Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
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Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
O meu orientador decidiu cancelar a minha bolsa na FCT alegando problemas de ética científica, e que o meu trabalho não é exequível sem ele. Não teve de dizer absolutamente mais nada. O orientador comunicou à FCT que eu sou bom e muito trabalhador.
Não há mais nada a saber neste processo. Se o orientador não declara à FCT que não se opõe a que eu continue noutro sítio, sou completamente subjogado e não tenho qualquer palavra.
Já tinha supervisão noutras insituições mas a FCT não me permite fazer nada, e obriga-me a cancelar a bolsa.
o que a FCT me sugeriu fazer: inscrever-me na próxima fase de candidaturas a doutoramento!!
O meu ex-orientador não me responde aos e-mails.
E é assim, de um dia para o outro, por causa duma "birra", fiquei no desemprego.
A birra: pequena discussão sobre autorias, sem falta de respeito da minha parte.
Mail da FCT:
"Tendo-se procedido à análise do seu processo de candidatura com a referência acima indicada, foi considerado suspender os pagamentos da bolsa, na sequência do email do Prof. ******* ****** datado de 13/12/2011, através do qual solicitou a suspensão da bolsa e desvinculou-se da orientação científica dos seus trabalhos de doutoramento, alegando “problemas de ordem ética científica sérios com o bolseiro...”. Assim, o subsídio de manutenção mensal de Janeiro de 2012 já não será processado.
MAIL MEU PARA FCT (ID.BOLSAS)
A minha opinião, depois de discutida com várias pessoas, é que o cancelamento da minha bolsa de doutoramento e o impedimento da continuação do meu trabalho sem interferência negativa no trabalho de outrem, é abuso de poder por parte do orientador. Isto é, não há uma causa justa clara para o cancelamento da bolsa. E não há também causa justa clara para que o Prof. me corte a possibilidade de continuar o meu trabalho, para qual trabalhei arduamento nos últimos meses. Portanto, o cancelamento é feito com base numa vontade, unilateral de uma pessoa que não tem que prestar quaisquer esclarecimentos detalhados sobre o cancelamento.
+ MAIL MEU PARA FCT (ID.BOLSAS)
O que entendo do seu e-mail, em resposta às minhas questões é que, de facto o supervisor não tem de justificar o cancelamento da bolsa e que o meu trabalho é cancelado unilateralmente sem qualquer possibilidade de argumentação face à posição do Prof. . Por ordem do Prof. , terei de cancelar todo o processo, mesmo tendo orientação justificável noutra instituição portuguesa ou estrangeira.
Volto a usar as palavras que usei. Isto é uma situação de abuso de poder. 1º, porque não há necessidade de justificação detalhada do cancelamento da minha bolsa; 2º, porque o cancelamento da minha bolsa por parte do Prof. é feita com base em razões muito ligeiras e dificeis de compreender; 3º, porque o Prof. decide que eu não posso continuar o meu trabalho noutro sítio, sem argumentar com detalhe a justificação.
obrigado
Marco Jorge
Não há mais nada a saber neste processo. Se o orientador não declara à FCT que não se opõe a que eu continue noutro sítio, sou completamente subjogado e não tenho qualquer palavra.
Já tinha supervisão noutras insituições mas a FCT não me permite fazer nada, e obriga-me a cancelar a bolsa.
o que a FCT me sugeriu fazer: inscrever-me na próxima fase de candidaturas a doutoramento!!
O meu ex-orientador não me responde aos e-mails.
E é assim, de um dia para o outro, por causa duma "birra", fiquei no desemprego.
A birra: pequena discussão sobre autorias, sem falta de respeito da minha parte.
Mail da FCT:
"Tendo-se procedido à análise do seu processo de candidatura com a referência acima indicada, foi considerado suspender os pagamentos da bolsa, na sequência do email do Prof. ******* ****** datado de 13/12/2011, através do qual solicitou a suspensão da bolsa e desvinculou-se da orientação científica dos seus trabalhos de doutoramento, alegando “problemas de ordem ética científica sérios com o bolseiro...”. Assim, o subsídio de manutenção mensal de Janeiro de 2012 já não será processado.
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A minha opinião, depois de discutida com várias pessoas, é que o cancelamento da minha bolsa de doutoramento e o impedimento da continuação do meu trabalho sem interferência negativa no trabalho de outrem, é abuso de poder por parte do orientador. Isto é, não há uma causa justa clara para o cancelamento da bolsa. E não há também causa justa clara para que o Prof. me corte a possibilidade de continuar o meu trabalho, para qual trabalhei arduamento nos últimos meses. Portanto, o cancelamento é feito com base numa vontade, unilateral de uma pessoa que não tem que prestar quaisquer esclarecimentos detalhados sobre o cancelamento.
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O que entendo do seu e-mail, em resposta às minhas questões é que, de facto o supervisor não tem de justificar o cancelamento da bolsa e que o meu trabalho é cancelado unilateralmente sem qualquer possibilidade de argumentação face à posição do Prof. . Por ordem do Prof. , terei de cancelar todo o processo, mesmo tendo orientação justificável noutra instituição portuguesa ou estrangeira.
Volto a usar as palavras que usei. Isto é uma situação de abuso de poder. 1º, porque não há necessidade de justificação detalhada do cancelamento da minha bolsa; 2º, porque o cancelamento da minha bolsa por parte do Prof. é feita com base em razões muito ligeiras e dificeis de compreender; 3º, porque o Prof. decide que eu não posso continuar o meu trabalho noutro sítio, sem argumentar com detalhe a justificação.
obrigado
Marco Jorge
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Olá.
Parece-me, de facto, uma situação muito grave pelo que sugiro que envies um pedido de reunião urgente à FCT para poderes discutir presencialmente o assunto. Para além disso, escreve directamente ao Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC (apoio@abic-online.org) para que possam acompanhar melhor este caso e dar-te apoio adicional.
Esta situação parece encaixar-se no previsto pelo nº 2 do artigo 37º do Regulamento de Bolsas da FCT, apesar de dizeres que o orientador disse à FCT que eras bom e trabalhador, mas que havia um problema de ordem ética científica. Nesse ponto, o regulamento refere que a avaliação negativa do orientador determina, em regra, o cancelamento da bolsa, após audição do bolseiro pela FCT. Pelo que contas, a FCT não procedeu a essa audição, pelo que reforço que devas pedir essa audição presencial.
Para além disso, como também referes, se o problema de orientação levantado pelo orientador é de ordem ética e não da tua capacidade de trabalho e se tens outros orientadores envolvidos, parece-me perfeitamente possível prosseguir o doutoramento. Só se houver uma diferença muito grande entre orientadores (o que está em causa orientaria quase todo o trabalho, ou o outro orientador é estrangeiro e envolveria a alteração de bolsa para bolsa no estrangeiro - o que em regra não é possível). Mas aqui já entramos no campo das hipóteses que não vale a pena explorar aqui. É uma discussão a ter com a FCT e com os orientadores.
Boa sorte.
Tiago
Parece-me, de facto, uma situação muito grave pelo que sugiro que envies um pedido de reunião urgente à FCT para poderes discutir presencialmente o assunto. Para além disso, escreve directamente ao Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC (apoio@abic-online.org) para que possam acompanhar melhor este caso e dar-te apoio adicional.
Esta situação parece encaixar-se no previsto pelo nº 2 do artigo 37º do Regulamento de Bolsas da FCT, apesar de dizeres que o orientador disse à FCT que eras bom e trabalhador, mas que havia um problema de ordem ética científica. Nesse ponto, o regulamento refere que a avaliação negativa do orientador determina, em regra, o cancelamento da bolsa, após audição do bolseiro pela FCT. Pelo que contas, a FCT não procedeu a essa audição, pelo que reforço que devas pedir essa audição presencial.
Para além disso, como também referes, se o problema de orientação levantado pelo orientador é de ordem ética e não da tua capacidade de trabalho e se tens outros orientadores envolvidos, parece-me perfeitamente possível prosseguir o doutoramento. Só se houver uma diferença muito grande entre orientadores (o que está em causa orientaria quase todo o trabalho, ou o outro orientador é estrangeiro e envolveria a alteração de bolsa para bolsa no estrangeiro - o que em regra não é possível). Mas aqui já entramos no campo das hipóteses que não vale a pena explorar aqui. É uma discussão a ter com a FCT e com os orientadores.
Boa sorte.
Tiago
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
magj Escreveu:O meu orientador decidiu cancelar a minha bolsa na FCT alegando problemas de ética científica, e que o meu trabalho não é exequível sem ele. Não teve de dizer absolutamente mais nada. O orientador comunicou à FCT que eu sou bom e muito trabalhador.
Não há mais nada a saber neste processo. Se o orientador não declara à FCT que não se opõe a que eu continue noutro sítio, sou completamente subjogado e não tenho qualquer palavra.
Já tinha supervisão noutras insituições mas a FCT não me permite fazer nada, e obriga-me a cancelar a bolsa.
o que a FCT me sugeriu fazer: inscrever-me na próxima fase de candidaturas a doutoramento!!
O meu ex-orientador não me responde aos e-mails.
E é assim, de um dia para o outro, por causa duma "birra", fiquei no desemprego.
A birra: pequena discussão sobre autorias, sem falta de respeito da minha parte.
Mail da FCT:
"Tendo-se procedido à análise do seu processo de candidatura com a referência acima indicada, foi considerado suspender os pagamentos da bolsa, na sequência do email do Prof. ******* ****** datado de 13/12/2011, através do qual solicitou a suspensão da bolsa e desvinculou-se da orientação científica dos seus trabalhos de doutoramento, alegando “problemas de ordem ética científica sérios com o bolseiro...”. Assim, o subsídio de manutenção mensal de Janeiro de 2012 já não será processado.
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A minha opinião, depois de discutida com várias pessoas, é que o cancelamento da minha bolsa de doutoramento e o impedimento da continuação do meu trabalho sem interferência negativa no trabalho de outrem, é abuso de poder por parte do orientador. Isto é, não há uma causa justa clara para o cancelamento da bolsa. E não há também causa justa clara para que o Prof. me corte a possibilidade de continuar o meu trabalho, para qual trabalhei arduamento nos últimos meses. Portanto, o cancelamento é feito com base numa vontade, unilateral de uma pessoa que não tem que prestar quaisquer esclarecimentos detalhados sobre o cancelamento.
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O que entendo do seu e-mail, em resposta às minhas questões é que, de facto o supervisor não tem de justificar o cancelamento da bolsa e que o meu trabalho é cancelado unilateralmente sem qualquer possibilidade de argumentação face à posição do Prof. . Por ordem do Prof. , terei de cancelar todo o processo, mesmo tendo orientação justificável noutra instituição portuguesa ou estrangeira.
Volto a usar as palavras que usei. Isto é uma situação de abuso de poder. 1º, porque não há necessidade de justificação detalhada do cancelamento da minha bolsa; 2º, porque o cancelamento da minha bolsa por parte do Prof. é feita com base em razões muito ligeiras e dificeis de compreender; 3º, porque o Prof. decide que eu não posso continuar o meu trabalho noutro sítio, sem argumentar com detalhe a justificação.
obrigado
Marco Jorge
Viva,
Já passei por algo semelhante ao que atravessas.
Ao fim do 1º ano de bolsa, quis mudar tudo - projecto, orientador, instituição.
A minha orientadora na altura não gostou, e escreveu para a FCT que eu pouco ou nada fazia e disse que, na opinião dela, a minha vontade de mudar equivalia a uma desistência do Doutoramento e que, como tal, me deveria ser cancelada a bolsa.
Após este simples parecer, a FCT cancelou-me a bolsa.
Contudo, eu continuo com a mesma bolsa de Doutoramento. Como?
O que eu fiz foi o seguinte:
reuni pareceres da minha co-orientadora na altura, do director da instituição de acolhimento, da minha orientadora interna da instituição que conferia o grau, e todos eles eram ou positivos acerca de mim ou neutros (dizendo apenas que não se opunham à minha mudança). Juntei isto a pareceres de novos orientador e co-orientador e a um novo projecto, e pedi a re-avaliação do meu caso. E a bolsa foi-me re-atribuída.
Basicamente, passou por isolar a orientadora e mostrar que ela agia apenas de má fé.
Podes tentar fazer o mesmo.
O que a FCT também me sugeriu, e que pelos vistos também já te foi dito, foi que me recandidatasse, numa nova call, podendo assim receber uma nova bolsa cuja duração terá no máximo aquilo que faltava da anterior. É claro que entre re-activar algo que já tens e concorrer a algo que não pode não te ser atribuído, a primeira hipótese é sempre melhor.
Mas a verdade é que, infelizmente, os bolseiros continuam a não ter qualquer valor, podendo os orientadores, que apenas contam como 10% (no máximo!) da ponderação para a atribuição da bolsa, pôr e dispôr do bolseiro de Doutoramento como querem. Ainda se a bolsa fosse atribuída pelo orientador, e não directamente ao bolseiro...
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- recém-chegado
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Olá,
Obrigado pelas vossas respostas.
É revoltante saber que o orientador vale os 10% para a avaliação da candidatura, e 99,999% para tudo o que lhe segue.
Vou seguir as recomendações de ambos.
Audição presencial pela FCT;
Pareceres de outras pessoas envolvidas na bolsa;
Grupo de apoio do bolseiro da ABIC.
Obrigado pelas vossas respostas.
É revoltante saber que o orientador vale os 10% para a avaliação da candidatura, e 99,999% para tudo o que lhe segue.
Vou seguir as recomendações de ambos.
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Olá a todos,
Para além daquilo que aqui já foi sugerido, chamo a atenção que, em casos de conflito de um bolseiro de doutoramento e o seu orientador, existe também a possibilidade de apresentar o caso ao Provedor do Estudante da universidade onde o bolseiro está inscrito como estudante.
A figura do Provedor do Estudante foi introduzida nos últimos anos na legislação universitária, como consequência da aprovação em 2007 do RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior - Lei nº 62/2007). Daí que o papel do provedor do estudante seja ainda pouco conhecido dentro das universidades (não existia anteriormente).
Aos colegas a quem o Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC tem aconselhado a apresentação dos seus casos/problemas ao Provedor do Estudante, em várias universidades, tem havido uma intervenção útil do provedor na resolução dos problemas de estudantes de doutoramento, nomeadamente em situação de conflito com orientadores.
Por isso, também nesta situação sugiro que o colega "magj" apresente o seu caso ao Provedor do Estudante da sua universidade.
Informação sobre o Provedor do Estudante da Universidade de Lisboa, assim como o procedimento para apresentar queixa ao provedor, estão disponíveis online:
http://www.ul.pt/portal/page?_pageid=17 ... ema=PORTAL
Cumprimentos, e boa sorte!
Susana
-------------------
Susana Neves
Grupo do Apoio ao Bolseiro da ABIC
Para além daquilo que aqui já foi sugerido, chamo a atenção que, em casos de conflito de um bolseiro de doutoramento e o seu orientador, existe também a possibilidade de apresentar o caso ao Provedor do Estudante da universidade onde o bolseiro está inscrito como estudante.
A figura do Provedor do Estudante foi introduzida nos últimos anos na legislação universitária, como consequência da aprovação em 2007 do RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior - Lei nº 62/2007). Daí que o papel do provedor do estudante seja ainda pouco conhecido dentro das universidades (não existia anteriormente).
Aos colegas a quem o Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC tem aconselhado a apresentação dos seus casos/problemas ao Provedor do Estudante, em várias universidades, tem havido uma intervenção útil do provedor na resolução dos problemas de estudantes de doutoramento, nomeadamente em situação de conflito com orientadores.
Por isso, também nesta situação sugiro que o colega "magj" apresente o seu caso ao Provedor do Estudante da sua universidade.
Informação sobre o Provedor do Estudante da Universidade de Lisboa, assim como o procedimento para apresentar queixa ao provedor, estão disponíveis online:
http://www.ul.pt/portal/page?_pageid=17 ... ema=PORTAL
Cumprimentos, e boa sorte!
Susana
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magj Escreveu:Olá,
Obrigado pelas vossas respostas.
É revoltante saber que o orientador vale os 10% para a avaliação da candidatura, e 99,999% para tudo o que lhe segue.
Vou seguir as recomendações de ambos.
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Em relação à suspensão vs cancelamento de bolsas da FCT:
Chamo a atenção que a FCT suspendeu a bolsa do colega "magj"; e isto quer dizer que a sua bolsa ainda não foi cancelada.
Uma bolsa suspensa pode ser reactivada desde que se demonstre que voltam a existir condições para a prossecução do plano de doutoramento/trabalhos do bolseiro.
O cancelamento da bolsa é um procedimento que, em princípio, é irreversível.
A resposta da FCT no caso em que o orientador se disvincula da orientação é sempre a suspensão da bolsa. Este procedimento é, naturalmente, muito discutível, pois é dado poder excessivo ao orientador, numa situação em que o trabalho do bolseiro poderá até nem estar interrompido. Contudo, a suspensão da bolsa não tem que ser definitiva. Se a instituição de acolhimento apoiar o bolseiro e for possível arranjar um novo orientador para a continuação do trabalho (o orientador poderá estar na mesma ou noutra instituição) é possível a reactivação da bolsa.
Em Janeiro, tomará posse um novo Presidente da FCT e não sabemos ainda a sua opinião sobre este tipo de situações. Mas o Presidente da FCT cessante, o Prof. João Sentieiro, foi claro ao salientar que o conflito com o orientador é uma das situações em que a FCT permite mudanças de orientador e até mudança no plano de trabalho, se tal for necessário.
Por favor, ver resumo da última reunião da ABIC com o presidente da FCT (http://tinyurl.com/67cr26j), que foi publicado no último InfoABIC (http://tinyurl.com/6fvso25).
Cumprimentos,
Susana
------------------
Susana Neves
Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC
Chamo a atenção que a FCT suspendeu a bolsa do colega "magj"; e isto quer dizer que a sua bolsa ainda não foi cancelada.
Uma bolsa suspensa pode ser reactivada desde que se demonstre que voltam a existir condições para a prossecução do plano de doutoramento/trabalhos do bolseiro.
O cancelamento da bolsa é um procedimento que, em princípio, é irreversível.
A resposta da FCT no caso em que o orientador se disvincula da orientação é sempre a suspensão da bolsa. Este procedimento é, naturalmente, muito discutível, pois é dado poder excessivo ao orientador, numa situação em que o trabalho do bolseiro poderá até nem estar interrompido. Contudo, a suspensão da bolsa não tem que ser definitiva. Se a instituição de acolhimento apoiar o bolseiro e for possível arranjar um novo orientador para a continuação do trabalho (o orientador poderá estar na mesma ou noutra instituição) é possível a reactivação da bolsa.
Em Janeiro, tomará posse um novo Presidente da FCT e não sabemos ainda a sua opinião sobre este tipo de situações. Mas o Presidente da FCT cessante, o Prof. João Sentieiro, foi claro ao salientar que o conflito com o orientador é uma das situações em que a FCT permite mudanças de orientador e até mudança no plano de trabalho, se tal for necessário.
Por favor, ver resumo da última reunião da ABIC com o presidente da FCT (http://tinyurl.com/67cr26j), que foi publicado no último InfoABIC (http://tinyurl.com/6fvso25).
Cumprimentos,
Susana
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ssneves Escreveu:Olá a todos,
Para além daquilo que aqui já foi sugerido, chamo a atenção que, em casos de conflito de um bolseiro de doutoramento e o seu orientador, existe também a possibilidade de apresentar o caso ao Provedor do Estudante da universidade onde o bolseiro está inscrito como estudante.
A figura do Provedor do Estudante foi introduzida nos últimos anos na legislação universitária, como consequência da aprovação em 2007 do RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior - Lei nº 62/2007). Daí que o papel do provedor do estudante seja ainda pouco conhecido dentro das universidades (não existia anteriormente).
Aos colegas a quem o Grupo de Apoio ao Bolseiro da ABIC tem aconselhado a apresentação dos seus casos/problemas ao Provedor do Estudante, em várias universidades, tem havido uma intervenção útil do provedor na resolução dos problemas de estudantes de doutoramento, nomeadamente em situação de conflito com orientadores.
Por isso, também nesta situação sugiro que o colega "magj" apresente o seu caso ao Provedor do Estudante da sua universidade.
Informação sobre o Provedor do Estudante da Universidade de Lisboa, assim como o procedimento para apresentar queixa ao provedor, estão disponíveis online:
http://www.ul.pt/portal/page?_pageid=17 ... ema=PORTAL
Cumprimentos, e boa sorte!
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magj Escreveu:Olá,
Obrigado pelas vossas respostas.
É revoltante saber que o orientador vale os 10% para a avaliação da candidatura, e 99,999% para tudo o que lhe segue.
Vou seguir as recomendações de ambos.
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Quando é que foste notificado do cancelamento / suspensão da bolsa? Lembro-te que tens apenas três meses para recorrer da decisão no tribunal. E que a experiência que tenho com reuniões e provedores de estudantes é que servem apenas para distrair e deixar passar esse prazo legal. Passei por tudo isso, noutro contexto.magj Escreveu:Olá,
Obrigado pelas vossas respostas.
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
e tiveste que devolver a quantia paga ate agr?
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Re: Cancelamento bolsa por orientador : ABUSO de PODER
Não sei se mo perguntavas a mim, mas as situações semelhantes por que passei não tinham a ver com a FCT, mas com outro tipo de orientadores e graus académicos (mestrado).Rutegard Escreveu:e tiveste que devolver a quantia paga ate agr?