Definição de linhas de corte e número de bolsas
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Definição de linhas de corte e número de bolsas
Com a introdução de dois ciclos de avaliação para as bolsas assistiu-se a uma inovação: as, frequentemente chamadas, "zonas cinzentas".
Alguém tem conhecimento do processo que as origina? Como são definidas as linhas de corte, seja para atribuição seja para a zona cinzenta?
No caso de alguém ter, por sorte ou se calhar não..., 'caído' nesta zona como pode saber que, objectivamente, não será prejudicado/beneficiado em relação aos candidatos do segundo ciclo de avaliações?
Qual será o procedimento da FCT: define o nº de bolsas a atribuir por cada área e depois selecciona os respectivos candidatos? ou pelo contrário, avalia as candidaturas e depois selecciona as mais viáveis e atribui-lhes a respectiva bolsa?...
já procurei esta informação no site da FCT e não consigo encontrar uma resposta esclarecedora para isto...confesso que tenho curiosidade e saber como funciona...especialmente como se faz a gestão dos candidatos da zona cinzenta com os do 2º ciclo de candidaturas...(será que neste ciclo também há famosa zona??)
Alguém tem conhecimento do processo que as origina? Como são definidas as linhas de corte, seja para atribuição seja para a zona cinzenta?
No caso de alguém ter, por sorte ou se calhar não..., 'caído' nesta zona como pode saber que, objectivamente, não será prejudicado/beneficiado em relação aos candidatos do segundo ciclo de avaliações?
Qual será o procedimento da FCT: define o nº de bolsas a atribuir por cada área e depois selecciona os respectivos candidatos? ou pelo contrário, avalia as candidaturas e depois selecciona as mais viáveis e atribui-lhes a respectiva bolsa?...
já procurei esta informação no site da FCT e não consigo encontrar uma resposta esclarecedora para isto...confesso que tenho curiosidade e saber como funciona...especialmente como se faz a gestão dos candidatos da zona cinzenta com os do 2º ciclo de candidaturas...(será que neste ciclo também há famosa zona??)
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- cientista regular
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Ola,
o unico sitio onde encontrei algo relativo às zonas cinzentas é no site da FCT, no separador bolsas, e na zona "FAQ ABIC/FCT".
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/FAQ_ABIC/
Transcrevendo:
o unico sitio onde encontrei algo relativo às zonas cinzentas é no site da FCT, no separador bolsas, e na zona "FAQ ABIC/FCT".
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/FAQ_ABIC/
Transcrevendo:
Ou seja, em cada área eles vêem o número total de candidaturas e escolhem as que seriam seleccionadas. Dessas menos de metade são realmente admitidas e as restantes passam para a zona cinzenta e vão ser avaliadas juntamente com as da 2a fase. Desta forma impede-se que as médias sejam muito discrepantes entre as duas fases, ou seja, (por exemplo) negar bolsas de 4,2 na 2a fase, quando na 1a se atribuíram bolsas de 3,8.Como foram repartidas as bolsas entre as duas fases do concurso de 2007? ao meio?
Não. Basicamente a FCT fez uma estimativa do número total de candidaturas, tendo em conta os dados de 2006, e depois dividiu o número de bolsas para cada fase em proporção com essa estimativa. Ou seja, em 2006 houve mais de 6000 candidaturas. Na primeira fase de 2007 o número não chegou às 3000. Por isso o número de bolsas atribuídas na primeira fase foi ligeiramente inferior a 50%.
Para evitar situações manifestamente injustas (candidatos da primeira fase com bolsas recusadas e melhor mérito do que os candidatos com bolsas aceites na 2ª fase), a FCT considerou 3 tipos de resultados na primeira fase de avaliação: bolsa concedida; bolsa recusada; bolsa condicionada (à partida recusada, mas ainda com possibilidade de ser aceite, dependendo do mérito dos candidatos da segunda fase). Assim, houve um conjunto de concorrentes da 1ª fase que teve de aguardar até serem conhecidos os resultados da 2ª fase, altura em que se decidiu quais as bolsas daquele conjunto que passariam a ser concedidas.
Última edição por Ines_C em terça set 07, 2010 11:17 am, editado 1 vez no total.
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
AJUDEM-ME...eu sou muito nova nisto e quando estava a fazer a candidatura lá se foi a net e não lacrei apesar de ter todos os documentos em ordem...será que ainda tenho hipotese??
DESCULPEM a maçada!!
obrigada
DESCULPEM a maçada!!
obrigada
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- recém-chegado
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
DESCULPEM ESTOU DESESPERADA!!!
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- cientista regular
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Ola Zerty,
lamento mas não, não há nada a fazer..
Só as candidaturas lacradas ate as 17h entram no concurso :/
lamento mas não, não há nada a fazer..
Só as candidaturas lacradas ate as 17h entram no concurso :/
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- cientista assíduo
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Que eu saiba, nunca foram disponibilizados detalhes sobre a zona cinzenta em documentação oficial da FCT, mas não me parece que alguém possa ser injustiçado devido a divisão em duas fases.
Quem for aprovado na primeira fase está arrumado. Quem foi eliminado é porque provavelmente não reúne os critérios que o painel julgou necessário. Quem está na zona cinzenta compete directamente com os da segunda fase.
O único ponto que não vejo claro é quais os "mínimos" que a candidatura deva reunir para ser aceite, ainda que condicionalmente. Imaginem que, por algum motivo, a verba alocada é superior ao número de candidatos (de ambas as fases) - não acho prudente atribuir bolsas a todos os candidatos sem as examinar primeiro!
Isto é ainda mais importante porque não é conhecida a partição do orçamento pelas diferentes áreas científicas.
Novo exemplo: 100 candidatos a uma área, dos quais apenas 90 têm mais de 3.0 de pontuação, com orçamento para 100 bolseiros e 20 candidatos para outra área, todos com mais de 3.0 de pontuação, mas com orçamento para apenas 10 bolsas. Admitindo que o "peso" das áreas é igual, acho que o orçamento devia ser modificado para admitir apenas 90 na primeira área e 20 na segunda.
Presumo que este tipo de raciocínio já esteja de algum modo implementado, provavelmente com recurso a modelos estatísticos de anos anteriores.
Quem for aprovado na primeira fase está arrumado. Quem foi eliminado é porque provavelmente não reúne os critérios que o painel julgou necessário. Quem está na zona cinzenta compete directamente com os da segunda fase.
O único ponto que não vejo claro é quais os "mínimos" que a candidatura deva reunir para ser aceite, ainda que condicionalmente. Imaginem que, por algum motivo, a verba alocada é superior ao número de candidatos (de ambas as fases) - não acho prudente atribuir bolsas a todos os candidatos sem as examinar primeiro!
Isto é ainda mais importante porque não é conhecida a partição do orçamento pelas diferentes áreas científicas.
Novo exemplo: 100 candidatos a uma área, dos quais apenas 90 têm mais de 3.0 de pontuação, com orçamento para 100 bolseiros e 20 candidatos para outra área, todos com mais de 3.0 de pontuação, mas com orçamento para apenas 10 bolsas. Admitindo que o "peso" das áreas é igual, acho que o orçamento devia ser modificado para admitir apenas 90 na primeira área e 20 na segunda.
Presumo que este tipo de raciocínio já esteja de algum modo implementado, provavelmente com recurso a modelos estatísticos de anos anteriores.
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- recém-chegado
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Olá!
INfelizmente fiquei na zona cinzenta também e gostava de saber se as reclamações se fazem agora ou quando chegar uma decisão final? Alguém sabe?
E já agora... Há alguma hipótese de ser aceite ainda? Como foi em anos passados? Sou logo a primeira mas não sei se deva alimentar esperança ou não....
MUITO OBRIGADA e parabéns a quem conseguiu.
INfelizmente fiquei na zona cinzenta também e gostava de saber se as reclamações se fazem agora ou quando chegar uma decisão final? Alguém sabe?
E já agora... Há alguma hipótese de ser aceite ainda? Como foi em anos passados? Sou logo a primeira mas não sei se deva alimentar esperança ou não....
MUITO OBRIGADA e parabéns a quem conseguiu.
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- investigador em formação
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Pois...também não me parece que haja algum documento oficial sobre isto. não acredito é que não hajam injustiças...quando não há critérios perfeitamente definidos, quase de certeza, há lugar a situações ambíguas e eventualmente injustas.nowikissyou Escreveu:Que eu saiba, nunca foram disponibilizados detalhes sobre a zona cinzenta em documentação oficial da FCT, mas não me parece que alguém possa ser injustiçado devido a divisão em duas fases.
Não vos parece que num processo tão importante quanto este (basta ver os comentários dos(as) colegas que faziam depender as suas decisões de futuro do resultado dos concursos) o facto de o esclarecimento da FCT ser feito, apenas, nas FAQ é manifestamente redutor?
Não deveria estar esta situação consagrada nos regulamentos? estes com força de lei?
e a ABIC, alguma vez questionou a FCT sobre o assunto? não poderia fazê-lo?
sinceramente, continuo a não perceber, inequivocamente, como se processam os mecanismos de selecção da/na dita zona cinza
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- cientista regular
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
A meu ver, o único passo que não é evidente é como se procede à selecção da quantidade de candidatos a quem é efectivamente dado bolsa e a quantidade que passa para a zona cinzenta; se compararmos os resultados deste ano e os do ano passado, verifica-se que a quantidade de candidatos na zona cinzenta aumentou substancialmente!
Os candidatos que estão na zona cinzenta vão entrar na 2ª fase do concurso, a única diferença é que a sua avaliação já está feita. Ou seja, os restantes candidatos são avaliados, e tanto os resultados dos candidatos da 2ª fase como os da zona cinzenta vão ser hierarquizados de acordo com a classificação obtida. O número de bolsas atribuídas tem a haver com o orçamento disponível...
Parece-me que o concurso assim, até é bastante justo (apesar de desesperante para os candidatos que passam para a zona cinzenta), porque elimina discrepâncias que poderiam acontecer entre as duas fases. Injusto seria na 1ª fase estarmos a atribuir bolsas com nota de 3,7 e na 2ª fase estarmos a recusar, na mesma área, candidatos com nota de 4,3! Assim os candidatos de 3,7 passam para a 2ª fase e ficam à espera: se houver muitos candidatos com notas superiores, a bolsa não lhes é concedida (como se se procedesse a um só concurso), mas se a maioria dos candidatos tiver uma qualificação inferior a 3,7, esse candidato será aceite!
Presumo é que este ano optaram por guardar o "grosso" das bolsas para atribuir na 2ª fase, e colocar mais candidatos na zona cinzenta... Vamos ver...
Os candidatos que estão na zona cinzenta vão entrar na 2ª fase do concurso, a única diferença é que a sua avaliação já está feita. Ou seja, os restantes candidatos são avaliados, e tanto os resultados dos candidatos da 2ª fase como os da zona cinzenta vão ser hierarquizados de acordo com a classificação obtida. O número de bolsas atribuídas tem a haver com o orçamento disponível...
Parece-me que o concurso assim, até é bastante justo (apesar de desesperante para os candidatos que passam para a zona cinzenta), porque elimina discrepâncias que poderiam acontecer entre as duas fases. Injusto seria na 1ª fase estarmos a atribuir bolsas com nota de 3,7 e na 2ª fase estarmos a recusar, na mesma área, candidatos com nota de 4,3! Assim os candidatos de 3,7 passam para a 2ª fase e ficam à espera: se houver muitos candidatos com notas superiores, a bolsa não lhes é concedida (como se se procedesse a um só concurso), mas se a maioria dos candidatos tiver uma qualificação inferior a 3,7, esse candidato será aceite!
Presumo é que este ano optaram por guardar o "grosso" das bolsas para atribuir na 2ª fase, e colocar mais candidatos na zona cinzenta... Vamos ver...
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- recém-chegado
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Eu fiquei em 2º da zona cinzenta da BD de Antropologia. A linha de corte foi 4.2 eu obtive 4,01 mas não faço a mínima ideia se tenho alguma hipotese de entrar após a 2º fase. Alguém tem experiencia de anos anteriores? Daqui a um mês ou dois já terei os resultados do meu mestrado, mas assumo que isso não possa entrar em linha de conta para esta classificação, certo? E sabem se é preciso entrar com um recurso ou é so esperar até os resultados da 2º fase?
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- investigador em formação
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
num cenário de hipóteses, pode acontecer que todos os candidatos do 2º ciclo obtenham (ou melhor, pudessem ter vindo a obter) classificações superiores aos da primeira linha de corte (aos que já obtiveram a bolsa). e se isto acontecesse como seria? teriam que atribuir a bolsa a todos os do 2º ciclo... não acredito...acredito que nessa fase do concurso, os painéis de avaliação façam as classificações já considerando os valores de corte que utilizaram na primeira fase, e só classifiquem o número necessário com valores acima da linha de corte para atribuição de bolsa.
imagino que a FCT utilize as estatísticas dos anos anteriores para tomar decisões quanto aos valores das linhas de corte, contudo nada impede que haja um número muito elevado de candidaturas com muito valor na segunda fase do concurso...e, em teoria, pode acontecer que esses valores se venham a revelar pouco adequados
Não quero dizer com isto que esta forma de concurso não é correcta. parece-me apenas que os pressupostos nos quais se baseia não estão bem definidos... penso que todos teríamos a ganhar se se definissem mais claramente
imagino que a FCT utilize as estatísticas dos anos anteriores para tomar decisões quanto aos valores das linhas de corte, contudo nada impede que haja um número muito elevado de candidaturas com muito valor na segunda fase do concurso...e, em teoria, pode acontecer que esses valores se venham a revelar pouco adequados
Não quero dizer com isto que esta forma de concurso não é correcta. parece-me apenas que os pressupostos nos quais se baseia não estão bem definidos... penso que todos teríamos a ganhar se se definissem mais claramente
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- recém-chegado
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Boa tarde, alguém sabe qual a linha de corte para Ciencias da Terra e do Espaço?
Já agora, outra questão: é possível que quem teve concessão de bolsa na 1ª fase possua classificação inferior a quem foi recusada bolsa na 2ª fase??
Obrigado a todos pelo excelente trabalho!!
Já agora, outra questão: é possível que quem teve concessão de bolsa na 1ª fase possua classificação inferior a quem foi recusada bolsa na 2ª fase??
Obrigado a todos pelo excelente trabalho!!
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- cientista assíduo
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Re: Definição de linhas de corte e número de bolsas
Em teoria, sim; na prática, não tenho conhecimento de nenhum caso.dmoreno Escreveu:Já agora, outra questão: é possível que quem teve concessão de bolsa na 1ª fase possua classificação inferior a quem foi recusada bolsa na 2ª fase??
Se isso se verificasse, provavelmente teria de ser resolvido em sede de recurso. Aposto que todos teriam bolsa e no ano seguinte as vagas seriam reduzidas para compensar o rombo no orçamento.