Receio ter "saltado" o tópico de apresentação mas vou fazer apenas uma pequena apresentação, para ficarem com uma ideia da minha situação. Chamo-me Pedro e sou finalista de um mestrado integrado em ciências de computadores na Faculdade de Ciências da UP. Trabalho à quase 3 anos em investigação, inicialmente com uma BIC, que foi agora alterada para uma BI. Como tantos outros, irei este ano concorrer a uma BD da FCT (boa sorte aos meus "irmãos de armas" nesta luta que se avizinha

Gostaria de expôr aqui uma dúvida minha, que acredito ser a dúvida de muitos outros potenciais alunos de doutoramento. Estou indeciso quanto ao regime de doutoramento que deva seguir. Por um lado, tenho a possibilidade de tirar o phd a tempo inteiro numa universidade de topo (UCL), já tendo sido a minha proposta aceite por uma docente do dept. de CC deles. Por outro lado, também me puseram a hipótese de tirar o phd na UP e fazer umas temporadas em UCL, na universidade de Santiago e em Austin no Texas.
Estar no estrangeiro é, sem dúvida, uma experiência única e recompensadora, assim como será um phd assinado pela quarta melhor universidade do ranking mundial (aliás, dum dos rankings mundiais).
No entanto, em Portugal tenho melhores condições em termos de equipamento e recursos, contactos com a indústria (algo importante no futuro) e a possibilidade de viajar até UCL e Austin.
Tendo em conta que sendo aluno visitante é possível (pelo menos é o que vejo a maior parte das pessoas a fazer) escrever no CV "Tirei o phd na <inserir universidade portuguesa> em conjunto com <inserir lista de universidades estrangeiras onde se esteve>", penso que o facto de o phd ser tirado cá fica um pouco diluído. Isto porque, segundo um professor catedrático meu amigo, o processo de candidatura está extremamente formalizado e o nome da universidade estrangeira tem algum peso mas é maioritariamente psicológico na medida em que afecta quem lê o CV e o que conta é principalmente o número e qualidade das publicações, mais do que qualquer mérito da universidade. Pessoalmente acho isto extremamente injusto para quem esteve 3 ou 4 anos no estrangeiro, mas é a realidade que temos!
Numa última nota, gostaria de relembrar que parece ser a opinião as bolsas no estrangeiro serem mais "arriscadas". Isto porque não nos podemos esquecer que a FCT quer estatísticas e atribuir bolsas no estrangeiro reduz bastante o número total de bolsas concedidas, assim como aumenta a probabilidade de o aluno não voltar a Portugal (e a missão da FCT é "fomentar o conhecimento e investigação em Portugal").
Tendo em conta todos estes factores, qual acham ser o rumo mais acertado a tomar? Pessoalmente, acho que ser aluno visitante em mais do que um sítio acaba por oferecer um melhor rácio sacríficio+risco/recompensa (especialmente se tomarmos em conta os aspectos económicos da permanência no estrangeiro versus continuar a residir em portugal).
Desculpem pelo post descomunal mas está não é uma discussão simples e as variáveis a ter em conta são mais que muitas (se pelo menos fosse possível atribuir pesos a cada uma
