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Olá a todos,

Eu sou nova aqui nestas andanças e estou cheia de duvidas em relação a bolsas de doutoramento, então é o seguinte: eu acabei recentemente o meu mestrado e gostava de continuar para doutoramento.
- Gostava de saber se alguém conhece sites, instituições, etc. que atribuam bolsas especificamente na área de arqueologia industrial?
- Eu posso candidatar-me a uma bolsa de doutoramento da FCT ou doutra instituição e só depois resolver-me pela universidade? E pelo orientador?
- É preciso ter o projecto todo definido logo na acto da candidatura? E se sim posso mais tarde altera-lo?
É que eu já estive a ver acerca das bolsas da FCT e os prazos, e como só agora é que eu estou a resolver-me a tirar o doutoramento, os prazos ficam apertados...

Em relação à 1ª questão, não te posso ajudar. Já relativamente ao concurso da FCT, estamos ainda à espera que ele abra e que seja publicado o edital e regulamento. No entanto, certas coisas não deverão mudar, entre elas as que referiste.

Nos concursos anteriores, as candidaturas eram pontuadas em 3 critérios de avaliação: o mérito do candidato (5), o programa de trabalhos (3), as condições de acolhimento (2). O valor entre parêntesis corresponde ao factor de ponderação de cada um.

- Deves proceder à candidatura já com uma instituição de acolhimento e um supervisor, não só porque parte da nota que te é dada é baseada precisamente nas condições de acolhimento, mas também porque para lacrares o próprio processo de candidatura no portal online precisas que um orientador lhe esteja associado.

- Tens que ter o projecto previamente definido. O que eles pedem nesse campo tem consistido num Sumário (150pal.), Estado da Arte (500pal.), Objectivos (300pal.), Descrição detalhada (1000pal.), e 20 referências bibliográficas.
No entanto, podes durante o curso do doutoramento proceder a alterações ao programa de trabalhos. Se estas forem significativas, precisas de as comunicar à FCT e de ter o aval do teu orientador.

Espero ter ajudado!

Olá.

Julgo já ter lido aqui no fórum que nos casos de programas doutorais, o plano pode ser definido posteriormente, já que a primeira parte (primeiro ano...) é dedicado a aulas. Mas não sei se é geral a todos os planos doutorais. Há vários colegas que indicaram um plano mesmo com candidaturas/inscrições em planos doutorais. No entanto, julgo que este era um dos pontos sobre atenção da FCT. Diziam precisamente que poderia haver uma intenção de financiar os programas doutorais e depois as universidades escolheriam os melhores candidatos.
Temos mesmo de esperar pelo novo regulamento para perceber o que de facto vai acontecer.

Em relação a arqueologia industrial, não conheço. A FCT considera uma área de arqueologia, que imagino seja agregadora das várias especialidades... (não é, de todo, a minha área). Mas o que sugiro é que procures por alguém com quem gostasses de trabalhar: uma pessoa que seja particularmente ativa nessa área, com bom currículo. A partir daí, avalias a instituição a que pertence...

Bom trabalho,
Tiago

Olá

Juana Escreveu:Em relação à 1ª questão, não te posso ajudar. Já relativamente ao concurso da FCT, estamos ainda à espera que ele abra e que seja publicado o edital e regulamento. No entanto, certas coisas não deverão mudar, entre elas as que referiste.

Nos concursos anteriores, as candidaturas eram pontuadas em 3 critérios de avaliação: o mérito do candidato (5), o programa de trabalhos (3), as condições de acolhimento (2). O valor entre parêntesis corresponde ao factor de ponderação de cada um.

- Deves proceder à candidatura já com uma instituição de acolhimento e um supervisor, não só porque parte da nota que te é dada é baseada precisamente nas condições de acolhimento, mas também porque para lacrares o próprio processo de candidatura no portal online precisas que um orientador lhe esteja associado.

- Tens que ter o projecto previamente definido. O que eles pedem nesse campo tem consistido num Sumário (150pal.), Estado da Arte (500pal.), Objectivos (300pal.), Descrição detalhada (1000pal.), e 20 referências bibliográficas.
No entanto, podes durante o curso do doutoramento proceder a alterações ao programa de trabalhos. Se estas forem significativas, precisas de as comunicar à FCT e de ter o aval do teu orientador.

Espero ter ajudado!

Olá Joana,

Esta irformação foi muito importante para mim., pal significa palavras?

Obrigada a todos pelas respostas, foram muito esclarecedoras.
Mas, realmente fico com os prazos muito apertados...

Sim, sim, pal. é palavras
Bem sei que os prazos são apertados, mas tenta de qualquer forma!
Em relação à informação avançada pelo Tiago acerca de não ser necessário apresentar projecto no caso dos programas doutorais, ou seja, quando o primeiro ou primeiros anos do doutoramento são meramente lectivos e não de investigação, faria todo o sentido e pode ser que este ano assim o seja. No entanto, até ao ano passado, todos os candidatos, independentemente de estarem inscritos em doutoramentos com componente lectiva, tinham que preparar um projecto, sob pena de terem classificação nula nesse ponto.

Boa tarde,

Tentarei este ano candidatar-me a um bolsa de Doutoramento mista, Portugal-Espanha. Contudo, a minha candidatura e consequente entrada na Universidade Complutense (Espanha) só irá ocorrer em Setembro.

Desta forma, como poderei proceder à candidatura à bolsa se, na realidade, ainda não pertenço mesmo à univ.Complutense? Posso apenas "indicar" que aquela será a minha faculdade de acolhimento e no caso da bolsa me ser atribuída entregar um comprovativo em como estou lá ou, pelo contrário, esse comprovativo em como lá estou tem de ser entregue já no acto da candidatura?

Muito obrigada
Cláudia

Olá Cláudia, creio que podes concorrer sem problema, uma vez que nesta altura só deverás ter que indicar o nome da instituição (ou instituições, no teu caso) de acolhimento. Nos últimos anos, a FCT só tem pedido para entregar as declarações de aceitação caso recebas a bolsa. O importante é teres já um orientador que se possa associar à tua candidatura e lacrá-la. Pode ser o orientador da instituição nacional. Creio que podes mais tarde adicionar um co-orientador da Complutense. Mas espera para ver o regulamento e se nessa altura ainda tiveres dúvidas escreves directamente à FCT.

Muito obrigada Juana

Tenho falado com colegas na mesma situação (à espera da abertura do concurso) e é receio comum que exijam novos documentos, quanto mais não seja, como medida dissuasora.

Espero que não, e espero ainda mais que a candidatura abra o quanto antes.

Muito obrigada
Cláudia

Já optei pela instituição para fazer o doutoramento em Arqueologia, mas tenho as seguintes dúvidas:

Eu primeiro vou-me inscrever no curso, que tem um limite de 25 alunos, e eu não sei se vou ter vaga, só devo saber lá para Outubro...
- E o que acontece se eu até entro no curso e depois não recebo a bolsa da FCT? Posso desistir do curso?
- O mesmo acontece com o orientador. Eu queria escolher um prof. desta mesma instituição, por ser uma pessoa muito activa na área da arqueologia, e se ele até aceita ser meu orientador e depois eu não tenho bolsa? Digo-lhe que lamento mas que não vou poder seguir em frente?

Já alguém passou por esta situação?
Alguém sabe quando normalmente saem os resultados das bolsas atribuídas?

flopes Escreveu:Já optei pela instituição para fazer o doutoramento em Arqueologia, mas tenho as seguintes dúvidas:

Eu primeiro vou-me inscrever no curso, que tem um limite de 25 alunos, e eu não sei se vou ter vaga, só devo saber lá para Outubro...
- E o que acontece se eu até entro no curso e depois não recebo a bolsa da FCT? Posso desistir do curso?
- O mesmo acontece com o orientador. Eu queria escolher um prof. desta mesma instituição, por ser uma pessoa muito activa na área da arqueologia, e se ele até aceita ser meu orientador e depois eu não tenho bolsa? Digo-lhe que lamento mas que não vou poder seguir em frente?

Olá
Creio que o até que ponto podes desistir do doutoramento se não tiveres bolsa é algo que tens de esclarecer com a tua universidade. De qualquer modo, creio que de uma forma geral as universidades não colocarão muitos entraves a desistir se não tiveres tido bolsa. Tal como o orientador. Exactamente, dizes que lamentas mas não poderás continuar, e creio que ele estará provavelmente à espera que não continues sem bolsa...
O único eventual senão é se te obrigam a pagar parte das propinas antes de saírem os resultados das bolsas. Não sei se isso aconteceu a alguém do concurso do ano passado.

Alguém sabe quando normalmente saem os resultados das bolsas atribuídas?

Esta questão é um bocado difícil de responder, pois nos últimos 2 anos os resultados têm demorado bastante mais a sair do que anteriormente, devido a esta crise e a um aparente controlo daquilo que tenha a ver com dinheiro, como a atribuição de bolsas, por parte do Ministério das Finanças. A única garantia é que, a manter-se o prazo do regulamento anterior, os resultados têm de sair num prazo de até 90 dias úteis, cerca de 4 meses e meio, após o encerramento das candidaturas.
Boa sorte.

Juana Escreveu:Olá Cláudia, creio que podes concorrer sem problema, uma vez que nesta altura só deverás ter que indicar o nome da instituição (ou instituições, no teu caso) de acolhimento. Nos últimos anos, a FCT só tem pedido para entregar as declarações de aceitação caso recebas a bolsa. O importante é teres já um orientador que se possa associar à tua candidatura e lacrá-la. Pode ser o orientador da instituição nacional. Creio que podes mais tarde adicionar um co-orientador da Complutense. Mas espera para ver o regulamento e se nessa altura ainda tiveres dúvidas escreves directamente à FCT.

Alguém me sabe informar se este ano acontece a mesma coisa, ou seja, nesta fase de concorrer à bolsa basta indicar a instituição de acolhimento, não é preciso entregar o comprovativo de matricula ou algo do género?

De acordo com o nº 2 do artigo 16º do regulamento deste ano, o certificado de matrícula ou inscrição só é necessário no caso de concessão da bolsa e não para a candidatura.

Olá,

Alguém sabe dizer algo mais acerca daquilo que a Juana referiu, de mais tarde ser possível adicionar um co-orientador ao processo...
Já tenho um orientador nacional, e queria mais tarde adicionar um co-orientador de uma universidade estrangeira... no entanto, não terei esta parceria estabelecida antes do final do período de candidaturas.

Obrigada.

ju79 Escreveu:Olá,

Alguém sabe dizer algo mais acerca daquilo que a Juana referiu, de mais tarde ser possível adicionar um co-orientador ao processo...
Já tenho um orientador nacional, e queria mais tarde adicionar um co-orientador de uma universidade estrangeira... no entanto, não terei esta parceria estabelecida antes do final do período de candidaturas.

Obrigada.

Olá
Neste ano, eles têm bem claro no regulamento que os períodos de permanência no estrangeiro dependem da disponibilidade financeira da FCT, que com a crise anda pelas ruas da amargura...
Creio que de uma forma geral eles não têm levantado grandes problemas a adicionar co-orientadores na mesma universidade durante o decorrer dos trabalhos, mas creio que poderão surgir problemas ao adicionares co-orientadores estrangeiros, e que provavelmente haverá problemas em passar de uma bolsa nacional para uma bolsa mista (implicando maior despesa para a FCT).
Portanto acho que de duas, uma: ou combinas as coisas de modo a ires lá em permanências simples no estrangeiro, máximo 3 meses por ano (antigamente pagavam 3 meses por ano mas agora é possível que seja 3 meses na bolsa toda) e arriscando-te a não receber nenhuns complementos de bolsa durante as permanências no estrangeiro; ou arranjas já as coisas de modo a pedires desde já bolsa mista.
Creio que, sendo um co-orientador, poderá não ser preciso ele lacrar o processo (mas não tenho a certeza), mas claro que convinha teres minimamente as coisas conversadas antes de o inserires como co-orientador, e inserir a universidade dele como instituição de acolhimento nos períodos X, Y e Z.

Obrigada!
De qualquer modo, eu não pretendo mudar o tipo de bolsa, apenas gostaria de ter um orientador adicional por achar que é benéfico e fazer todo o sentido tendo em conta o plano de trabalho...
Já tentei ligar para a FCT, mas não atendem... gostaria de saber se administrativamente é possível fazê-lo desde que não represente maior encargo financeiro para a FCT, ou se é um questão rígida como a alteração do título, por exemplo.

ju79 Escreveu:Obrigada!
De qualquer modo, eu não pretendo mudar o tipo de bolsa, apenas gostaria de ter um orientador adicional por achar que é benéfico e fazer todo o sentido tendo em conta o plano de trabalho...
Já tentei ligar para a FCT, mas não atendem... gostaria de saber se administrativamente é possível fazê-lo desde que não represente maior encargo financeiro para a FCT, ou se é um questão rígida como a alteração do título, por exemplo.

É assim... A FCT apenas tem a ver com dinheiro. Se queres vir a colaborar com essa pessoa, e eventualmente até colocá-la como co-orientador, de modo que isso não traga mais encargos para a FCT ou uma nova instituição de acolhimento, ou assumindo tu as despesas extras se a FCT recusar assumi-las, o teu orientador está de acordo com isso e vai passar um parecer favorável nesse sentido, provavelmente a FCT não vai levantar problemas. Quem, no fundo, terá de aceitar esse co-orientador é o teu orientador e a tua universidade. Desde que te doutores, o teu orientador concorde e a FCT não tenha de pagar mais por isso para além de, eventualmente, uma estadia de 3 meses no estrangeiro em toda a bolsa para formação complementar, creio que em princípio não levantará problemas.
Creio que é uma questão mais ou menos tão rígida como a alteração do título da tese ou qualquer outra do plano de trabalhos, que desde que pedida acompanhada de parecer favorável do teu orientador, não costuma levantar problemas.