BPD - Potencial orientador muda para outra instituição

[CristinaC]

Boa tarde a todos,

Estou a finalizar o doutoramento e queria candidatar-me às bolsas de pos-doc. Tinha um orientador muito bom em vista, numa universidade portuguesa com classificação Excelente, mas acabou de me dizer que vai para uma universidade fora de Portugal, em Agosto de 2012.

O meu objetivo é fazer o pos-doc em Portugal, mas na minha área existem poucas opções. Tirando a universidade onde estou atualmente, existem apenas mais 2 alternativas, sendo que na área de estudo em que me insiro não existe praticamente nenhum investigador reputado.

Como é que a FCT vê estas situações? Não pretendo sair de Portugal, mas desejo trabalhar com pessoas que desenvolvam investigação científica de qualidade. Tenho que escolher outro investigador afeto à universidade portuguesa? Ou posso candidatar-me com este investigador, mesmo sabendo que ele estará de saída? Como se processam estes casos?

Muito obrigada pela ajuda!

[spca]

Boa tarde.

Antes de mais, é preciso saber qual o regulamento para o próximo ano, já que com a mudança de governo, ministro da Ciência e presidente da FCT, provavelmente haverá mudanças.

Na lista de seriação das BPD de 2010, e creio que também de 2011 (mas essa não vi), não era visível qualquer discriminação / limitação de vagas em função de ser bolsa no país ou no estrangeiro.

No regulamento das bolsas de 2011, apenas se podia concorrer para BPD apenas no estrangeiro durante o período máximo de 1 ano, ou 6 meses se o doutoramento tiver sido feito apenas no estrangeiro.
No entanto, poderia concorrer a uma bolsa mista com esse orientador e, por exemplo, alguém do grupo dele que continue na universidade que ele vai deixar, fazendo parte do trabalho cá. Na bolsa mista ganhava-se o mesmo da bolsa no estrangeiro nos períodos em que se estiver no estrangeiro, e o mesmo da bolsa nacional nos períodos em que se estiver em Portugal, e tinha as limitações de duração idênticas à bolsa nacional - 3 anos com renovação de ano a ano, e eventual segundo triénio.

http://www.fct.pt/apoios/bolsas/regulamento.phtml.pt

Artigo 5º
Bolsas de pós-doutoramento (BPD)
3. A duração da bolsa é, em regra, anual, prorrogável até ao máximo de seis anos, desde que obtenha parecer favorável na avaliação intermédia feita no fim do primeiro triénio de acordo com o estabelecido no Artigo 24º, não podendo ser concedida por períodos inferiores a três meses consecutivos.
4. As bolsas de pós-doutoramento no estrangeiro só serão concedidas a título excepcional, e por um período máximo de um ano para doutorados em Portugal e de seis meses para doutorados no estrangeiro.
5. No caso previsto no número anterior, se o bolseiro pretender prosseguir actividades de pós-doutoramento em Portugal, a bolsa pode ser prorrogada nos termos do número três.

[spca]

Olá mais uma vez.

Respondi-te como se ele já estivesse no estrangeiro (percebi mal), mas de facto ainda não saiu.
Conheço pessoas cujo orientador transitou de instituição e que mudaram de instituição de acolhimento a meio sem problemas, mas era a meio da bolsa (BD, nesse caso) e apenas entre instituições nacionais.
Este caso de transição limite não te sei responder. Talvez o melhor seja falares com ele sobre o que ele acha melhor. E caso ninguém aqui saiba como fazer, contactar a Loja do Cientista.
Caso estejas em Lisboa, eu no teu lugar iria informar-me directamente na Loja do Cientista sobre o que podes fazer.

Boa sorte.

[CristinaC]

Olá spca, muito obrigada pela ajuda. Ambas as respostas foram úteis. Falei com o potencial orientador, que me disse que teria o maior prazer em orientar o pos-doc... mas a partir da outra faculdade fora de Portugal. Ou seja, terei que procurar alguém numa universidade em Portugal de forma a trabalharmos os 3. Tinha pensado num pos-doc só por cá, mas talvez até nem seja mal pensado alargar horizontes com uma bolsa mista.

Vou manter-me atenta aos editais deste ano para ver as mudanças que aí vêm.

Saudações académicas