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Boa noite a todos,

Gostava de saber se os créditos que vou obter pela conclusão da componente lectiva do meu doutoramento, assim como a respetiva média serão valorizados num próximo concurso a uma BD? Em caso afirmativo, como?

Fiquei hoje a saber que apesar do meu programa doutoral ter sido contemplado com a atribuição de bolsas, não poderei concorrer por já estar a frequentar o primeiro ano. A minha vontade é desistir já e concorrer de novo a ambos os concursos (bolsas individuais e através do programa doutoral), mas antes gostava de saber se o que fiz até agora é ou não minimamente considerado na minha candidatura.

Olá
Essa é uma situação muito pouco "standard", que tanto quanto sei não consta de guiões de avaliação passados e duvido muito que conste de guiões de avaliação futuros.
Caso estejas já com bolsa, e desistires para concorrer outra vez e esta te seja atribuída de novo, o ano que já tiveste bolsa em princípio é-te contado para efeitos da duração máxima, ou seja, terias direito a mais 3 anos pois já tiveste um ano de bolsa.
Se for o caso, sinceramente parece-me melhor não o fazeres, até porque quase de certeza o número de bolsas será reduzido não só pelas bolsas que se destinam aos programas doutorais como por eventuais cortes orçamentais.

Caso não estejas com bolsa, talvez no concurso geral possam dar (ou não) "uns pozinhos" à semelhança da parte curricular do mestrado, mas não será certamente nada estipulado pelo guião de avaliação e como tal os painéis poderão contar ou não com isso. Mas creio que será sempre menos do que a um mestrado, em particular se já tens mestrado.

Quanto ao concurso do programa doutoral, se fores concorrer ao mesmo, imagino que isso será regulamentado pelo próprio programa. E que os professores poderão não achar muita piada ao "truque" de desistires para concorrer outra vez e penalizar-te. Talvez seja melhor falares isso com eles antes de te meteres nessa aventura.

Boa sorte.

Não tenho bolsa e já pedi uma reunião com a Comissão de Curso porque acho isto inaceitável. Eu esforcei-me este ano para ser (e fui) o melhor aluno do curso, não obstante estar envolvido noutro projeto porque não tive bolsa, precisamente para melhorar o CV com esse objetivo. Agora no fim de contas nem contam para atribuição de bolsas doutorais, nem para o concurso geral...........quer dizer mais valia ter desistido logo e voltar a candidatar-me.

É claro que eles não vão achar piada a isso, mas é a vontade que tenho e é nesse sentido que vou argumentar.

cmf1 Escreveu:Não tenho bolsa e já pedi uma reunião com a Comissão de Curso porque acho isto inaceitável. Eu esforcei-me este ano para ser (e fui) o melhor aluno do curso, não obstante estar envolvido noutro projeto porque não tive bolsa, precisamente para melhorar o CV com esse objetivo. Agora no fim de contas nem contam para atribuição de bolsas doutorais, nem para o concurso geral...........quer dizer mais valia ter desistido logo e voltar a candidatar-me.

É claro que eles não vão achar piada a isso, mas é a vontade que tenho e é nesse sentido que vou argumentar.

Se bem percebo, concorreste a uma BD que te foi recusada, mas de qualquer modo inscreveste-te no programa de doutoramento, no qual tiveste boas notas, e que na tua opinião deveria contar para uma nova candidatura de bolsa.

O problema é que os candidatos que se candidatam pela primeira vez se viriam prejudicados porque não tiveram essa oportunidade. O que para mim faz sentido é usares a impressão que deste aos professores, para obteres cartas de recomendação, e também incluíres as publicações que tenham sido aceites, se é esse o caso. Caso contrário parece-me até injusto considerarem essas notas.

Sou até da opinião que não deveriam existir notas (nem sequer a obrigação de fazer disciplinas) no programa de doutoramento. A ênfase deveria ser no trabalho de investigação e respectivas publicações. Caso seja evidente bons resultados nestas áreas, aí sim faz todo o sentido que sejam incluídos.

É isso mesmo, não tive bolsa, pedi recurso do qual estou à espera, mas decidi continuar porque ingenuamente pensava que isso melhoraria o meu currículo.

Eu também sou da tua opinião em relação ao doutoramento, mas as regras não são essas.

Assim, com 4 seminários semestrais obrigatórios (8 horas por semana, com apresentações e trabalhos), não tive grande oportunidade de fazer investigação a sério. Salvou-se, todavia, neste ano, porque vinha com alguma investigação de trás, uma recensão numa das melhores revistas internacionais, um ensaio bibliográfico numa revista nacional, um artigo numa revista internacional mas com pouca expressão, e um artigo numa das melhores revistas nacionais.

É alguma coisa, mas podia ser muito mais não tivesse eu perdido tempo a canalizar os meus esforços nas aulas, pensando que poderia concorrer mais favoravelmente às bolsas atribuídas pelo próprio programa.

Quanto a ser injusto para aqueles que não tiveram esta oportunidade, bom talvez o seja, mas a mim também ninguém me perguntou se queria adotar ou não o processo de bolonha e fui penalizado com 0,5 valores no mérito do candidato. Pior, tenho um colega com as mesmas notas que eu, que terminou o curso no mesmo ano, mas noutra instituição que só adoptou Bolonha um ano mais tarde. Resultado ele teve bolsa e eu não.

Ou seja, se isto funciona por créditos, então que me contem os 36 créditos que agora terei ao fim do primeiro ano com direito a um diploma de altos estudos.

Uma amiga minha esteve exatamente na mesma situação que tu e desistiu do doutoramento no final do primeiro ano, tendo aulas obrigatórias, trabalhos, exames, etc. No fim, ela pediu equivalência nos serviços académicos e deram-lhe equivalência a uma "pós-graduação". A nota que lhe foi atribuída foi a da média dos testes/trabalhos. Em 2012, concorreu a uma BD e colocou essa mesma "pós-graduação" no currículo. Se teve ou não melhor classificação, não sei... Se é legal ou não, não sei, mas talvez consigas fazer o mesmo.

Boa sorte!

csgp Escreveu:Uma amiga minha esteve exatamente na mesma situação que tu e desistiu do doutoramento no final do primeiro ano, tendo aulas obrigatórias, trabalhos, exames, etc. No fim, ela pediu equivalência nos serviços académicos e deram-lhe equivalência a uma "pós-graduação". A nota que lhe foi atribuída foi a da média dos testes/trabalhos. Em 2012, concorreu a uma BD e colocou essa mesma "pós-graduação" no currículo. Se teve ou não melhor classificação, não sei... Se é legal ou não, não sei, mas talvez consigas fazer o mesmo.

Boa sorte!

Um Diploma de Estudos Avançados devia até ser mais que uma pós-graduação. Mas não tem sido um caso previsto. E como as pessoas normalmente nos dias de hoje já têm mestrado e ter mais que um mestrado mais uma vez não é uma situação prevista, possivelmente não será muito valorizado se o guião de avaliação não mudar. Mas possivelmente dependerá de quem te avalia. E no caso dos programas doutorais, creio que os critérios serão a definir pelo programa, pelo que os critérios da avaliação que fazem pode ser bastante diferentes do concurso geral.

Nota que o que se está aqui a falar é de concurso de bolsas - que sendo um concurso centralizado à partida tem de obedecer a uma certa uniformização... Logicamente que teres um Diploma de Estudos Avançados, ou parte curricular de doutoramento, ou o que seja, com boa média deverá à partida ser valorizado na tua vida profissional, pelo menos no que diz respeito a cargos onde a média, percurso académico, etc. seja um factor a valorizar. Portanto o "não vale a pena me esforçar que isso não é reconhecido" é muito relativo...

Boa sorte.

Sim SPCA é um diploma de Estudos avançados que vou ter, espero que conte para alguma coisa, são muitos créditos com média de 18. Vai depender muito do avaliador e se este não o tiver em conta, lá me meterei nestes processos prolongados de recurso.

Quanto a poder concorrer via programa doutoral, já sei que vai ser uma impossibilidade, mas de qualquer forma, e por curiosidade, colocarei aqui o resultado da reunião que requeri com a comissão de curso.

Obrigado a todos pelos vossos comentários.

csgp Escreveu:Uma amiga minha esteve exatamente na mesma situação que tu e desistiu do doutoramento no final do primeiro ano, tendo aulas obrigatórias, trabalhos, exames, etc. No fim, ela pediu equivalência nos serviços académicos e deram-lhe equivalência a uma "pós-graduação". A nota que lhe foi atribuída foi a da média dos testes/trabalhos. Em 2012, concorreu a uma BD e colocou essa mesma "pós-graduação" no currículo. Se teve ou não melhor classificação, não sei... Se é legal ou não, não sei, mas talvez consigas fazer o mesmo.

Boa sorte!

Já agora se puderes perguntar, era porreiro.