forum.bolseiros.org

Vou-me candidatar a uma Bolsa de Doutoramento da FCT. Um dos meus orientadores tem menos de 5 orientandos, mas o meu orientador estrangeiro provavelmente será o maior especialista mundial na área, por esse motivo tem 33 alunos de doutoramento. É uma bolsa de dout. Nacional, tendo em conta este dado, vou ser prejudicado por ter o maior especialista mundial a orientar-me:

No caso de orientadores que supervisionam mais do que 5 estudantes de doutoramento, o mérito global das condições de acolhimento terá a classificação de 2,5. Nos casos de supervisão de 10 ou mais estudantes de doutoramento o mérito global das condições de acolhimento é automaticamente classificado com 1.

O que acham?

Obrigado,
Abraço
Miguel

miguelpereira Escreveu:Vou-me candidatar a uma Bolsa de Doutoramento da FCT. Um dos meus orientadores tem menos de 5 orientandos, mas o meu orientador estrangeiro provavelmente será o maior especialista mundial na área, por esse motivo tem 33 alunos de doutoramento. É uma bolsa de dout. Nacional, tendo em conta este dado, vou ser prejudicado por ter o maior especialista mundial a orientar-me:

No caso de orientadores que supervisionam mais do que 5 estudantes de doutoramento, o mérito global das condições de acolhimento terá a classificação de 2,5. Nos casos de supervisão de 10 ou mais estudantes de doutoramento o mérito global das condições de acolhimento é automaticamente classificado com 1.

O que acham?

Obrigado,
Abraço
Miguel

Olá.
Possivelmente esta pergunta devia ser colocada no sub-fórum das "Perguntas / Apoio ao Bolseiro" - http://forum.bolseiros.org/viewforum.php?f=1, em vez de neste, que se destina a "Novidades, Notícias e Avisos".
Antes de mais, cuidado com essas classificações de "o maior especialista mundial". Por um lado, creio ser difícil nos dias de hoje dizer-se que esta ou aquela pessoa é "o maior especialista mundial" seja no que for (independentemente de poder ser uma pessoa de grande mérito). Por outro, o facto de ter 33 orientandos (alunos de dout. sem contar com outros) provavelmente significa que ele não terá tempo nem disponibilidade para te dar nenhuma real orientação, ou seja, podes gabar-te de ter sido orientado pelo "maior especialista mundial" mas na prática isso não significa que ele te vá ensinar nada. Podes ver pelo sub-fórum das "Perguntas / Apoio ao Bolseiro" diversas pessoas muito descontentes com a orientação que lhes é ministrada (ou a falta dela) e a pensar em desistir das bolsas com as quais possivelmente de início sonhavam, e a situação que descreves, com expectativas iniciais muito elevadas que possivelmente serão goradas na prática pela ausência de real orientação, parece-me que terá uma probabilidade grande de te levar a um caminho semelhante. Parece-me que poderias ficar melhor servido com alguém que, sem ser "o maior especialista mundial" mas sendo bom naquilo que faz, efectivamente te orientasse e guiasse.

Quanto à tua questão em concreto, terás de ver no guião de 2013, quando (se) for conhecido, se essa clausula se mantém. De qualquer modo, essa questão apenas se punha em 2012 face ao orientador principal. Se essa cláusula se mantiver e esse cientista estrangeiro estiver como co-orientador, possivelmente não será tido em conta nessa avaliação. Assim, se esse cientista (nacional?) de menos de 5 estudantes de dout. for suficientemente "senior" para ser bem classificado pela FCT e estas regras se mantiverem, possivelmente não serás prejudicado (nem beneficiado) pelo grande número de estudantes desse orientador estrangeiro.
Nota que existem, para além das bolsas Nacionais, as bolsas Mistas onde se inclui algum tempo no estrangeiro, e que pelo que descreves parecem ser mais indicadas para ti.

Boa sorte.

Antes de mais obrigado pela resposta, ele tem 600 artigos de impacto e mais de 100 livros publicados na área e é o presidente da sociedade real britânica dessa área (tendo sido premiado pela Rainha por isso), é pelo menos um dos maiores especialistas mundiais.
Mas em relação a tua questão, que eu saiba, todos os orientadores têm igual importância na FCT faz 2 anos, por isso não sei se será assim.
O problema é que já não existem oficialmente orientadores principais. Por isso o que disseste acho que não se aplica, certo?
Obrigado pela tua resposta.

Abraço

spca Escreveu:

miguelpereira Escreveu:Vou-me candidatar a uma Bolsa de Doutoramento da FCT. Um dos meus orientadores tem menos de 5 orientandos, mas o meu orientador estrangeiro provavelmente será o maior especialista mundial na área, por esse motivo tem 33 alunos de doutoramento. É uma bolsa de dout. Nacional, tendo em conta este dado, vou ser prejudicado por ter o maior especialista mundial a orientar-me:

No caso de orientadores que supervisionam mais do que 5 estudantes de doutoramento, o mérito global das condições de acolhimento terá a classificação de 2,5. Nos casos de supervisão de 10 ou mais estudantes de doutoramento o mérito global das condições de acolhimento é automaticamente classificado com 1.

O que acham?

Obrigado,
Abraço
Miguel

Olá.
Possivelmente esta pergunta devia ser colocada no sub-fórum das "Perguntas / Apoio ao Bolseiro" - http://forum.bolseiros.org/viewforum.php?f=1, em vez de neste, que se destina a "Novidades, Notícias e Avisos".
Antes de mais, cuidado com essas classificações de "o maior especialista mundial". Por um lado, creio ser difícil nos dias de hoje dizer-se que esta ou aquela pessoa é "o maior especialista mundial" seja no que for (independentemente de poder ser uma pessoa de grande mérito). Por outro, o facto de ter 33 orientandos (alunos de dout. sem contar com outros) provavelmente significa que ele não terá tempo nem disponibilidade para te dar nenhuma real orientação, ou seja, podes gabar-te de ter sido orientado pelo "maior especialista mundial" mas na prática isso não significa que ele te vá ensinar nada. Podes ver pelo sub-fórum das "Perguntas / Apoio ao Bolseiro" diversas pessoas muito descontentes com a orientação que lhes é ministrada (ou a falta dela) e a pensar em desistir das bolsas com as quais possivelmente de início sonhavam, e a situação que descreves, com expectativas iniciais muito elevadas que possivelmente serão goradas na prática pela ausência de real orientação, parece-me que terá uma probabilidade grande de te levar a um caminho semelhante. Parece-me que poderias ficar melhor servido com alguém que, sem ser "o maior especialista mundial" mas sendo bom naquilo que faz, efectivamente te orientasse e guiasse.

Quanto à tua questão em concreto, terás de ver no guião de 2013, quando (se) for conhecido, se essa clausula se mantém. De qualquer modo, essa questão apenas se punha em 2012 face ao orientador principal. Se essa cláusula se mantiver e esse cientista estrangeiro estiver como co-orientador, possivelmente não será tido em conta nessa avaliação. Assim, se esse cientista (nacional?) de menos de 5 estudantes de dout. for suficientemente "senior" para ser bem classificado pela FCT e estas regras se mantiverem, possivelmente não serás prejudicado (nem beneficiado) pelo grande número de estudantes desse orientador estrangeiro.
Nota que existem, para além das bolsas Nacionais, as bolsas Mistas onde se inclui algum tempo no estrangeiro, e que pelo que descreves parecem ser mais indicadas para ti.

Boa sorte.

miguelpereira Escreveu:Antes de mais obrigado pela resposta, ele tem 600 artigos de impacto e mais de 100 livros publicados na área e é o presidente da sociedade real britânica dessa área (tendo sido premiado pela Rainha por isso), é pelo menos um dos maiores especialistas mundiais.

Sei que isso é tudo muito impressionante. Mas mantenho o que disse. Uma pessoa que orienta 30 doutoramentos, mais possivelmente mestrados, pós-docs e outros bolseiros / orientandos, mais é director da Royal Society da área, mais possivelmente dá aulas e tem outros cargos e compromissos, obviamente não terá tempo para te dar (ou dar seja a quem for) nenhuma real orientação. Apenas quero chamar a atenção que não te saiu necessariamente o euromilhões. Se ele for uma pessoa decente, talvez arranje alguém menos ocupado para te efectivamente guiar, e com isso até pode ser que não saias muito prejudicado, espero que seja o caso. Mas sinceramente parece-me melhor "acalmares os cavalos" e não ires com tantas expectativas.
Aliás, esta regra da penalização a partir de 5 doutorandos existe (ou existiu em 2012?) exactamente para "filtrar" orientadores de grande prestígio que apenas "dão o nome" às candidaturas mas na prática não orientam as pessoas, e tentar evitar que os bolseiros fiquem com alguém que não os orienta e depois têm de se "desenrascar" sozinhos, acabando muitos por desistir ou pelo menos passar por fases negras - podes dar uma vista de olhos, como já disse, pelas pessoas que passaram por este fórum descontentes com a má ou ausência de orientação, e eu conheço pessoalmente quem tenha passado por isso.

Mas em relação a tua questão, que eu saiba, todos os orientadores têm igual importância na FCT faz 2 anos, por isso não sei se será assim.
O problema é que já não existem oficialmente orientadores principais. Por isso o que disseste acho que não se aplica, certo?
Obrigado pela tua resposta.

Abraço

(...)

Quanto a isto, o regulamento de 2012 não está muito claro, mas isto foi discutido por este fórum e ao que parece a resposta mais clara que consegui encontrar foi
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=1&t=4883
que parece apontar para que apenas o orientador principal conta para o número de orientandos, e consequentemente possivelmente os co-orientadores não contam para a classificação das condições de acolhimento.
Se quiseres podes tentar pesquisar o assunto.
Chamo novamente a atenção que esta regra de acima de 5 orientandos descontar nas condições de acolhimento fez parte do guião de 2012. Em 2013 pode perfeitamente deixar de existir, tal como nos anos anteriores não existia. Terás de ver o que acontece em 2013, quando o guião de 2013 for conhecido, e podes ir acompanhando o fórum (Perguntas/Apoio ao Bolseiro) e em caso de dúvida esclarecer com a FCT, que é quem dá respostas oficiais.

Boa sorte.

Eu quero concorrer agora em 2013 (sim, qd o malogrado concurso abrir...) para uma bolsa BPD e tenho esta questão do número de orientandos do orientador principal (caso se mantenha neste guião). Alguém teve informação em 2012 por parte da FCT se para BPD a regra do guião qt ao número de orientandos e respetivas penalizações se aplica ou não?

Segundo fui informado na Loja do Cientista no ano passado (2012), as penalizações por número de orientados não se aplicava às BPD.

DC Escreveu:Segundo fui informado na Loja do Cientista no ano passado (2012), as penalizações por número de orientados não se aplicava às BPD.

Faz sentido que assim seja. Um postdoc já tem o grau de doutor, que por definição atesta a sua capacidade para fazer investigação de forma independente.

A meu ver, a este nível nem sequer se trata de orientação, mas de colaboração entre profissionais com diferente nível de experiência.

[quote="DC"]Segundo fui informado na Loja do Cientista no ano passado (2012), as penalizações por número de orientados não se aplicava às BPD.[/quote

Hoje confirmei este assunto na Loja do Cientista e mantém-se igual ao ano passado: as penalizações por número de orientados não se aplica às BPD.

Olá

Com a mesma questão na ajuda online da página de candidatura tive exactamente a reposta oposta:

Questão:

No guião de avaliação de 2013, a FCT refere que um orientador com mais de 5 bolseiros de doutoramento e mais de 3 bolseiros de pós-doutoramento obriga a uma avaliação global do mérito de acolhimento em 2,5.

No guião não é claro se na aplicação desta regra há uma diferenciação caso seja uma candidatura a doutoramento ou a pós-doutoramento. Embora os dois casos se refiram a bolsas, são de natureza muito distinta. Não é suposto haver uma orientação num pós-doutoramento equivalente à de um doutoramento, onde se obtém um grau académico que prepara para uma investigação autónoma.

Assim, gostaria de saber se esta regra aplicar-se-há às candidaturas a pós-doutoramento.

Respondido a 14-08-2013 (10:11)
Exmo. Senhor,
A regra aplica-se também aos candidatos a bolsa de pós-doutoramento.

spca Escreveu:

miguelpereira Escreveu:Antes de mais obrigado pela resposta, ele tem 600 artigos de impacto e mais de 100 livros publicados na área e é o presidente da sociedade real britânica dessa área (tendo sido premiado pela Rainha por isso), é pelo menos um dos maiores especialistas mundiais.

Sei que isso é tudo muito impressionante. Mas mantenho o que disse. Uma pessoa que orienta 30 doutoramentos, mais possivelmente mestrados, pós-docs e outros bolseiros / orientandos, mais é director da Royal Society da área, mais possivelmente dá aulas e tem outros cargos e compromissos, obviamente não terá tempo para te dar (ou dar seja a quem for) nenhuma real orientação. Apenas quero chamar a atenção que não te saiu necessariamente o euromilhões. Se ele for uma pessoa decente, talvez arranje alguém menos ocupado para te efectivamente guiar, e com isso até pode ser que não saias muito prejudicado, espero que seja o caso. Mas sinceramente parece-me melhor "acalmares os cavalos" e não ires com tantas expectativas.
Aliás, esta regra da penalização a partir de 5 doutorandos existe (ou existiu em 2012?) exactamente para "filtrar" orientadores de grande prestígio que apenas "dão o nome" às candidaturas mas na prática não orientam as pessoas, e tentar evitar que os bolseiros fiquem com alguém que não os orienta e depois têm de se "desenrascar" sozinhos, acabando muitos por desistir ou pelo menos passar por fases negras - podes dar uma vista de olhos, como já disse, pelas pessoas que passaram por este fórum descontentes com a má ou ausência de orientação, e eu conheço pessoalmente quem tenha passado por isso.

Mas em relação a tua questão, que eu saiba, todos os orientadores têm igual importância na FCT faz 2 anos, por isso não sei se será assim.
O problema é que já não existem oficialmente orientadores principais. Por isso o que disseste acho que não se aplica, certo?
Obrigado pela tua resposta.

Abraço

(...)

Quanto a isto, o regulamento de 2012 não está muito claro, mas isto foi discutido por este fórum e ao que parece a resposta mais clara que consegui encontrar foi
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=1&t=4883
que parece apontar para que apenas o orientador principal conta para o número de orientandos, e consequentemente possivelmente os co-orientadores não contam para a classificação das condições de acolhimento.
Se quiseres podes tentar pesquisar o assunto.
Chamo novamente a atenção que esta regra de acima de 5 orientandos descontar nas condições de acolhimento fez parte do guião de 2012. Em 2013 pode perfeitamente deixar de existir, tal como nos anos anteriores não existia. Terás de ver o que acontece em 2013, quando o guião de 2013 for conhecido, e podes ir acompanhando o fórum (Perguntas/Apoio ao Bolseiro) e em caso de dúvida esclarecer com a FCT, que é quem dá respostas oficiais.

Boa sorte.

Olá colegas,

Permitam-me dizer que os comentários do spca parecem-me bastante sensatos, construtivos e expressivos da realidade. Faço um apelo para que os entendas dessa mesma maneira miguelpereira.

Gostaria de fazer uma chamada de atenção para o seguinte: no guião de avaliação lê-se por exemplo, "No caso de orientadores que tenham atualmente mais do que 5 bolseiros de doutoramento diretamente financiados pela FCT e/ou mais do que 3 bolseiros de pós-doutoramento diretamente financiados pela FCT, o mérito global das condições de acolhimento é automaticamente 2,5." Atenção ao sublinhado que faz toda a diferença. No formulário de candidatura do candidato deverá ser indicado o número de doutorandos diretamente financiados pela FCT. Já no formulário de orientação do orientador, este possui à sua disposição um campo próprio para preencher com maior detalhe a sua experiência de supervisão. Portanto, parece-me existir liberdade neste concurso da FCT para detalhar esta questão em particular com razoabilidade.

Exactamente...quanto ao comentário anterior. e só o ORIENTADOR conta (já tinha verificado essa questão)