês.

Entretanto, dado ele não ser ainda doutorado, nem ir obter esse estatuto dentro do prazo do concurso a BD 2011 que quero concorrer, não poderá assumir a condição de meu orientador para efeitos de apresentação da minha candidatura, ou existe alguma hipótese? Será uma possibilidade ter um co-orientador com as condições requeridas?
Poderá, a referida pessoa, ser indicada como orientadora (com ou sem a figura de um co-orientador) para efeitos da minha candidatura à bolsa, comprometendo-se a apresentar documentos comprovativos da obtenção do grau de doutorado no caso de a minha candidatura ser aceite na FCT?


Desde já obrigada pela ajuda.

Catarina

Não sei até que ponto é "obrigatório" do ponto de vista legal que o orientador já tenha o PhD, mas tenho a certeza absoluta que nem a FCT nem a instituição permitiriam tal coisa.

Se o puseres apenas como co-orientador e arranjares outra pessoa para ficar como orientador principal (no papel) ficas com o problema resolvido, mas tens de pensar em duas situações: será que esse recém-PhD mais o orientador serão tecnicamente capazes de te ajudar? E mesmo que o sejam, serão bem avaliados pela FCT?

Boa sorte.

Muito obrigada pela brevidade da resposta.
Eu não tenho reservas quanto à competência da pessoa que quero como orientadora, mesmo sem ter o doutoramento concluído. Já a FCT deve oferecer resistência.
É uma situação limite e um tanto ingrata, uma vez que a tese de doutoramento será entregue no mês de Junho (prazo em que termina o concurso para BD da FCT), e a defesa será em Setembro, provavelmente antes de iniciar o meu plano de trabalhos de doutoramento. Isto significa que, quando o meu doutoramento arrancasse, o potencial orientador já teria obtido o grau de doutorado (se tudo corresse bem, obviamente). Ou seja, estamos a falar de uma questão meramente burocrática.

Há a hipótese de alterar o orientador no segundo ano (ou seja, concorrer com um doutorado e, mais tarde, alterar para a pessoa que quero originalmente), mas ignoro se é viável ou, pelo contrário, se a FCT coloca muitas dificuldades a isso.

Francamente tenho dúvidas que possas inserir essa pessoa mesmo como co-orientador. Possivelmente terás de o inserir mais tarde.
Creio que terá mesmo de haver alguém a "dar o nome" como se fosse o orientador, e duvido que alguém aceite "dar o nome" e depois sair, pois de certa forma iria "sujar-se" perante a FCT dado não ser uma situação clara. Essa pessoa será sempre, para a FCT, o orientador.
Acho que é uma situação muito pouco clara, e creio que deves pensar muitas vezes antes de te meteres nisso.
Em caso de conflito entre essa pessoa que "der o nome" e o teu supostamente real orientador, para que lado te voltarás?
E alguém que ainda nem sequer acabou o doutoramento estará apto a orientar alguém num doutoramento?
Aliás, só essa situação de propor a alguém orientar um doutoramento sem ser ainda doutorado parece-me pouco honesta... Apesar de achares que essa pessoa é muito competente, eu poria reservas quer em termos de competência para orientar doutoramentos (por muito inteligente e competente que seja, acho que ainda não tem maturidade para isso), quer em termos de honestidade.
E além disto, como já aqui foi dito, provavelmente essa pessoa terá um currículo fraco para orientador e como tal receberás uma classificação baixa nas condições de acolhimento no que lhe diz respeito mesmo que seja possível concorreres com ela como teu co-orientador.

Boa sorte.

Olá
Da minha experiência e depois de ter consultado avaliações de muitas candidaturas, posso dizer-te que verifiquei que penalizam imenso os orientadores com pouca experiência (de publicações, orientação, projectos, etc.) - e estou a falar de investigadores doutorados há vários anos. Não foi o meu caso, mas chegaram a escrever mesmo "orientador com pouca experiência"; "orientador com dout há apenas x anos" etc. etc.
Muito honestamente, acho que para teres uma candidatura o mais forte possível, não devias ir por aí nem andar com trocas depois...mas claro que tu saberás melhor com quem queres trabalhar. Esse ponto é para mim o único em que sabes com alguma certeza se tens nota máxima ou não, por isso eu apostava nisso.
Boa sorte!