Problemas graves com o orientador
Enviado: quinta out 14, 2021 2:55 pm
Boa tarde,
Estou numa situação muito complicada no meu doutoramento e não sei como resolver, se alguém me conseguisse aconselhar, agradecia.
O meu orientador nunca teve uma orientação presente, era sempre eu a solicitar reuniões para dar conta do trabalho já realizado. Nunca houve qualquer feedback nem interesse pelo que estava a fazer.
Há 2 anos atrás, o meu orientador lembrou-se da minha existência e começou-me a pressionar para entregar capítulos, quando ainda tinha parte da investigação por fazer. Tive uma bolsa mista e ia finalizar o meu trabalho de campo fora de Portugal quando começou o covid. Não só não pude sair do país, como tive de refazer o projecto de tese, uma vez que já não era possível cumprir com o plano de trabalhos. Para além da incerteza geral devido à pandemia, a reformulação ocupou-me alguns meses e quase no final do ano, quando apresentei o que tinha, fui acusada de não ter trabalhado o suficiente durante a quarentena. Depois de ser chantageada a apresentar capítulos num prazo extremamente curto e de cuja aceitação dependia a minha renovação da bolsa, o meu orientandor decidiu que o meu trabalho não estava em condições e não renovou a bolsa propositadamente, deixando-me numa situação financeira extremamente complicada. Seguiram-se várias trocas de emails com acusações de que não tinha cumprido as minhas obrigações e que se não tinha meios finaceiros, devia desistir. Ora eu trabalhei muito para esta tese, tem sido um investimento pessoal e financeiro muito grande, até porque não tive bolsa desde o início e, mesmo assim, tenho sido comparada comos meus colegas que tiveram financiamento por 4 anos, fui acusada de incompetente, etc. Obviamente que esta situação se traduziu num desgaste mental grave, com necessidade de ser acompanhada por psicologo e psiquiatra e ponderei fazer queixa à FCT e à minha universidade, mas acabei por desistir porque se avançasse iria sofrer ainda mais as consequências.
Tentei arranjar trabalho no início do ano, mas entramos novamente em confinamento e tive de sobreviver com as poupanças que tinha. Neste momento estou a ser apoiada pela segurança social, com todas as obrigações que isso implica, e tenho tentado fazer o melhor que posso com o que tenho disponível. Mas continuo a ser acusada de não trabalhar, de não cumprir com as obrigações que tinha assumido com a instituição de acolhimento e a fct, e de faltar ao respeitoà orientação, quando não fiz mais do que explicar incontáveis vezes a situação em que me encontro. Já não sei mais o que fazer ou o que responder e a coordenação do doutoramento é totalmente conivente com a orientação. Tudo isto tem-me provocado um enorme desgaste mental e não sei se a ideia é fazerem-me desistir.
Obrigada.
Estou numa situação muito complicada no meu doutoramento e não sei como resolver, se alguém me conseguisse aconselhar, agradecia.
O meu orientador nunca teve uma orientação presente, era sempre eu a solicitar reuniões para dar conta do trabalho já realizado. Nunca houve qualquer feedback nem interesse pelo que estava a fazer.
Há 2 anos atrás, o meu orientador lembrou-se da minha existência e começou-me a pressionar para entregar capítulos, quando ainda tinha parte da investigação por fazer. Tive uma bolsa mista e ia finalizar o meu trabalho de campo fora de Portugal quando começou o covid. Não só não pude sair do país, como tive de refazer o projecto de tese, uma vez que já não era possível cumprir com o plano de trabalhos. Para além da incerteza geral devido à pandemia, a reformulação ocupou-me alguns meses e quase no final do ano, quando apresentei o que tinha, fui acusada de não ter trabalhado o suficiente durante a quarentena. Depois de ser chantageada a apresentar capítulos num prazo extremamente curto e de cuja aceitação dependia a minha renovação da bolsa, o meu orientandor decidiu que o meu trabalho não estava em condições e não renovou a bolsa propositadamente, deixando-me numa situação financeira extremamente complicada. Seguiram-se várias trocas de emails com acusações de que não tinha cumprido as minhas obrigações e que se não tinha meios finaceiros, devia desistir. Ora eu trabalhei muito para esta tese, tem sido um investimento pessoal e financeiro muito grande, até porque não tive bolsa desde o início e, mesmo assim, tenho sido comparada comos meus colegas que tiveram financiamento por 4 anos, fui acusada de incompetente, etc. Obviamente que esta situação se traduziu num desgaste mental grave, com necessidade de ser acompanhada por psicologo e psiquiatra e ponderei fazer queixa à FCT e à minha universidade, mas acabei por desistir porque se avançasse iria sofrer ainda mais as consequências.
Tentei arranjar trabalho no início do ano, mas entramos novamente em confinamento e tive de sobreviver com as poupanças que tinha. Neste momento estou a ser apoiada pela segurança social, com todas as obrigações que isso implica, e tenho tentado fazer o melhor que posso com o que tenho disponível. Mas continuo a ser acusada de não trabalhar, de não cumprir com as obrigações que tinha assumido com a instituição de acolhimento e a fct, e de faltar ao respeitoà orientação, quando não fiz mais do que explicar incontáveis vezes a situação em que me encontro. Já não sei mais o que fazer ou o que responder e a coordenação do doutoramento é totalmente conivente com a orientação. Tudo isto tem-me provocado um enorme desgaste mental e não sei se a ideia é fazerem-me desistir.
Obrigada.