“Money makes the world go round”.

Emprego científico ou emprego para cientistas? Porquê? Para quê? Que futuro?
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Alfredo Baptista
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Mensagem por Alfredo Baptista »

“Money makes the world go round”. Embora este tipo de princípio não seja apanágio da investigação nacional, verificamos que, até certo ponto, a realidade é que é impossível investigar sem se ser financiado, e este financiamento advém essencialmente do pseudo-mérito do candidato (leia-se extensão do curriculum vitae) e não da qualidade daquilo que é proposto. Agora uma outra realidade é certa: para além de dinheiro, é sempre necessário que haja gente disposta a optar (tantas vezes na total ignorância da consequência dos seus actos) pela carreira de investigação. Acho que é assim de uma importância capital alertar atempadamente os futuros licenciados para a situação deplorável da investigação nacional. Sem uma opinião pública informada, não podemos ter um verdadeiro exercício da democracia, e sem cultura não há pão. Pelo que tenho tido oportunidade de aqui ler, é opinião mais ou menos vulgarizada (senão mesmo unânime) que o verdadeiro entrave ao desenvolvimento científico, tecnológico e cultural é a falta de vontade política, aliada a uma enorme falta de preparação dos quadros docentes das universidades. Se assumirmos isto como verdade, a única via para se conseguir parar esta “máquina” viciada é limitar os danos que ela possa criar, impedindo que um número crescente de jovens recém-licenciados inicie as sua actividade sem nada saber sobre o que os espera.
Posso inclusivamente colocar a fasquia mais alto, indo mais profundamente à génese deste problema. A ruralidade deste nosso país é tal que ainda é um objectivo primordial de qualquer pai garantir que o filho possa, pomposa e orgulhosamente, ostentar um Dr. no cartão multibanco. Por esta razão, estão as Universidades cheias de gente que ingressa em cursos sem qualquer saída profissional condigna, e que representam amiúde o resultado dos caprichos consertados de uns quaisquer catedráticos que assim se endeusam e entronizam. Infelizmente, conheço alguns casos destes. E os alunos sem futuro encontram-se permanentemente ameaçados pelo ar reprovador da sociedade caso não concluam esse mesmo curso, mesmo que não possua qualquer interesse prático. Estes são os recém-licenciados que engrossam as estatísticas do desemprego ou da precariedade, e é neste mar de desesperados que a “máquina” recruta grande parte da sua força de trabalho escrava. E a bolsa é uma tábua de salvação, é um sucedâneo fraco do emprego, é algo que não se mastiga mas que enche a barriga. “Da maneira como as coisas estão, até nem é mau, podia estar sem nada” – quantos de nós já não terão ouvido afirmações deste género? E é este manancial de frustrados, muito por culpa da falsa pedagogia dos quadros universitários, que preenche todas os recantos da “máquina”, atingindo o requinte do vício de, um dia, se poderem tornar, eles mesmos, os catedráticos e pedagogos em redomas de cristal. Este é que é o verdadeiro perigo, meus colegas.

Assim para parar a “máquina” e colocá-la a rodar de modo saudável é fundamental:

- informar convenientemente os recém-licenciados ou os futuros licenciados, através de acções de divulgação junto das Associações de Estudantes, cantinas, festas estudantis, outras actividades académicas, ou através de instituições socio-profissionais, como sindicatos ou Ordens profissionais;
- fazer uma campanha de divulgação junto dos alunos de licenciatura numa fase mais incipiente da sua formação, para que se desmistifiquem alguns aspectos relacionados com a investigação científica (nem todos usamos óculos e cabelos despenteados), e para que, adicionalmente, se termine com esta visão demasiado romântica que, tal como qualquer outra paixão na vida, nos tolda o que vemos até que um dia já possa ser tarde de mais...
- prosseguir a discussão pública com os bolseiros que já o são hoje, pois só da reunião desta massa crítica é que surgem ideias práticas exequíveis, alicerçadas na nossa experiência, na nossa vivência e naquilo que todos os dias vemos e sofremos.

Só assim é possível evitar aquilo que temos hoje, pois a “máquina” já nos trucidou a nós, e a prova cabal disso mesmo é estarmos a ter esta discussão.


Alfredo Baptista

Aragao
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Mensagem por Aragao »

Entendo que possas estar toldado por uma experiencia propria muito pouco feliz. Com muitos entraves e muitas pessoas com poder, sem qualidade em teu redor.

Mas a investigacao cientifica nao é so isso. Mesmo em Portugal!
A investigacao cientifica ainda pode ser romantica e dependendo dos locais, de com quem se trabalha e da qualidade inerente de cada um de nos ainda é possivel fazer um bom trabalho e sair mais rico como pessoa e como cientista.

Receio que apesar de muitas coisas certas que afirmas possas levar a desilusao de uma forma demasiado romantica tambem. A verdade é que como algumas areas nao sao valorizadas em Portugal (seja na promocao do proprio emprego em por exemplo startups de biotecnologia ou outras, seja na existencia de carreiras cientificas com pes e cabeca) muitos dos licenciados nessa areas vao para fora de Portugal ... e sao tantas vezes bem sucedidos. Neste contexto cabe-nos a nos lutar e trabalhar para que esse panorama se altere de alguma forma em Portugal. Portugal precisa de licenciados (continuamos a ter um nivel baixo) e de pos-graduados (douroramentos, mestrados,etc). Estes ultimos deveriam ser o motor de novas ideias, novas empresas e novo empreendorismo.


Se a qualidade do ensino nas universidades esta a diminuir.. deve-se criar mecanismos que o voltem a colocar no rumo certo (availacoes com um minimo de poder nas suas recomendacoes, por exemplo). Se os jovens investigadores estam a ser usados como funcionarios das instituicoes temos de lutar nessa denuncia e talvez usar as novas figuras reguladoras previstas no estatuto do bolseiros recentemente aprovado para agir ai.

Nao digo com isto que se deva esconder e tapar o sol com a peneira aos que ainda nao entraram na investigacao. Mas cortar as asas a quem tem vocacao para a investigacao contando apenas o lado mau nao me parece correcto tambem.

David
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Paulo J. N. Silva
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Re: Mais sugestões

Mensagem por Paulo J. N. Silva »

Acho que é assim de uma importância capital alertar atempadamente os futuros licenciados para a situação deplorável da investigação nacional. Sem uma opinião pública informada, não podemos ter um verdadeiro exercício da democracia, e sem cultura não há pão. Pelo que tenho tido oportunidade de aqui ler, é opinião mais ou menos vulgarizada (senão mesmo unânime) que o verdadeiro entrave ao desenvolvimento científico, tecnológico e cultural é a falta de vontade política, aliada a uma enorme falta de preparação dos quadros docentes das universidades. Se assumirmos isto como verdade, a única via para se conseguir parar esta “máquina” viciada é limitar os danos que ela possa criar, impedindo que um número crescente de jovens recém-licenciados inicie as sua actividade sem nada saber sobre o que os espera.
Penso que o esclarecimento é muito importante, e isso não acontece quando os alunos do superior estão a acabar ou a meio da licenciatura, na maioria dos casos é claro.

Posso inclusivamente colocar a fasquia mais alto, indo mais profundamente à génese deste problema. A ruralidade deste nosso país é tal que ainda é um objectivo primordial de qualquer pai garantir que o filho possa, pomposa e orgulhosamente, ostentar um Dr. no cartão multibanco. Por esta razão, estão as Universidades cheias de gente que ingressa em cursos sem qualquer saída profissional condigna, e que representam amiúde o resultado dos caprichos consertados de uns quaisquer catedráticos que assim se endeusam e entronizam.
Eu diria antes da vontade de fazer dinheiro a qualquer custo.
Infelizmente, conheço alguns casos destes. E os alunos sem futuro encontram-se permanentemente ameaçados pelo ar reprovador da sociedade caso não concluam esse mesmo curso, mesmo que não possua qualquer interesse prático. Estes são os recém-licenciados que engrossam as estatísticas do desemprego ou da precariedade, e é neste mar de desesperados que a “máquina” recruta grande parte da sua força de trabalho escrava.
Eu chamar-lhe-ia a reserva de mão de obra qualificada. Que não tem qualquer sentido de existir em Portugal.

E a bolsa é uma tábua de salvação, é um sucedâneo fraco do emprego, é algo que não se mastiga mas que enche a barriga. “Da maneira como as coisas estão, até nem é mau, podia estar sem nada” – quantos de nós já não terão ouvido afirmações deste género?
Já ouvi várias vezes esta afirmação e continuo a não perceber o que leva as pessoas a pensar assim...

Assim para parar a “máquina” e colocá-la a rodar de modo saudável é fundamental:

- informar convenientemente os recém-licenciados ou os futuros licenciados, através de acções de divulgação junto das Associações de Estudantes, cantinas, festas estudantis, outras actividades académicas, ou através de instituições socio-profissionais, como sindicatos ou Ordens profissionais;
- fazer uma campanha de divulgação junto dos alunos de licenciatura numa fase mais incipiente da sua formação, para que se desmistifiquem alguns aspectos relacionados com a investigação científica (nem todos usamos óculos e cabelos despenteados), e para que, adicionalmente, se termine com esta visão demasiado romântica que, tal como qualquer outra paixão na vida, nos tolda o que vemos até que um dia já possa ser tarde de mais...
- prosseguir a discussão pública com os bolseiros que já o são hoje, pois só da reunião desta massa crítica é que surgem ideias práticas exequíveis, alicerçadas na nossa experiência, na nossa vivência e naquilo que todos os dias vemos e sofremos.

Só assim é possível evitar aquilo que temos hoje, pois a “máquina” já nos trucidou a nós, e a prova cabal disso mesmo é estarmos a ter esta discussão.
A máquina ainda não nos trucidou, dai a nossa existência. Mas concordo com as medidas propostas, pois muitas as vezes quando vejo o Ciencia 2010 ou coisa que o valha, fico com péssima impressão que tudo é sucesso, e isso não é verdade.

Por outro lado mesmo que haja massa crítica e soluções propostas, como a ABIC tem feito. A passagem à prática esbarra nos actores políticos que temos. Esses sim, a maioria, fruto de um Portugal rural que só existe na imaginação dos nossos pais ou avós.

vortex

Abaixo de cãowe!!

Mensagem por vortex »

Aragao Escreveu: Mas a investigacao cientifica nao é so isso. Mesmo em Portugal!
A investigacao cientifica ainda pode ser romantica e dependendo dos locais, de com quem se trabalha e da qualidade inerente de cada um de nos ainda é possivel fazer um bom trabalho e sair mais rico como pessoa e como cientista.
Em que mundo vives? A investigação é uma ferramenta poderosa para melhorar a competetivdade de um País. Concordo que a investigação é uma maneira de enriquecer o conhecimento científico das instituições e das empresas. No entanto, não da maneira que se faz aqui em Portugal. Podem haver exepções, é claro mas o cenário é mesmo muito negativo e não dá tapar os olhos.

Portugal é um País demasiado burocrático em todos os aspectos. Apesar de existirem actualmente melhores condições de trabalho, as pessoas não mudaram e continuam a olhar para o bolseiro como se fosse um coitadinho. A investigação só acontece porque existe financiamento e não se exigem resultados nem responsabilidades do trabalho desenvolvido. É o facilitismo que tanto se fala.

Eu penso que só mudará quando todos os inestigadores emigrarem para outros Países onde o seu trabalho pode ser levado a sério.

vortex

Re: Mais sugestões

Mensagem por vortex »

Paulo J. N. Silva Escreveu: A máquina ainda não nos trucidou, dai a nossa existência. Mas concordo com as medidas propostas, pois muitas as vezes quando vejo o Ciencia 2010 ou coisa que o valha, fico com péssima impressão que tudo é sucesso, e isso não é verdade.
Olá Paulo,

Eu concordo plenamente com isto. Na televisão mentem com quantos dentes têm e fazem parecer que isto é um paraíso. Eu sei do que estou falar, pois já vi alguns casos onde isto aconteceu.

O estado da investigação em Portugal não é má, é pior do que isso. Não é pela falta de verbas mas sim do rigor na sua aplicação.

Quando li o folheto do orçamento para 2005 o qual este governo enviou como sumplemento dos jornais aparece um parágrafo: "Estimular o emprego científico". Existe um item "Criar condições para reter os melhores investigadores em Portugal". Ora em Portugal a maior parte dos investigadores são os bolseiros e penso que ao fazerem o bolseiro sentir-se abaixo de "Cãowe" não irá ajudar a "criar condições para reter os melhores investigadores em Portugal".

aragorn
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Mensagem por aragorn »

Eu subscrevo mais ou menos o diagnóstico do Alfredo Baptista, a primeira mensagem deste tópico. Acho que a investigação em Portugal é muito frustrante e desmotivante na generalidade dos casos. E que a percepção que passa para a opinião pública é um logro.

- A maior parte da investigação é feita no ambito de institutos e universidade públicas, que acabam por padecer dos males de muita da função pública. Quintas, quintais, cabecilhas, caciques, mediocridade glorificada, status quo.

- O que prevalece é o lambe-botismo. Não se premeia o potêncial e as ideias próprias. O que é bem visto é a postura discípulo-mestre, e o jovem investigador deve reduzir-se a um obediente um técnico de laboratório.

- Condições para o empreendorismo científico são nulas no nosso país. Impostos altos, buracracia inanarrável, não existe um único caso de sucesso de uma empresa de biotecnologia em Portugal. Claro que existem empresas subsidiodependentes que normalmente vivem a parasitar uma instituição pública, havendo uma promiscuidade imoral entre os quadros dessas empresas e dos institutos que exploram.

- Emprego científico no sector privado existe muito pouco. O nosso tecido empresarial não aposta na inovação como vantagem competitiva. É um tecido tradicional, de patrões, de turismo, de construção civil e de mão de obra pouco qualificada.

- Os nossos políticos não fazem realmente uma aposta na ciência. Têm uma disparidade total entre discurso e acções e o que fazem é atirar areia para os olhos da opinião pública. Dizem que apostam na ciência e tecnologia, mantendo a maior parte dos seus investigadores numa situação de precaridade pouco digna. E pelo meio dão uns prémios em dinheiro a investigadores de carreira feita, para os amaciar um bocadinho, enquando há bolsas de doutoramento em atraso.

- E sim, programas como o 2010, financiados pela FCT, têm que ser sabujos das aparências e veicular que os investigadores são uns excentricos que ficam felizes com umas fórmulas estranhas e gritam "Eureka".

Alfredo Baptista
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Continuando a discussão

Mensagem por Alfredo Baptista »

A maior prova do divórcio entre os investigadores e a discussão sobre a Ciência é esta: contam-se pelos dedos de duas mãos, se tanto, os participantes destes foruns. Com este interesse, queiram desculpar-me, mas os bolseiros nunca conseguirão fazer mudar as políticas de miséria científica e desonestidade intelectual. Creio haver uns poucos milhares de bolseiros a ser financiados pela FCT em Portugal, e só aproximadamente 20 (se tanto) participam nestes foruns. A desproporção de alienados silenciosos é por demais evidente. As razões do silêncio comprometido é que só muito recentemente começaram a ser debatidas: a chantagem por parte dos orientadores, o medo de ficar sem bolsa, o pânico da não renovação do contrato, todos estes são factores preponderantes quanto toca a reunir - ninguém se interessa.

Assim, a visão romântica da Ciência é realmente interessante, mas só durante as primeiras duas semanas de vida como bolseiro. Ninguém paga contas, ou empréstimos bancários, ou educa os filhos, ou passa férias com romantismo e boa vontade. Enquanto a maioria dos bolseiros não opinar, não colocar em questão e não apresentar soluções e caminhos, de que é que nos queixamos? Temos o que queremos, o que merecemos, temos aquilo por que lutamos - o estaticismo, os nossos chefes a progredirem nas carreiras e a ficarem confortavelmente instalados nos seus gabinetes, a ganharem mais à nossa custa, e a mandar a nova geração de carneiros executar as tarefas que nós obedientemente executamos, porque nos vão substituir.

Recentemente, tive o desprazer de constatar que a maioria dos bolseiros que conheço não sabe sequer da existência da sua Associação, pelo que desconheciam por completo as suas actividades, âmbitos de intervenção e ambições legítimas. Pior: mesmo depois de lhes ter dado a informação da existência da ABIC, a maioria continuou sem demonstrar qualquer interesse pela questão, e desde então provavelmente já esqueceram sequer o nome da associação. Esta é a realidade dolorosa da sociedade em que vivemos: as opiniões são coisas raras, apesar de se previligiar a liberdade de expressão. No entanto, o maior paradoxo é exigir uma liberdade da qual não se usufrui.

No meu período de bolseiro, por largas vezes tentei estabelecer trocas de ideias com os meus colegas bolseiros. A única coisa que ganhei foi a desconfiança dos chefes (que motivou o meu abandono da instituição de investigação em que desenvolvia o meu trabalho), e a estranheza dos colegas, que se afastavam com um esgar de espanto, por ser tão reivindicativo. Para além da gritante falta de noção dos sistemas de candidaturas, financiamentos, avaliações de projectos, possibilidades internacionais e temas relacionados com a carreira docente e/ou de investigação, o que mais me impressionou foi a falta de interesse, ou o desvio da atenção para coisas menores, como a não actualização das bolsas. E, por outro lado, a satisfação infantil em dizerem que são cientistas, como se isso fosse um posto, ou uma garantia de sucesso. Com gente neste estado, quem ganha são os orientadores, os directores dos departamentos, com este cheque em branco passado pelos bolseiros, que se deixam dominar, nos sentidos mais viciosos do termo. Um bolseiro ignorante não será, com toda a certeza, um chefe iluminado. Mal vai a Ciência...

Em conclusão, a única coisa que posso dizer quanto a esta situação é o seguinte: publicitem as vossas iniciativas até ao maior alcance dos meios de comunicação social (exemplo: recusa do PS, PSD e CDS em participar no debate patrocinado pela ABIC) e façam uma campanha agressiva junto dos bolseiros, com divulgação de cadernos reivindicativos. Urge, num momento como este, fazer campanha pela Ciência, e não deixar que mais uma oportunidade se esbanje. Provavelmente, caso percamos esta, só daqui a 4 anos teremos outra.

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