Eu também não acho que seja pretinente prolongar isto muito, mas gostava de saber onde é que eu fui pouco educado.Alfredo Baptista Escreveu:Parece-me que têm culpa os dois, porque foram ambos pouco elegantes e pouco educados.
Na leitura da sequência de mensagem creio que fica claro onde há uma ruptura de coordialidade.
Eu comecei por intervir de um modo absolutamente construtivo, levando totalmente a sério a proposta que foi feita (apesar de vaga).
A dada altura, usei alguma ironia para enfatizar as contradições do meu interlocutor. O modo pretensioso como se apresentou como "ideólogo salvador dos bolseiros", terminando com um "não vale a pena, vocês não me merecem" quando constatou que sua ideia não colhia a minima aceitação.
Quando se vem a um espaço destes e se participa, nomeadamente de um modo pseudo-evangelizador como este, tem que se estar preparado para que alguém discorde da homilia. Porque isto não é uma missa e quem vem aqui dar sermões corre o risco de ser interrompido.
No dia em que eu não puder fazer isto, estamos mal.
Estes incidentes são relativamente normais num espaço deste género. O mundo não é perfeito, a internet não é perfeita, os bolseiros não são perfeitos. Obviamente que não convem monopolizar o espaço com fait-divers. Mas, isso não tem acontecido de um modo geral.E fico por aqui com as minhas considerações relativamente a este episódio infeliz, que lamento e espero que não se repita, para o bem deste espaço.
Concordo.Em relação à discussão, fica então a ideia de que a greve será uma ideia prematura. Então o que nos resta, como bolseiros, é prosseguir no caminho do esclarecimento dos futuros associados da ABIC e da crítica, tanto favorável como desfavorável, ao MCTES. Para este objectivo, porque não continuar com os comunicados à imprensa, como tão bem foi colocado na página de abertura da ABIC? Por qualquer iniciativa que o governo possa propôr, a ABIC pode tomar uma posição e comunicá-la aos media. E quando falo em posição quero dizer que a ABIC tanto pode aplaudir como atacar politicamente. E o que isto demonstra é que tanto a ABIC como os bolseiros por si representados estão atentos, e esta atenção participativa demonstra que somos uma parte interessada e com a qual o governo terá de contar. Esta é, segundo a minha opinião, uma posição séria, madura e que convém à ABIC, porque não nos vincula a radicalismos desnecessários, nem nos esconde atrás de objectivos menos claros. Com esta atitude de maior visibilidade, talvez seja possível fazer com que mais bolseiros tomem consciência da existência da ABIC e congreguem esforços.
O que acham?
Até posso recomendar a quem faz a comunicação de imprensa na ABIC, um livro chamado:
"Como falar com jornalistas sem ficar à beira de um ataque de nervos"
É editado pela Gradiva, escrito pelo José Vitor Malheiros e António Granado, dois ex-editores de Ciência do Público.