Bom nao sei se ha muita gente que ja passou por este tipo de situacao desagradavel, mas tambem nao creio que seja algo original. E de facto penoso chegar a este ponto mas o que e facto e que a unica forma que o bolseiro tem de mostrar o que vale, especialmente quando a relacao com o orientador nao foi brilhante, e pela publicacao de artigos respeitantes ao trabalho desenvolvido. E infelizmente no meu caso, estou ha mais de 1 ano a espera que o meu ex-orientador se disponha a corrigir os mesmos, alias um deles. Os emails acumulam-se e ha sempre desculpas pelo meio que em poucas palavras se traduzem por: agora nao posso, para a semana, para a outra , para mais tarde... e o tempo passa e eu preciso de arranjar trabalho.
Nunca me foi dito "preto no branco" que os artigos nao sao para publicar. Mas nao percebo o que deva fazer. Tambem nao estou muito habituado ao sistema Portugues e apesar de ja ter contactado a ABIC e FCT ninguem me sabe dizer qual o protocolo a seguir em situacoes destas, ou quais os meus direitos como ex-bolseiro Post-Doc.
Sinto que tenho de tomar uma atitude, por muito que me custe entrar neste tipo de situacoes. Mas trata-se do meu futuro.
Alguem passou ja por algo de semlhante ou sabe de algum caso?
Podemos publicar sem correccoes do orientador? Incluimos o m,esmo no artigo?
Claro que me apercebo de que as chances de voltar a trabalhar em Portugal sao minusculas porque isto aqui e uma "coutada" muito pequena, mas nao me importo de me ir embora de vez.
De qualquer forma ate por razoes psiquicas, preciso de tentar publicar os meus artigos.
A unica vitoria que consegui foi entregar o relatorio final (fiquei so os 3 primeiros anos dos 6) onde inclui TODOS os dados obtidos com o meu trabalho. Digo vitoria porque inclusivamente a carta do orientador demorou ... 6 meses a ser entregue! Comigo sempre a enviar mails. Uma carta-6 meses.....
Enfim, agradecia qualquer "input" vosso.
Gostava de acreditar que os "gostos pessoais" nao interferem no profissionalismo das pessoas mas ja nao sei muito bem se acredito nisto... e o facto e que o excesso de "poder" e o vacuo existente em termos de direitos, alicia a existencia de abusos varios.
Obrigada e bom trabalho,
MP