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Bolsas de doutoramento por homologar na FCT
Enviado: segunda jan 09, 2006 9:00 pm
por susana_correia
Caros colegas,
Candidatei-me este ano a uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Em final de Agosto último, recebi um e-mail da FCT dizendo que a minha candidatura tinha sido proposta para aceitação. Trata-se de uma bolsa mista (que pressupõe um período de permanência no estrangeiro), sendo a instituição que confere o grau, portuguesa, mais concretamente de Lisboa.
Entretanto, completei o processo de candidatura e esperei que me enviassem o contrato, tal como tive conhecimento de que estavam a fazer com os restantes colegas.
Como reparei que, contrariamente a alguns dos nossos colegas, não recebia o contrato, e como, sempre que telefonava, recebia informação pouco esclarecedora e algo lacunar, decidi deslocar-me à Loja do Cientista e indagar da minha situação. Nesse dia disseram-me que a minha bolsa, tal como as de cerca de uma centena de colegas, não tinha sido ainda (sequer) homologadas, devido à falta de programa de financiamento. O que é que isto significa? Vou tentar explicar, em traços largos.
A verdade é que, até ao passado ano, as bolsas mistas eram consideradas 'não regionalizáveis', i.e., o financiamento provinha da UE, se não estou em erro, e não do Estado português, porque pressupunham um período de tempo no estrangeiro. As bolsas regionalizáveis eram e são aquelas em que o programa de doutoramento é todo feito em Portugal.
Para o ano de 2006, as bolsas nacionais (regionalizáveis) são financiadas pelo PIDDAC e as que implicam permanência no estrangeiro são financiadas pelo POCTI2010. O que se passa é que a UE deixou de considerar aceitável que as bolsas mistas pudessem ser consideradas não regionalizáveis, já que implicam a permanência, durante muito tempo, em Portugal. Isto fez com que as bolsas mistas tivessem que ser inseridas, ou no programa POCTI2010 - se se for este ano para o estrangeiro -, ou no PIDDAC, se não se for este ano para o estrangeiro E SE A INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO E QUE CONFERE O GRAU NÃO FOR DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO. Isto porque, como de resto foi publicado recentemente, esta região é considerada uma das mais prósperas da Península Ibérica e o número de bolsas aceitáveis para esta região foi já excedido, para o PIDDAC.
Em suma: as candidaturas a bolsas mistas, com ligação a instituições portuguesas da região de Lisboa e Vale do Tejo, não foram ainda sequer homologadas, por não se poderem inserir em nenhum programa de financiamento.
Na Loja do Cientista, depois de muita persistência, foi-me explicado tudo isto e que as bolsas que estão nesta situação são cerca de 107. Eu conheço apenas 3 pessoas (incluindo eu). Também na Loja do Cientista, disseram-me que já pouco podem fazer e que tudo depende da vontade política e executiva para resolver a situação.
Redigi, por isso, um documento para enviar por fax, pedindo uma audiência com o Prof. Dr. Mariano Gago e também com o novo presidente da FCT, onde peço esclarecimentos e uma rápida resolução do problema.
O que gostava de saber, através deste fórum, é quantas pessoas estão nesta situação, para poder levar o maior número possível de pessoas a assinar este pedido de audiência. Na altura, poderá ser nomeada uma pequena comissão, que se deslocará ao gabinete do
ministro e do presidente da FCT.
Na FCT garantiram-me que a situação terá que se resolver, apesar de não garantirem quanto tempo será necessário.
Penso que apenas com alguma mobilização este assunto se pode resolver em tempo útil.
A minha situação não é preocupante, mas, ao contrário de mim, muitos bolseiros ou candidatos a bolseiros dependem ou vão depender financeiramente do valor da bolsa, e pensavam começar a receber nos próximos meses.
Conto com vocês.
Muito obrigada.
Susana Correia
Enviado: terça jan 10, 2006 2:16 pm
por Aragao
Olá Susana,
De facto isto é uma historia com contornos alheios aos candidatos a quem lhes foi atribuida bolsa.
Eu pessoalmente acho que nao deverias esperar para escrever uma carta ao presidente da FCT (ou ao ministro). No entretanto poderia tentar-se descobrir e contactar mais alguns dos 107 nas mesmas condicoes o que permitiria pedir uma audiencia num futuro proximo. Mas entretanto a carta seguia para iniciar o processo e a pressao.
será que também há pessoas com bolsas totalmente no pais mas na regiao de Lisboa e Vale do Tejo com os mesmos problemas?
David
Enviado: terça jan 10, 2006 2:27 pm
por susana_correia
Obrigada pela resposta, David.
Concordo (e compreendo) que este assunto não interessa particularmente a quem já tem bolsa. Na verdade, relatei este caso para que, quem conhecer alguém nas mesmas condições (candidatos a bolsa mista, com instituição de acolhimento em Lisboa e Vale do Tejo), possa passar a mensagem e, eventualmente, levar essa pessoa a contactar a ABIC e fazê-la assinar o tal pedido de audiência.
Quanto ao candidatos a bolsa nacional com instituição de acolhimento em Lx e Vale do Tejo, e pelo que me foi dado a perceber na FCT, penso não haver problemas...
E sim, vou tratar de enviar a carta ao chefe de gabinete do Ministro... Vamos lá ver é se ele me/nos recebe...
Susana
Enviado: terça jan 10, 2006 2:35 pm
por Aragao
susana_correia Escreveu:Obrigada pela resposta, David.
Concordo (e compreendo) que este assunto não interessa particularmente a quem já tem bolsa. Na verdade, relatei este caso para que, quem conhecer alguém nas mesmas condições (candidatos a bolsa mista, com instituição de acolhimento em Lisboa e Vale do Tejo), possa passar a mensagem e, eventualmente, levar essa pessoa a contactar a ABIC e fazê-la assinar o tal pedido de audiência.
Quanto ao candidatos a bolsa nacional com instituição de acolhimento em Lx e Vale do Tejo, e pelo que me foi dado a perceber na FCT, penso não haver problemas...
E sim, vou tratar de enviar a carta ao chefe de gabinete do Ministro... Vamos lá ver é se ele me/nos recebe...
Susana
Claro que interessa. Se nao formos divulgando as coisas boas e más que se vao passando vivemos em ilhas isolados do mundo e com uma noçao da realidade que nao corresponde.
Se puderes ir mantendo aqui "updates" de coisas que vais descobrindo todos agradecemos. Vamos ver se descobrimos mais pessoas nas mesmas situacoes, no entretanto.
Boa sorte,
David
Enviado: terça jan 10, 2006 6:11 pm
por Ana TR
Olá Susana.
Estou chocada com esta história.
Não estou na tua situação porque a bolsa não me foi concedida e aguardo resposta do recurso, mas poderia estar, e por isso estou solidária (tb concorri a bolsa mista com instituição acolhedora em Lx).
Acho incrivel como é que se abrem concursos para o que quer que seja que ainda não tenha sido homologado ou sequer decidido o seu financiamento. Estas coisas só podem acontecer em Portugal! Ainda mais chocante é sairem os resultados desse concurso com datas de inicio que nunca poderão ser cumpridas... e com isto os estudantes perdem meses do seu doutoramento que não vão poder ser recompensados. Não falo monetáriamente, mas temporalmente... uma questão de tempo. Claro que ninguém pode começar a trabalhar no seu doutoramento enquanto não começar a ser financiado e depois o dinheiro vem num bolo, mas o tempo perdido não se recupera assim. Pode pensar-se que são só 2 ou 3 meses, até 4, mas no final acredito que isso fará diferença.
Para além de que se esquecem que as pessoas, após saberem os resultados do concurso fazem planos para o seu inicio, nomeadamente quem ainda tem que organizar idas ao estrangeiro... enfim, demasiadamente grave.
Também gostava de saber o desenrolar desta história.
Toda a força e sorte.
Ana
Enviado: terça jan 10, 2006 6:25 pm
por susana_correia
Olá Ana,
Obrigada pelas tuas palavras.
O que me parece que se está a passar é que as regras do jogo foram alteradas inesperadamente (para a FCT) e, por isso, agora não sabem como hão-de resolver a situação.
Uma das pessoas que conheço tem média de 17 e, apenas porque se inscreveu numa instituição de Lisboa, corre o risco de só vir a ter bolsa lá para Março ou mais, ou de não ter bolsa sequer (apesar de, na FCT, me terem dito que era pouco provável que não se encontrasse uma solução). Um candidato a bolsa nacional com média de 16, do Porto, já assinou o contrato e deverá estar a receber o seu primeiro 'ordenado'.
Esta situação não seria desigual se tivessem dito, desde o início, que o critério 'região' era importante na avaliação, i.e., se nós soubessemos de antemão que era mais difícil conseguir bolsa mista, se a instituição que confere o grau fosse de Lx. A minha bolsa e a das restantes 106 pessoas foi proposta para aceitação, tendo tido, por isso, avaliação positiva, tal como outras 2 ou 3 mil. Porque não havemos nós de ter a bolsa?
Eu consigo compreender a necessidade de descentralização do financiamento, do poder, de tudo o que tiver a ver com a administração. O que me custa a aceitar é que surjam estes imprevistos (é óbvio que a FCT não esperava que a UE dissesse que as bolsas mistas não devem ser consideradas 'não regionalizáveis').
Bom, o importante, como já referi, é saber quantas pessoas estão nesta situação. Conheces alguém? Se sim, por favor, diz-lhe que entre em contacto comigo, através do fórum, ou que me mande um mail (
susana_correia@sapo.pt).
Não vale a pena ficar parado, a choramingar. Há que tentar resolver o assunto E DEPRESSA!
Susana
Enviado: terça jan 10, 2006 6:41 pm
por Aragao
susana_correia Escreveu:Olá Ana,
Esta situação não seria desigual se tivessem dito, desde o início, que o critério 'região' era importante na avaliação, i.e., se nós soubessemos de antemão que era mais difícil conseguir bolsa mista, se a instituição que confere o grau fosse de Lx.
Eu acho que a situacao continuava a ser desigual. No entanto a informacao existia mas nao estava no site da FCT... como podes ver aqui nas conclusoes de uma reuniao da ABIC com a FCT:
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?t=297
De qualquer forma isto é uma "bota" que nao cabe ao bolseiro a quem foi atribuida bolsa "descalçar".
Existe um núcleo da ABIC no algarve. Se precisares de ajuda mais próxima talvez possas entrar em contacto com eles:
http://www.bolseiros.org/nucleos.htm
David
Enviado: terça jan 10, 2006 6:51 pm
por susana_correia
Sim, o critério 'região' era importante para as bolsas regionalizáveis. O que se passa é que as bolsas mistas não eram, até este ano, consideradas regionalizáveis. Agora que são, não há dinheiro para elas, no caso de Lx... No entanto, e como já referi, a situação é desigual e, pior ainda, a própria FCT não esperava que isto viesse a acontecer. E, como também referiste, a bolsa foi atribuída, pelo painel de avaliação.
Será que a FCT vai descalçar a bota?
Susana
Enviado: quarta jan 11, 2006 12:37 pm
por Susana Relvas
Olá homónima!
Apesar desta situação não me afectar em nada, pois já estou a fazer o doutoramento, fico realmente preocupada com esta situação e também a acho inconcebível num país que quer apostar na ciência. Assim se vê que o pouco que existe está numa situação precária e que tem de ser devidamente estruturado em vez de se estar a atirar com maravilhas para os olhos das pessoas.
Isso significa que esta situação também deve estar a atrasar os processos de recursos. Esse é um facto que tem vindo a ser relatado.
Por isso era importante continuares a contar-nos a tua história. Não conheço ninguém nessa situação, conheço quem concorreu a uma bolsa mista, com parte em portugal localizada em lisboa, mas foi recusada na 1ª fase e está agora à espera de recurso.
Força, acho que deves avançar com o teu protesto!
Enviado: quarta jan 11, 2006 12:46 pm
por susana_correia
Ok. Obrigada pelo apoio. Se entretanto tiveres conhecimento de alguém na mesma situação diz qualquer coisa.
Entretanto, já pedi uma audiência com o novo presidente da FCT e enviarei o outro pedido ao ministro amanhã. Isto não invalida que haja, depois, um manifesto conjunto. Aliás, penso que só assim se agilizará o processo da (possível? [im]provável?) resolução da questão...
Susana
Enviado: quarta jan 11, 2006 2:53 pm
por Ana TR
Infelizmente (ou felizmente) também não conheço ninguém nessa situação.
Sei que houve muitos atrasos com a história dos contratos, que a FCT tardou a enviar, mas ainda nunca tinha ouvido ninguém falar dessa situação.
Recordo-me que, quando concorri, recebi vários emails e mensagens onde se dizia que iria haver cortes nas bolsas em Lx e vale do tejo, mas tinha ideia que as bolsas mistas não estariam incluidas nessa situação (muito pelo contrário, só iriam ser favorecidas). Agora, uma coisa é certa, a partir do momento que eles concedem a bolsa têm mesmo que descalçar a bota, dê por onde der.
Onde andam as restante 106 pessoas??
toda a sorte,
Ana
Enviado: quarta jan 11, 2006 4:57 pm
por João Ferreira
Cara Susana e restantes colegas,
A ABIC pediu já uma audiência ao Ministro e ao novo Presidente da FCT.
As cartas chegaram esta semana aos destinatários, pelo que neste momento aguardamos uma resposta.
Se este problema não estiver já resolvido na altura - o que esperamos sinceramente que aconteça - este será um dos pontos a incluir na ordem de trabalhos.
Entretanto, dada a gravidade do problema, e na ausência de uma resposta aos pedidos que fizémos, caso a situação não se desbloqueie, sugiro que pensemos na possibilidade de fazer um comunicado aos órgãos de comunicação social, denunciando o problema.
Cumprimentos,
João Ferreira
Enviado: quarta jan 11, 2006 11:20 pm
por susana_correia
Caro João,
É com agrado que recebo a notícia de que entraram em contacto com o gabinete do ministro e com o gabinete do presidente da FCT. Também já sei que têm agendada uma reunião com um deles. Apesar de eu própria já ter enviado um pedido de audiência com o prof. João Sentieiro, a ABIC, pelo que representa, terá mais peso nesta matéria.
Penso que o que é importante saber é: i) se as bolsas vão mesmo ser atribuídas e ii) (caso a primeira situação se confirme) quanto tempo poderá decorrer até que as bolsas venham a ser atribuídas.
Depois de termos sabido que as bolsas iam ser propostas para aceitação e de tudo termos feito para entregar uma candidatura de qualidade, onde mostrássemos que valia a pena investir em nós, é com tristeza que vimos que as regras mudaram a meio do percurso, e até para surpresa da própria FCT. Apostámos (sim, somos 107!) numa bolsa mista por imaginar que isso constituísse uma mais-valia... Apostámos em Lisboa por acreditarmos que é lá que está a orientação que consideramos mais adequada, dentro do que queremos estudar. A FCT concordou connosco e propôs as nossas bolsas para aceitação, e agora, por estas mesmas razões, poderemos vir a não ter bolsa?? Parece-me, no mínimo, injusto...
E sim, concordo com o facto de escrever um comunicado aos órgãos de comunicação social, se a situação se arrastar e não se vir para breve.
Para terminar, queria ainda dizer, uma vez mais, que compreendo a necessidade de descentralização dos financiamentos. Penso é que isso deveria estar determinado a priori e não ser 'remendado' a posteriori. A questão central é esta...
Susana
Enviado: segunda jan 16, 2006 5:11 pm
por forum.abic
último paragrafo do resumo da reunião da ABIC com Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior:
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?t=834
Enviado: segunda jan 16, 2006 10:56 pm
por alex_sxl
Sei que o meu caso não é semelhante aos aqui apresentados, referentes às bolsas mistas, mas considero que ele poderá todavia incrementar esta discussão e contribuir para que mais pessoas na minha situação o apresentem também (conheço desde já outros 3 casos semelhantes).
Simplificando, foi-me proposta para atribuição uma BD para o estrangeiro, e depois de algum tempo entreguei toda a documentação necessária a meio do mês de Dezembro. Mais, quando me desloquei à Loja do Cientista perguntei se me enviaríam o contracto o mais tardar até ao fim do mês, e disseram-me que o mais provávelseria que me começariam a pagar em princípio no mês de Janeiro.
Ponto da situação. Nada de contrato. Nada de confirmação da aceitação dos documentos em falta. Nada de pagamento. E depois de diversos telefonemas para a FCT, nem sequer me informam do andamento do meu processo, por mais vezes que eu tente ou estratégias que adopte, e nem sequer me passam uma declaração a confirmar o meu estatuto de bolseiro (necessária para a minha Universidade em Paris e ainda mais necessário para a obtenção de um visa requerido para um visiting que ainda?!? tenciono?!? fazer aos EUA em Março)
Entretanto, gostaria imenso de poder ir para Paris o mais rápido possível... et pas d'argent... o que não posso deixar de sentir como estranho dado que como todos nós sabemos a candidatura às bolsas foi feita em Junho, o ano lectivo começou em Setembro, e a FCT avisou previamente que os pagamentos só começariam em Janeiro de modo a garantir que assim tudo estaria certo a tempo e horas... estranho... bizarro... inaceitável!
Se eu assino um contracto (ok... ainda não assinei mas tenho esperanças) que me obriga a determinados pontos... a FCT não o faz porquê? Talvez porque não assinando os contractos ou oferecendo qualquer tipo de comprovativo, excepto dois míseros mails no espaço de seis meses, possa estar escondida num vazio legal, onde muitos de nós ainda não somos oficialmente bolseiros, mas coordenamos as nossas vidas, ou fomos mesmo aceites em Doutoramento apenas com a condição de sermos bolseiros.
Por fim gostaria apenas de citar aqui a Direção da ABIC para depois colocar uma questão:
"Foi apresentada a situação de mais de uma centena de colegas aos quais foram atribuídas bolsas mistas no último concurso da FCT e que estão ainda sem receber, pelo seu financiamento não ter sido ainda homologado. Foi entregue ao SE um memorando com todos os detalhes sobre o problema. O SE irá falar sobre o assunto com a FCT que deverá depois entrar em contacto connosco" Noutro thread, post colocado pela Direcção ABIC Colocada: Seg Jan 16, 2006 11:24 am Assunto: 2a reunião com Secretário de Estado
O que a direcção da ABIC espera para colocar estas situações a público? Que o trabalho de alguns de nós se comece a atrasar verdadeiramente? Ou que passe um mês e talvez mais sem que possamos integrar as nossas equipas de acolhimento, que em alguns casos trabalham já desde Setembro e Outubro?
Gostaria de pensar que a defesa concreta dos nossos interesses passa não só pelo contacto demorado com gabinetes ministeriais, mas talvez pela obrigação da ABIC avançar para um verdadeiro debate público e mediático sobre esta situação, que afinal não nos diz apenas respeito a nós, mas também a todos aqueles que consideram a investigação como um pilar basilar do tal "desenvolvimento" nacional, como por exemplo sendo o Prof. Mariano Gago, o Prof. João Sentieiro ou a Profª. Lígia Amâncio!
Enviado: terça jan 17, 2006 12:06 am
por susana_correia
Caro Alex,
Depois de ter lido o que escreveste, só te posso (des)animar com o seguinte: enviei hoje o email para o chefe de gabinete do Prof. Mariano Gago, a pedir a tal audiência, email esse que estava assinado pelas únicas 3 pessoas que até agora sei que estão na mesma situação. O dito chefe de gabinete, o Engº. Armando Trigo de Abreu, teve a amabilidade de responder, telefonando a um de nós, para dizer que a situação estava à ser resolvida'. Não me perguntes o que isto significa, porque não sei. A verdade é que, para lá da simpatia e amabilidade, pouco conseguimos dali, no sentido de ver a situação resolvida ou a caminho de se resolver. Ficamos à espera da audiência (??!)...
Do gabiente da presidência da FCT disseram-me que lá para o início de Fevereiro o Prof. João Sentieiro poderá começar a receber 'o público'... É... O tempo passa... e nada! Resta-nos a ABIC e a sua capacidade de movimentação nos meios influentes...
A tua situação, como dizes, é diferente, mas pelo menos numa coisa as circunstâncias se assemelham: até hoje, nem sinais de contrato, quanto mais de dinheiro!
Não sei se havemos de esperar um pouco mais... Não sei se havemos de avançar para a comunicação social... Muitas vezes a comunicação social usa estas notícias para sensacionalizar, sem que daí resulte alguma coisa de positivo, o que me leva a ficar um pouco de pé atrás em relação a essa questão.
Mas uma coisa eu sei: amanhã vou avançar com uma cartinha para o Comissário Europeu para a Ciência, pensando enviar o email com conhecimento para o Engº. Armando Trigo de Abreu. Se o problema é a UE e o dinheiro que de lá vem, pode ser que assim os poderosos da europa percebam o que as suas decisões implicam para nós... A tua situação é diferente mas até acredito que uma coisa esteja a bloquear a outra... Não sei...
Susana
Enviado: quarta jan 18, 2006 3:49 pm
por susana_correia
Caros colegas,
Venho anunciar-vos que apenas estão para ser submetidas às unidades de gestão dos programas operacionais 34 bolsas. Quem mo disse (escreveu) foi o próprio Prof. Dr. João Sentieiro, presidente da FCT. Depois de ligar para o atendimento do SFRH, fiquei a saber que a minha bolsa, bem como a das outras duas pessoas e mais a de cerca de 60 colegas, já foi homologada.
A iniciativa de enviar o pedido de audiência ao chefe de gabinete do ministro não caiu em 'saco roto', já que este último tratou rapidamente de reenviar o dito pedido para o presidente da FCT (não sem antes nos telefonar, a explicar a situação). No mesmo dia, o Prof. João Sentieiro dirigiu-nos um email, explicando todo o precedimento de atribuição de bolsas, dizendo que apenas faltam resolver 34 situações e mostrando a sua disponibilidade para prestar esclarecimentos. Não sei por que razão falta homologar 34 bolsas, mas na carta que reenviei ao presidente da FCT, perguneti-lhe isso mesmo. Não me parece é que ele me vá responder a este tópico em particular...
Devo dizer - em abono da verdade - que, tanto da parte do gabinete do ministro como da presidência da FCT, a resposta foi rápida.
Posto isto, só me resta incentivar todas as pessoas para que, caso se vejam abraços com situações evasivas e inconclusivas, não hesitem em tomar medidas.
Quero acreditar que dentro de dias (ou semanas...) receberei o meu contrato de bolsa e que tudo correrá bem, para mim e para todos os bolseiros na mesma situação.
'May the force be with you...'
Susana
Enviado: quinta jan 19, 2006 5:24 pm
por Aragao
Obrigado por manteres um "update" sobre como está a correr o teu processo. Fico contente que agora as coisas estejam mais claras e pareçam que se vao resolver.
boa sorte,
David
Enviado: quinta fev 09, 2006 2:08 pm
por Marta Abrantes
Olá a todos!
Com muita pena minha só hoje vi na página da ABIC o caso da Susana. Eu estou na mesma situação mas no meu caso concorri a uma bolsa de pós-doutoramento. Ainda não recebi o meu contrato (devo ter calhado no último grupo de homologados!!), e por isso, escrevi um e-mail de protesto para a Fundação e para o ministro. Gostava de ter participado no protesto conjunto mas infelizmente, estou no estrangeiro e, por isso, tenho um contacto muito limitado com outros bolseiros portugueses. No futuro vou estar mais atenta a esta página.
Queria apelar à ABIC que pedisse à FCT para melhorar o contacto com os bolseiros (não sei se podemos fazer um baixo assinado ou outra coisa qq). Para mim, pior do que não conseguirem dar as bolsas a tempo é NÃO INFORMAREM os bolseiros atempadamente do que se passa. E este tipo de atitude não é um evento isolado. Será que é assim tão difícil enviar um e-mail para avisar que os processos estão atrasados?
Enviado: quinta fev 09, 2006 3:53 pm
por forum.abic
Marta Abrantes Escreveu:
(...)
Gostava de ter participado no protesto conjunto mas infelizmente, estou no estrangeiro e, por isso, tenho um contacto muito limitado com outros bolseiros portugueses. No futuro vou estar mais atenta a esta página.
(...)
Se quiseres podes também inscrever-te na mailing list geral (um email em média por mês) onde podes ficar em dia com as actividades da ABIC.
http://www.bolseiros.org/mailinglist.html
forum.abic