Boas!
Existe alguma posição da parte da ABIC acerca dos critérios usados na avaliação do Mérito do Candidato no âmbito das BD e BPD deste ano? Como já foi amplamente divulgado aqui no fórum, este ano favoreceu e MUITO os investigadores seniores e penalizou e MUITO os recém doutorados (no caso das BPD). Como é possível que seja pedido a um recém doutorado que apresente currículo/experiência em subcritérios como: "Investigador Responsável de projectos (4.0/16.19)","Orientações de doutoramento (0.54/16.19) e organização de encontros científicos (0.3/16.19)". O somatório destes pontos quase chega ao valor que foi atribuído na parte de publicações (5.0/16.19).
Compreendo que quem tenha já mais anos de experiência e anteriores post-doc tenham direito a concorrer mas penso que deveria ser introduzido um sistema de classificação mais justo para não penalizar quem acabou o doutoramento há pouco tempo. A alteração dos critérios de avaliação deste ano são altamente enviesados e excluem à partida a possibilidade de um recém doutorado de sequer sonhar com uma BPD (dos poucos caminhos existentes para quem quer seguir a carreira cientifica).
No meu caso, consegui completar o doutoramento com a nota máxima e à data da minha candidatura tinha 13 publicações, várias apresentações orais em congressos e fui parte da comissão organizadora de um congresso internacional. Não é nada de extraordinário mas penso que seja um currículo suficiente para ter hipóteses de sonhar com uma BPD. Tendo em conta que na nota do "Mérito do candidato" me deram 1.388 em 5, fico a pensar se terei alguma vez hipóteses de conseguir este objectivo...
Critérios de Avaliação BPD 2015
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mjtcorreia
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DuarteAlbuquerque
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Re: Critérios de Avaliação BPD 2015
Nos anos 2013 e 2014 (aqui especificamente mecânica) eram usados critérios diferentes para quem tinha doutoramento a menos de 3 anos e quem tinha a mais de 3 anos.
No caso de quem tem doutoramento a mais de 3 anos, o que distinguia os CV's entre os vários candidatos era o número de artigos por ano, penalizando quem tinha o doutoramento a mais tempo.
Este sistema parece-me menos redutor por considerar outras contribuições mas o factor de redução prejudica muito os recém-doutorados, ficando com uma pontuação baixa. Devia haver um fator para contar com o número de anos pós-doutoramento. -5% por cada ano por exemplo.
Pois o sistema como está montado neste momento não dá muitos hipóteses aos recém-doutorados a não ser que tenham artigos suficientes no topo 5%. Tendo em conta os prazos, temos pouco tempo para nos preparamos para o próxima concurso em Maio e também muita instabilidade nas regras de avaliação que estão constantemente a mudar.
No caso de quem tem doutoramento a mais de 3 anos, o que distinguia os CV's entre os vários candidatos era o número de artigos por ano, penalizando quem tinha o doutoramento a mais tempo.
Este sistema parece-me menos redutor por considerar outras contribuições mas o factor de redução prejudica muito os recém-doutorados, ficando com uma pontuação baixa. Devia haver um fator para contar com o número de anos pós-doutoramento. -5% por cada ano por exemplo.
Pois o sistema como está montado neste momento não dá muitos hipóteses aos recém-doutorados a não ser que tenham artigos suficientes no topo 5%. Tendo em conta os prazos, temos pouco tempo para nos preparamos para o próxima concurso em Maio e também muita instabilidade nas regras de avaliação que estão constantemente a mudar.