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Esclareçam-me uma dúvida: quando a FCT assume uma bolsa de doutoramento, assume não apenas o pagamento da bolsa ao bolseiro como também o das propinas à instituição de acolhimento. Se eu não estou enganada parte desse dinheiro deveria ficar disponível para proporcionar ao bolseiro as devidas condições de trabalho. No entanto, pelo menos no meu caso, o centro de investigação onde trabalho não vê um tostão desse dinheiro que possa pagar o que eu gasto...

Isto é legal? Pode a Universidade reter nos seus orgãos centrais, num grande saco azul, aquilo que deveria ser direccionado para garantir as condições de trabalho de um bolseiro específico? Claro que há as contas gerais, como seja a electricidade, mas eu não gasto 600 contos (valor da propina) de electricidade por ano, acho eu...

Que me dizem a isto? Nas vossas instituições de acolhimento isto também se passa assim?

Esclareçam-me uma dúvida: quando a FCT assume uma bolsa de doutoramento, assume não apenas o pagamento da bolsa ao bolseiro como também o das propinas à instituição de acolhimento.

Sim

Se eu não estou enganada parte desse dinheiro deveria ficar disponível para proporcionar ao bolseiro as devidas condições de trabalho. No entanto, pelo menos no meu caso, o centro de investigação onde trabalho não vê um tostão desse dinheiro que possa pagar o que eu gasto...

Eles sabiam isso desde do inicio, e um problema entre o centro e a fundacao que gere o dinheiro na tua universidade, existem regras para isso.

Isto é legal? Pode a Universidade reter nos seus orgãos centrais, num grande saco azul, aquilo que deveria ser direccionado para garantir as condições de trabalho de um bolseiro específico?

A propina e para a Universidade, para as varias despesas.

Claro que há as contas gerais, como seja a electricidade, mas eu não gasto 600 contos (valor da propina) de electricidade por ano, acho eu...

Que me dizem a isto? Nas vossas instituições de acolhimento isto também se passa assim?

Sim. A diferenca e que entre uma bolsa de doutoramento em Portugal e no estrangeiro, existe uma bench fee que e paga no estrangeiro directamente ao grupo onde se esta a trabalhar. Tal nao acontecendo em Portugal

Paulo J. N. Silva Escreveu:
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Sim. A diferenca e que entre uma bolsa de doutoramento em Portugal e no estrangeiro, existe uma bench fee que e paga no estrangeiro directamente ao grupo onde se esta a trabalhar. Tal nao acontecendo em Portugal

Mais ou menos. No ITQB-UNL ate' ha' bem pouco tempo o grupo recebia uma parte desse dinheiro que chega ao instituto. Agora como ha muitos problemas financeiros nao estou certo que ainda assim seja. Era o chamado dinheiro de bancada...

David

P.S: outra discussao aqui no forum sobre a mesma questao:
http://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?p=1590#1590

O dinheiro que a FCT paga é para as propinas ou melhor, existe um subsídio da FCt para inscrições, matrículas ou propinas. Este subsídio tem um valor máximo que difere se o bolseiro está em Portugal ou no estrangeiro (ver http://www.fct.mces.pt/pt/apoios/bolsas/valores/#).

Nos casos em que a Universidade não cobra propinas (como por exemplo a FCUL para os doutoramentos) o dinheiro vem na mesma e vai para o grupo onde o bolseiro está a fazer o doutoramento (excepto uma pequena percentagem que é cobrada pelo departamento). A este dinheiro chama-se muitas vezes dinheiro de bancada mas é apenas o dinheiro das propinas, não existe nenhum outro subsídio.

O mesmo parece-me que se passará para o estrangeiro. Ou seja, nos casos em que a propina seja mais baixa que o valor máximo do subsídio que a FCT atribui, o resto do dinheiro pode ser usado para dinheiro de bancada.

Alexandra

Tanto quanto sei, na FLUP o departamento não recebe nada pela formação dos doutorandos (o valor anual das propinas é 2500€).

As propinas são uma pequena parte do financiamento. Mais grave é utilizarem o dinheiro erradamente de financiamentos de projectos de ID e de outros financiamentos da FCT:

http://www.fct.mct.pt/pt/apoios/investi ... nciamento/