Mufanga Escreveu:No meu caso (BPD em Biotecnologia) também estava discriminada a pontuação dada a cada artigo, tendo em conta autoria, quartil da área, etc.
E eu relação às condições de acolhimento havia alguma referencia a factores de ponderação entre orientador e co-orientador?
Rita88 Escreveu:Eu tenho uma duvida... alguém me consegue explica isto (artigos ISI, primeiro autor).... é impressão minha ou na avaliação dos orientadores e co orientadores só contam os artigos ISI de primeiro autor? Em ponto algum no guião de avaliação disponibilizado é referido que apenas isso ia ser tido em conta.
Os artigos têm de estar indexados para contarem, seja ou na ISI ou na SciMag. Agora, o peso de cada um e se só os de 1o autor ou todas as autorias contam acho que depende do painel e dos critérios por eles decididos.
Falo-te do caso do meu painel, BPD em Biomedicina. Os artigos eram avaliados pelo quartil da revista, e se eras 1 ou último autor, ou um no meio. O problema é que uma 1a autoria numa revista Q1 dava logo 0.4 pontos, pelo que duvido que pouca gente teve menos de 5 no mérito do candidato. Foi uma burrada do painel, pois impede que pessoas com bom currículo estejam melhor classificadas do que piores currículos.
Boa tarde,
Essa informação relativamente aos 0.4 pontos por artigo estava descriminada na tua avaliação do mérito do candidato? Na minha não está qual ou quais as bonificações atribuídas nem o peso de cada uma...
Cumprimentos
mas isso refere-se a nós candidatos ou aos orientadores /co orientadores ? porque a minha duvida era em relação aos orientadorese co-orientadores.
Sinceramente para mim isso nem tem muita lógica de avaliação, o que não faltam ai são orientadores que por exemplo pouco artigos ISI têm, mas que têm excelentes curriculos, se calhar melhor que alguns com varias artigos ISI.
Aqui fica o comentário que acabo de lacrar no FCTSIG tendo em vista audiência prévia. É evidente que não vou ter a bolsa e só faço um comentário com este teor porque, em Março, começo a trabalhar numa entidade da minha área, mas que em nada depende da FCT.
Caros senhores (sim, porque de "excelentes" nada têm),
O meu programa de trabalhos está incluído, ao contrário do que indicam, num projeto financiado pela vossa própria instituição, a saber: Agriculture in Portugal: Food, Development and Sustainability (1870-2010) com a referência PTDC/HIS/122589/2010. Aliás, são vocês que me pagam há quase 2 anos, isso consta no meu CV disponível desta plataforma, foi indicado corretamente na candidatura que fiz e, adicionalmente, a coordenadora do projeto - Dulce Freire - anexou uma carta de recomendação com essa referência. Portanto, na avaliação do programa de trabalhos têm que, obrigatoriamente, conceder os 0,5 valores que retiraram incorretamente.
Quanto à avaliação que foi realizada do centro de investigação e do orientador. No ano passado, o mesmo orientador, com o mesmo CV, obteve a nota máxima, e, no mesmo sentido, o centro de investigação era o mesmo: o ICS/UL, classificado como excelente pela vossa própria instituição e que sempre, sem exceção, obteve 5 valores nesse parâmetro.
Assim, refazendo as contas, a avaliação final JUSTA da minha candidatura é a seguinte: (3,7*0,4)+(5*0,4)+(5*0,2) = 4,48. Ou seja, bem acima da linha de corte, pelo que a concessão de bolsa seria a única solução JUSTA a todo este processo. Contudo, sei perfeitamente que isso não vai acontecer - o que, aliás, justifica a forma informal como me estou a dirigir a vós - , num processo que talvez tenha resposta algures perto do Verão, só posso concluir que os senhores são uma instituição ou extremamente INCOMPETENTE, ou extremamente CORRUPTA ou ambas.
Até há pouco tempo esta decisão, completamente INJUSTA e sem o mínimo de TRANSPARÊNCIA, atirar-me-ia para a miséria absoluta, sem qualquer rendimento. Felizmente para todos, sobretudo para vocês, isso não acontecerá.
Uma última nota caso este ROUBO se deva ao facto de eu frequentar um programa doutoral que já foi contemplado com 4 bolsas de doutoramento - o PIUDHist. Eu sou aluno da edição anterior e, por esse motivo, foi-me vedado, assim como a alguns colegas, a candidatura às bolsas do referido programa.
Para quem tiver acesso, decorre neste momento na TVI24 um debate entre FCT e ABIC sobre as bolsas...argumentos irrisórios de Miguel Seabra "não se trata de uma razia, fomentamos a excelência e a competitividade"
DanihF Escreveu:Para quem tiver acesso, decorre neste momento na TVI24 um debate entre FCT e ABIC sobre as bolsas...argumentos irrisórios de Miguel Seabra "não se trata de uma razia, fomentamos a excelência e a competitividade"
Olá Colega,
Ouvi a reportagem na TVI24. Neste momento não tenho qualquer dúvida que se trata de uma acção consertada para "enviar" muita gente para o estrangeiro, muitos investigadores que estão no desemprego e que estão a engordar a taxa de desemprego. Claro que depois vêm para cá os alguns investigadores estrangeiros, que ficam por algum tempo possivelmente e regressam depois aos seus países.... esses não fazem parte das listas de desemprego.... A competitividade e excelência não é mais que um pontapé naqueles que estão a mais, que são quase todos nós, a quem eles não conseguem dar um futuro, porque gastaram os fundos europeus à papesseco e agora vamos aumentar a competitividade que não é mais que pôr cá outros. Na minha área 57 candidatos, 4 bolsas aprovadas, nenhum português. Só posso concluir que somos muito fracos. Perdoem-me! Deve ser isto....
cmf1 Escreveu:Aqui fica o comentário que acabo de lacrar no FCTSIG tendo em vista audiência prévia. É evidente que não vou ter a bolsa e só faço um comentário com este teor porque, em Março, começo a trabalhar numa entidade da minha área, mas que em nada depende da FCT.
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ena pa, gabo-te a coragem em dizer tudo muito directamente eu fiquei-me pelas entrelinhas na minha reclamaçao ja lacrada.
boa sorte para o que se segue.
Não pensem que sou assim tão forte, eu só fiz esta reclamação porque em Março começo a trabalhar noutro sítio ligado à minha área. Ou seja, mesmo que tivesse ganho a bolsa, iria recusá-la. E como não tenho nada a perder............quando concorri ainda dependia da bolsa a 100%, mas como os concursos demoram tanto tempo, entretanto consegui um emprego
tenho seguido o Forum, relativamente ao painel de agricultura e ciencias florestais o total de candidatos foi de 93 (não 70) e as bolsas concedidas 6 (não 9). A maioria dos 30 primeiros candidatos são Post-doc experientes.
Foi interessante ver que as regras da mobilidade nunca foram aplicadas e tão pouco a regra de preferencia por alunos que terminaram recentemente o doutoramento. Já agora como consegue um avaliador comparar e avaliar um CV de um 'fresh PhD student' e um 'Sénior Post Doc'? Não deve ser nada fácil.
Concordo com muitas das opinioes expressas no Forum. Desde logo os alunos que fazem mestrado e doutoramento numa instituição nao deveriam ser permitidos voltar à casa mae por 3 ou mais anos (como na Suecia), mas aqui engana-se colocando o aluno como estando noutra universidade mas permanecendo no mesmo laboratorio.
Quanto à manifestação só vale a pena e com mérito se os Professores Universitarios se juntarem, uma vez que sem alunos de dout e Post doc irão ter de fazer todo o trabalho (burocracia + aulas+ investigação).
Mais do que analisar as percentagens e concessões de bolsas por painel, seria interessante calcular o numero total de bolsas por área tendo em consideração as também dadas através dos planos doutorais. Isto de forma a materializar o completo desprezo a que foram votadas as ciências sociais que não só têm % de concessão de bolsa baixíssimas como têm pouquíssimas vagas nos planos doutorais.
Mais do que analisar as percentagens e concessões de bolsas por painel, seria interessante calcular o numero total de bolsas por área tendo em consideração as também dadas através dos planos doutorais. Isto de forma a materializar o completo desprezo a que foram votadas as ciências sociais que não só têm % de concessão de bolsa baixíssimas como têm pouquíssimas vagas nos planos doutorais.
Eu posso falar dos números dos concursos e painéis aos quais concorri.
A um programa doutoral em Geociências pelo IDL eles apenas têm 8 bolsas para oferecer. E no meu painel de avaliação, Engenharia Civil, foram dadas 14 bolsas, no entanto concorreram 140 e tal pessoas.
Não sei como é que eles fizeram essas contas mas já se está a ver que justo não foi...
cmf1 Escreveu:Até há pouco tempo esta decisão, completamente INJUSTA e sem o mínimo de TRANSPARÊNCIA, atirar-me-ia para a miséria absoluta, sem qualquer rendimento. Felizmente para todos, sobretudo para vocês, isso não acontecerá.
Uma carta objectiva e sem rodeios, gostei de ler. Não percebi contudo a parte em que dizes "sobretudo para vocês".
Está mais que visto que eles pouco se interessam com o teu destino ou o de qualquer um de nós...
A resposta é simples, porque, nesse caso, eu não iria a manifestações. Simplesmente entraria armado na Carlos I e espetava um tiro na rótula do Miguel Seabra. Iria preso, não por muito tempo, mas até ao fim da vida, sempre que existissem alterações na meteorologia, ele ir-se-ia lembrar que a corrupção lhe tinha saída cara, bem como os seus sucessores.