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Saudações.

É possível a um membro de um projecto R&D (FCT) e task leader ser bolseiro desse mesmo projecto?

O Estatuto do Bolseiro (da FCT) diz que, salvo algumas excepções, o trabalho é feito em regime de dedicação exclusiva e que não é possível desenvolver qualquer actividade externa remunerada. No entanto, a actividade de task leader e membro da equipa base de um projecto (da FCT) não é remunerada de todo. Sendo assim, estas duas actividade, de bolseiro e task leader do mesmo projecto, são compatíveis?

Muito Obrigado,
Cumprimentos.

Boa tarde.

Segundo o site da FCT, o Investigador Responsável pode apelar a uma BCC (Bolsa de Cientista Convidado) no âmbito de um projecto I&D.

https://www.fct.pt/apoios/bolsas/normas ... s.phtml.en
"A BCC – Bolsa de Cientista Convidado apenas pode ser considerada elegível no caso de Investigadores Responsáveis por projetos de investigação ou cientistas com currículo científico de mérito reconhecidamente elevado, externos à equipa e convidados a colaborar no projeto por um prazo determinado e justificado.
No âmbito do financiamento de projetos e unidades de I&D, os montantes tabelados (2.060€-2.650€), relativos ao valor do subsídio de manutenção mensal das BCC, não correspondem a um intervalo de valores mas a dois escalões independentes:

- No caso de atribuição da bolsa a Investigadores Responsáveis por projetos de investigação financiados pela FCT, o montante do subsídio mensal corresponde a €2.060; (...)".

No entanto, não sei se o concurso a esta Bolsa - BCC - não terá que ser aquando do concurso de projectos I&D. Se tiver mais informações entretanto, responderei aqui.

Abraço,

inês almeida

Cara Inês,

muito obrigado pela resposta bastante clarificadora.

Antes de colocar aqui a questão, contactei a FCT mas, até agora, não obtive resposta.

De facto, não me parece de muito boa moral um investigador residente do projecto, candidatar-se a uma bolsa desse mesmo projecto. Não é uma questão de dinheiro (porque as funções de coordenação de projectos não são remuneradas), mas antes, como disse, uma questão de moral e de ética.

Muito obrigado, uma vez mais, pelas informações.

Cumprimentos

Niant Escreveu:Cara Inês,

muito obrigado pela resposta bastante clarificadora.

Antes de colocar aqui a questão, contactei a FCT mas, até agora, não obtive resposta.

De facto, não me parece de muito boa moral um investigador residente do projecto, candidatar-se a uma bolsa desse mesmo projecto. Não é uma questão de dinheiro (porque as funções de coordenação de projectos não são remuneradas), mas antes, como disse, uma questão de moral e de ética.

Muito obrigado, uma vez mais, pelas informações.

Cumprimentos

Obviamente que um investigador a concorrer para o seu próprio projecto não está verdadeiramente a concorrer no sentido tradicional do termo. Mas convém ver que provavelmente ele faz isso por não ter outro emprego...

spca Escreveu:

Niant Escreveu:Cara Inês,

muito obrigado pela resposta bastante clarificadora.

Antes de colocar aqui a questão, contactei a FCT mas, até agora, não obtive resposta.

De facto, não me parece de muito boa moral um investigador residente do projecto, candidatar-se a uma bolsa desse mesmo projecto. Não é uma questão de dinheiro (porque as funções de coordenação de projectos não são remuneradas), mas antes, como disse, uma questão de moral e de ética.

Muito obrigado, uma vez mais, pelas informações.

Cumprimentos

Obviamente que um investigador a concorrer para o seu próprio projecto não está verdadeiramente a concorrer no sentido tradicional do termo. Mas convém ver que provavelmente ele faz isso por não ter outro emprego...

Exactamente! A minha questão vai exactamente nesse sentido, quando um membro de um projecto não tem emprego e a única fonte de financiamento possível é o projecto a que pertence e que ajudou a escrever. Se por um lado pode não parecer muito correcto, por outro, parece fazer sentido (e é justo!) que se tente financiar no seu próprio projecto se não tiver, de todo, outra alternativa para continuar a sua investigação.

Uma solução possível para esta situação é o investigador abdicar da sua tarefa de coordenador/membro/task leader e concorrer normalmente como qualquer outro. Perde-se a coordenação, que em termos de CV tem o seu peso, mas ganha-se sustentabilidade financeira para colocar, passo a expressão, "o pão na mesa", como se costuma dizer.