O que é isto da lista dos "pendentes"?! E o recurso?

[Luís Vilar]

Caros amigos,

A minha candidatura a BD ficou em 2º da lista dos que estão com a decisão suspensa. Que quer isso dizer? Existem vagas especiais para os projectos em lista suspensa que serão a dividir com os da lista suspensa da 2ª fase? Qual a probabilidade de vir a ser escolhido?

Cumprimentos,

LV.

[Raquel Quintã]

Olá,

Pelo que entendi o que vai acontecer é que a tua candidatura será avaliada novamente juntamente com quem concorreu na segunda fase... Portanto o teres ou não bolsa vai depender da qualidade da concorrência na segunda fase... Já que ficaste agora em segundo lugar imagino que as possibilidadades de vires a ter bolsa são boas...

normalmente há mais pessoas a concorrer na segunda fase do que na primeira e por isso também mais bolsas a serem atribuidas...

Boa sorte,
Raquel

[manecas]

Bom dia,
Para dizer a verdade, os "pendentes" integram a segunda fase sem serem reavaliados, é como se lhes fosse dada uma segunda chance mas a nota que lhes é aribuida fica a mesma.
Agora é ter esperanças que os que vêm na segunda fase tenham baixas para que tu possas "subir" e nesse caso teres a bolsa...
Eu também estou nessa "border line"...
Boa sorte, e se sabes rezar, força...
Digo isto porque embora seja o primeiro na lista dos pendentes, tenho de considerar a possibilidade de que apareçam candidatos com valores maiores...
Isto sem querer desmoralizar claro mas é bom ser-se realista...
Manuel

[Catarina_CC]

Eu fiquei em primeiro nessa zona cinzenta... É ultra-frustrante.
Dizem que costumam aparecer mais candidaturas na 2ª fase? E a linha de corte, sabem se costuma subir ou descer?
A minha questão é: imaginando um cenário (muito improvável) em que na 2ª fase não havia mais candidaturas para a minha área científica, todos os candidatos da área cinzenta teriam direito a bolsa?

[manecas]

Boa tarde,
Era bom era!!!
Em alguns casos a segunda fase apresenta mais candidatos, noutros menos, depende de demasiadas circunstâncias para especular.
Mas como me disseram os que se encontram em primeiro na linha marginal têm mais chances de ter a bolsa, embora nada seja garantido.
Eu no meu grupo somos unicamente 9, é possivel que venha a "explodir" na segunda fase...
No fundo nem muda grande coisa, estamos dependentes das notas dos da segunda fase.
Mas a sério, isso de ninguém se candidatar para a segunda fase seria propriamente um milagre...
Boa sorte

[manecas]

Desculpa nem respondi,
Como isso nunca deve ter acontecido é dificil responder.
Mas seria normal que todos dessa zona tivessem isso porque as verbas atribuidas a cada disciplina foram divididas pelas duas fases... sem segunda fase as verbas dessa voltam para a primeira...
Penso que é o que aconteceria.

[Luís Vilar]

A questão que se coloca é a seguinte:

Com quem deverão "competir" estes ditos "pendentes"? Com os pendentes da 2ª fase ou também com os de "entrada directa" da 2ª fase?

Ou seja, existem vagas especiais a dividir pelos "pendentes" de ambas as fases ou não?

Cumprimentos,

LV.

[Echuu]

Vamos lá ver se consigo explicar (valores imaginários):

1ª Fase - 100 candidatos; linha de corte de 4,29.
70 aceites (todos acima da linha de corte, ou igual à linha de corte); 10 pendentes (digamos que estão entre 4,29 e 4,00); 20 rejeitados (classificados abaixo de 4,00).

2ª Fase - 90 candidatos; linha de corte de 4,19.
aceites todos acima da (ou iguais à) linha de corte. São aceites também aqueles pendentes da 1ª fase que ficaram classificados com nota acima de (ou igual a) 4,19 (mas que estavam abaixo de 4,29). Todos os outros são rejeitados (incluindo os pendentes da 1ª fase que estavam acima de 4,00, mas abaixo de 4,19).

Simples?

[manecas]

Boa tarde,
Extremamente claro, muito obrigado.
No entanto tenho uma pergunta:
De que depende a descida do valor da linha de corte? Pode descer muito? pouco?
Como e quando é que isso se pode saber? Sobre que coisa se pode especular?
No meu caso por exemplo estou na "corda bamba" num grupo total de 9 candidatos, dos quais 4 tiveram, 4 em corda e um recusado. Eu estou em quinto.
A segunda fase conta com mais candidatos?
Isto é pedir muito,
Obrigado e boa sorte a todos...

[Echuu]

Boa tarde,
Extremamente claro, muito obrigado.
No entanto tenho uma pergunta:
De que depende a descida do valor da linha de corte? Pode descer muito? pouco?
Como e quando é que isso se pode saber? Sobre que coisa se pode especular?
No meu caso por exemplo estou na "corda bamba" num grupo total de 9 candidatos, dos quais 4 tiveram, 4 em corda e um recusado. Eu estou em quinto.
A segunda fase conta com mais candidatos?
Isto é pedir muito,
Obrigado e boa sorte a todos...

Não sei ao certo, mas deduzo que o valor da linha de corte da 2ª fase dependa, pelo menos, da quantidade de bolsas que podem dar para essa área e das classificações dos candidatos. Por ex., se estipularem que vão dar 70 bolsas, e se os primeiros 70 candidatos estiverem todos acima de 4,4, obrigatoriamente a linha de corte sobe; o inverso também é válido.
Se a 2ª fase conta com mais candidatos, isso não faço ideia. Há quem diga que na 2ª há mais candidaturas, há quem diga que não. O que eu sei é que na 2ª fase do ano passado, na minha área, a linha de corte desceu um pouco. Não sei se isso é uma tendência ou apenas um acaso.

[manecas]

Obrigado,
No meu caso(antropologia) o que é estranho é que no ano passado concorreram na primeira fase 17, dos quais 10 tiveram, na segunda candidataram-se 24 dos quais 8 tiveram.
O que eu acho incrivel é que este ano sejam muito menos visto sermos ao todo 9!
Ora, e se a linha de corte é simplesmente a metade (ou quase) e nem por isso dependente do dinheiro disponivel... porque se fosse o caso todos os da primeira fase, ou quase, teriam a bolsa...
O que acham disto?

[jormorais]

De facto isso foi coisa que também estranhei este ano. Na minha área (Ciências Jurídicas) o ano passado em 1ª fase concorreram 25 pessoas e logo 12 tiveram bolsa, 3 ficaram pendentes e 10 foram recusados. Na 2ª fase concorreram mais 32 pessoas das quais 16 tiveram bolsa e 16 foram recusados. Os pendentes da 1ª foram recusados porque a linha de corte manteve-se inalterada nos 4,2 que, diga-se, era logo superior à nota dos 3 pendentes (ou seja, os pendentes ou zona cinzenta eram pessoas próximas mas abaixo da linha de corte definida logo para a 1ª fase). Dá para ver também que foram atribuídas bolsas a metade dos candidatos de cada uma das fases.

Este ano na 1ª fase concorreram apenas 15 pessoas e só foram atribuídas apenas 5 bolsas (1/3 portanto dos candidatos), ficaram 8 pendentes e 2 recusados. A forma de distribuição é pois completamente diferente da do ano passado. A linha de corte de 1ª fase está nos 3,5 (pelo que os 2 recusados encontram-se abaixo deste valor) e os 8 pendentes estão todos acima disso, com valores que vão dos 3,79 aos 4,16.

[Echuu]

Impossível. Os "pendentes" têm que estar abaixo da linha de corte.

[jormorais]

Echuu,

talvez seja melhor saber antes o que chamas de "linha de corte". Referes-te à nota do último com bolsa atribuída ou à informação que é dada na página da tua avalição onde diz "as candidaturas com notas inferiores a X não estão propostas para concessão?

Pelo que percebi o que sucede é que afinal existem 2 linhas de corte: uma inferior e uma superior. A inferior é indicada e todos abaixo dessa estão imediatamente sem bolsa; a superior não é definida qual seja (apenas ficamos a saber qual a nota do último candidato com bolsa o que não quer dizer que seja exactamente esta a pontuação para a linha de corte superior) mas implica que todos abaixo dela fiquem pendentes.

Posso dizer que este ano em Ciências Jurídicas a linha de corte inferior foi entao de 3,5 e 2 candidaturas foram recusadas por estarem abaixo desse valor. Posso dizer também que o 1º candidato pendente tem 4,16 e que o último candidato com bolsa tem 4,39. Daqui dá para inferir a dita linha de corte superior seja um valor entre os 4,16 e os 4,39, por exemplo, e muito provavelmente os 4,2 que correspondem à linha de corte do ano passado.

Sucede é que o ano passado não havia 2 linhas de corte propriamente, logo na 1ª fase foi dito que as candidaturas abaixo de 4,2 não estavam propostas para concessão e os tais 3 que haviam ficado pendentes encontravam-se abaixo dessa indicação. Este ano é indicado que as candidaturas abaixo de 3,5 são recusadas, mas depois existe uma tal linha de corte superior indefinida que separa o último com bolsa dos pendentes (mas todos eles acima dos tais 3,5).

[Echuu]

Se tivesses visto o meu post mais acima, com valores fictícios, perceberias facilmente o que entendo por linha de corte. E o ano passado foi assim que funcionou, presumi que este ano fosse idêntico. Pelos vistos não é, erro meu.
Linha de corte é, para mim, o valor abaixo do qual não é atribuída bolsa. Ou seja, aquilo a que tu chamas linha de corte superior. O que tu chamas linha de corte inferior define, em conjunto com a 1ª, os "pendentes". Mas a linha de corte não deixa de ser a mais alta, pois só até aí é que são atribuídas bolsas.
Como tu dizes que se processa este ano, para mim não faz sentido. É tornar o processo ainda mais vago...

[jormorais]

Pois... daí o meu espanto em relação ao funcionamento disto este ano. Pelo menos em Ciências Jurídicas foi assim: só tem mesmo bolsa recusada (independentemente de 2ª fase) quem está abaixo de 3,5. Depois há 8 pendentes com nota superior a isso mas inferior à tal "linha de corte superior" não definida que podem ou não ter bolsa dependendo da 2ª fase.

O que sucede, quanto a mim claro, é que no ano passado não se falava (por parte da FCT) em linhas de corte superior e inferior. Simplesmente havia uma linha de corte, todos abaixo não tinham em princípio bolsa, mas a FCT decidia que uns quantos desses abaixo dessa linha ainda ficavam pendentes. Este ano decidiu-se criar 2 linhas de corte "formais", a "inferior" que implica a imediata e definitiva recusa de bolsa (ou seja, mesmo que em teoria não houvesse candidatos de 2ª fase, ou estes tivessem todos notas mais baixas, nem assim os agora abaixo de 3.5 têm bolsa) e uma dita "superior", sobre a qual não é dado um valor certo, mas que só esta é "móvel" dependendo dos candidatos de 2ª fase.

[frame]

Amigos,

Estou também na desagradável situação de "pendente" (na zona cinzenta). Podem-me só confirmar uma coisa (peço desculpa se já foi respondido, contudo não encontrei após pesquisa no fórum):

- Não podemos ainda interpor recurso sobre a decisão (isto é, sobre as classificações atribuídas), certo? Temos de esperar pela saída dos resultados da segunda fase, certo? É que, desde já, discordo de uma das notas que me atribuíram ...

Muito obrigado pela atenção,

José

[Echuu]

No ano passado, pude interpôr recurso até 15 dias (acho que úteis) após a divulgação do resultado. De qualquer forma, os recursos só são avaliados em conjunto com os da 2ª fase, pelo que demora uma eternidade...
Se vais a recurso, conta saber o resultado por volta de 1 ano após a data de candidatura à 1ª fase.

[manecas]

Boa noite josé,
Pois, isso de reclamar antes do que quer que aconteça acaba ou por se cuspir no prato, ou por antecipar ou que nem o pode ser...
Mas para responder concretamente, eu tenho o mesmo sentimento de revolta quanto a uma das notas mas visto que estou pendente tenho que esperar até novembro...
No que diz respeito às linhas de corte estou a ver que nem leis nem logicas, por isso o que nos resta é esperar sem especular demasiado visto que isto muda sempre...
Ainda por cima, estar notopo da lista nem sempre constitui um conforto...
O universo decide, nem sequer é a FCT...
Boa sorte

[Echuu]

manecas: não posso deixar de notar que é essa atitude conformista que faz com que o sistema seja como é e que a FCT faça o que quer e lhe apetece. O que é que ainda não aconteceu? Já decorreu a 1ª fase, já sairam as avaliações, não percebo o que é que falta a quem se candidatou na 1ª fase...
Não há qualquer forma de se cuspir no prato, especialmente porque já não podem alterar a nota atribuída a não ser no recurso. Além disso, há prazos legais para cumprir, que embora não se apliquem à FCT esta faz questão de que os candidatos os cumpram religiosamente. Logo, quem tenciona interpôr recurso deve cumpri-los ou acaba por perder a oportunidade.

Quem não concorda com a forma como foi avaliado, especialmente se há erros flagrantes e facilmente refutáveis, não tenha qualquer problema em reclamar, estão no vosso inteiro direito. Se duvidam, consultem o código do procedimento administrativo.