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Documentação em Português aceite no estrangeiro?
Enviado: quinta abr 28, 2005 2:32 pm
por Susana Relvas
Olá a todos.
Venho aqui apenas num pequeno desabafo partilhar uma das muitas situações que vou encontrando no meu percurso em investigação e que considero ridículas, já para não enumar outros atributos!
Estou em fase de inscrição num curso que irá decorrer em Barcelona em Junho e como tal tenho de tratar da documentação para a inscrição, a saber:
- CV
- Declaração a dizer que sou aluna de doutoramento do IST
- Carta de recomendação.
Ora, como o curso é no estrangeiro, será normal eu enviar toda a documentação em inglês...
O cúmulo dos dos cúmulos é que o nosso IST não passa declarações deste tipo em inglês (!!!!!!!!!)...
Já alguém passou por alguma situação destas? O que é me aconselham a fazer? (Além de já ter canalizado as respectivas reclamações...).
Traduzir e autenticar? Quanto é que isso vai custar? Quanto tempo vai levar??
E depois andamos nós a ouvir que andam a discutir os processos de Bolonha e afins...
Re: Globalização... ??
Enviado: quinta abr 28, 2005 3:25 pm
por Paulo J. N. Silva
Susana Relvas Escreveu:Olá a todos.
....
O cúmulo dos dos cúmulos é que o nosso IST não passa declarações deste tipo em inglês (!!!!!!!!!)...
.....
Já alguém passou por alguma situação destas? O que é me aconselham a fazer? (Além de já ter canalizado as respectivas reclamações...).
Traduzir e autenticar? Quanto é que isso vai custar? Quanto tempo vai levar??
E depois andamos nós a ouvir que andam a discutir os processos de Bolonha e afins...
Faco a publicidade ao British Institute que traduz de Ingles para Portugues com "valor juridico" . Nao sei se ao contrario tambem funciona.
Sao tristes estas situacoes, e somos nos que pagamos sempre.
O processo de Bolonha nao lida com doutoramentos de forma directa. Vai principalmente ate ao terceiro ciclo de educacao, o curso superior.
Enviado: quinta abr 28, 2005 7:36 pm
por Aragao
e que tal enviar a documentacao em Portugues mesmo?
Eu aqui em France tenho um contrato com o instituto onde faço investigação. Esse contrato (sem remuneracao mas que me permite utilizar as instalações, ter badge de entrada no site e ter descontos na cantina equivalentes aos estudantes de doutoramento) implica que tenho de provar todos os anos que estou a ser financiado pela FCT. Como a FCT não me dá a carta de renovação do contrato em Inglês eu simplesmente entrego uma cópia em Português mesmo... e eles simplesmente olham para as datas e aceitam.
Será que em Barcelona não é mais próximo em termos de língua e eles não aceitam a documentação que o IST produz?
David
Documentos em português
Enviado: sexta abr 29, 2005 11:12 am
por agrenha
Olá. Eu estou a fazer o doutoramento em Santiago de Compostela e aqui também tenho entregue toda a documentação em português. Eu sei que aqui também falam galego e que isso pode simplificar as coisa, mas o caso é que nunca me pediram nada traduzido para castelhano. No entanto, devo dizer que para candidatura a bolsas do ministério da educação espanhol (bolsas FPU, equivalentes às nossas da FCT) exigem tradução de toda a documentação.
Eu tentaria de qualquer forma entregar em português, porque a tradução é caríssima. A mim pediram-me 8 cêntimos por palavra, pelo que já vês.
Ana
Enviado: sábado abr 30, 2005 6:02 pm
por jarodrigues
Ola Susana,
Concordo com a ultima resposta da Ana, tenta entregar os documentos em portugues, normalmente nao ha problema nenhum.
Recordo-me ha uns anos quando vim para inglaterra traduzi todos os documentos para ingles (no british council - que funciona mto bem - mas penso que paguei acima de 50 euros por pagina) e depois de discutir com outras pessoas nas mesmas condicoes chegamos a conclusao que mtos entregaram em portugues e nunca houve problemas nenhuns.
Como e um curso que vais assistir tenta contactar os responsaveis, normalmente sao bastante atenciosos.
Joao
Enviado: terça mai 10, 2005 10:45 am
por Susana Relvas
Mesmo com a referida declaração em português, fui aceite no curso.
A sorte é que o curso decorre em Barcelona e neste caso a língua não é um entrave...
Mas continuo a questionar-me porque é que coisas tão simples ainda fazem tanta confusão no nosso sistema...